Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Yervoy em monoterapia (sozinho) é indicado para o tratamento de melanoma (um tipo de câncer de pele ) metastático (que se espalhou) ou que não pode ser removido por cirurgia.
Yervoy em combinação com nivolumabe é indicado para o tratamento em primeira linha de pacientes adultos com carcinoma de células renais avançado ou metastático (que se espalhou) que possuem risco intermediário ou alto (desfavorável).
Yervoy em combinação com nivolumabe é indicado para o tratamento de pacientes com carcinoma hepatocelular (um tipo de câncer de fígado ) que foram tratados anteriormente com sorafenibe e que não são elegíveis ao tratamento com regorafenibe ou ramucirumabe .
Yervoy em combinação com nivolumabe é indicado para o tratamento em primeira linha de pacientes adultos com mesotelioma pleural maligno irressecável (sem possibilidade de cirurgia).
Yervoy contém a substância ativa ipilimumabe, uma proteína que estimula o seu sistema imunológico a atacar e destruir células cancerosas.
Yervoy será administrado a você em um hospital ou clínica, sob a supervisão de um médico experiente. Ele será administrado a você como uma infusão ( gota a gota) em uma veia (via intravenosa) durante um período de 90 minutos.
A quantidade de Yervoy que será administrada a você será calculada com base em seu peso corporal.
Dependendo da sua dose, um pouco ou todo o conteúdo do frasco de Yervoy pode ser diluído com solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%) ou solução injetável de glicose 50 mg/mL (5%) antes de ser usado. Mais do que um frasco pode ser necessário para obter a dose necessária.
A dose recomendada é de 3 mg de ipilimumabe por quilo de seu peso corporal.
Você poderá ser tratado com Yervoy uma vez a cada três semanas, para um total de 4 doses. Você pode notar o aparecimento de novas lesões ou o crescimento das lesões existentes na sua pele, o que poderá ser esperado quando você está sendo tratado com Yervoy. O seu médico poderá continuar a lhe dar Yervoy para um total de 4 doses, dependendo da sua tolerância ao tratamento.
Na fase de combinação, a dose recomendada de nivolumabe é de 3 mg/kg administrado como uma infusão (gota a gota) em uma veia (via intravenosa) durante 30 minutos a cada 3 semanas para as primeiras 4 doses em combinação com Yervoy 1 mg/kg, também administrado por infusão (gota a gota) em uma veia (via intravenosa) durante 30 minutos. Em seguida inicia-se a fase de agente único.
Na fase de combinação, a dose recomendada de nivolumabe é de 1 mg/kg administrado como uma infusão (gota a gota) em uma veia (via intravenosa) durante 30 minutos a cada 3 semanas para as primeiras 4 doses em combinação com Yervoy 3 mg/kg, também administrado por infusão (gota a gota) em uma veia (via intravenosa) durante 30 minutos. Em seguida inicia-se a fase de agente único.
Na fase de agente único administra-se somente o nivolumabe. A dose recomendada de nivolumabe é 240mg ou 480mg, administrado como uma infusão (gota a gota) em uma veia (via intravenosa) durante 30 minutos a cada 2 semanas ou a cada 4 semanas, respectivamente. A primeira dose de nivolumabe em monoterapia (sozinho) deve ser administrada após três semanas da administração da última dose da combinação de Yervoy com nivolumabe.
A dose recomendada de nivolumabe é de 360 mg administrado na forma de infusão (gota a gota) em uma veia (via intravenosa) durante 30 minutos a cada 3 semanas em combinação com Yervoy 1 mg/kg, também administrado na forma de infusão intravenosa durante 30 minutos a cada 6 semanas.
Quando administrado em combinação com nivolumabe, o nivolumabe deve ser fornecido primeiro, acompanhado por Yervoy no mesmo dia.
Para segurança e eficácia desta apresentação, Yervoy não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via intravenosa.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
É importante que você compareça a todas as suas consultas com seu médico para receber Yervoy. Se você perder uma consulta, pergunte ao seu médico se ou quando você deve marcar sua próxima dose.
Interromper o tratamento pode interromper o efeito do medicamento. Não interrompa o tratamento com Yervoy a menos que você tenha discutido este assunto com seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do seu médico.
Informe o seu médico imediatamente se tiver qualquer um destes sinais ou sintomas ou se eles se agravarem.
Não tente tratar os seus sintomas com outros medicamentos.
Seu médico poderá lhe dar outros medicamentos a fim de evitar complicações mais graves e reduzir seus sintomas, suspender a dose seguinte de Yervoy em monoterapia ou em combinação com nivolumabe, ou interromper o tratamento com Yervoy em monoterapia ou em combinação com nivolumabe.
Às vezes esses sinais e sintomas aparecem tardiamente, podendo desenvolver-se semanas ou meses após a última dose. Antes do tratamento, seu médico irá verificar a sua saúde geral. Você também fará exames de sangue durante o tratamento.
Yervoy não deve ser utilizado em crianças abaixo de 18 anos de idade até que mais informações estejam disponíveis.
Informe o seu médico se você está grávida, se você está planejando engravidar, ou se você está amamentando.
Você não deve usar Yervoy se estiver grávida, a menos que seu médico especificamente recomende. Os efeitos de Yervoy em mulheres grávidas não são conhecidos, mas é possível que a substância ativa, ipilimumabe, possa prejudicar o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Não se sabe se ipilimumabe é excretado pelo leite materno. Entretanto, não é esperada exposição significativa de ipilimumabe para o bebê através do leite materno e nenhum efeito sobre o bebê é esperado.
Pergunte ao seu médico se você pode amamentar durante ou após o tratamento com Yervoy.
Não conduza ou utilize máquinas após ter usado Yervoy, a menos que tenha certeza que você está se sentindo bem. Sentir-se cansado ou fraco é um efeito colateral muito comum de Yervoy. Isso pode afetar sua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
Informe o seu médico se você estiver em uma dieta de sódio (dieta restrita em sal) antes de usar Yervoy.
Ele contém 2,3 mg de sódio por mL de concentrado.
Como todos os medicamentos, Yervoy em monoterapia (sozinho) ou em combinação com nivolumabe pode causar efeitos colaterais, embora nem todas as pessoas os apresentem. Seu médico irá discutir isso com você e explicar os riscos e benefícios do seu tratamento.
Esteja ciente de sintomas importantes de inflamação.
Yervoy em monoterapia (sozinho) ou em combinação com nivolumabe age em seu sistema imunológico e pode causar inflamação em partes do seu corpo.
Inflamações podem causar sérios danos ao seu corpo e algumas condições inflamatórias podem ser fatais.
Perda de apetite, diarreia, vômito ou enjôo (náusea), erupção cutânea, comichão, cansaço ou fraqueza, reação no local da injeção, febre, dor ou sensibilidade na área do abdome.
Dor no tumor, anemia , função diminuída da glândula tireoide , o que pode causar ganho de peso ou cansaço, função diminuída da glândula hipófise, desidratação , confusão, danos aos nervos (que causam dor, fraqueza e cãibras), tontura , dor de cabeça , lentidão, visão borrada, dor nos olhos, pressão arterial baixa, vermelhidão temporária da face e pescoço, sensação de calor intenso com sudorese e batimento cardíaco rápido, falta de ar, tosse , sangramento no estômago ou intestino a , inflamação dos intestinos (colite), constipação ( prisão de ventre ), azia , dor ou sensibilidade na área do abdome, função anormal do fígado, inflamação e vermelhidão da pele, alteração da cor da pele em manchas ( vitiligo ), urticária (coceira, rash ), afinamento ou perda de cabelo, transpiração excessiva durante a noite, pele seca, dor nos músculos e articulações, espasmos musculares, tremores, falta de energia, inchaço, dor, doenças semelhantes à gripe (sintomas), perda de peso.
a Incluindo desfecho fatal.
Infecção bacteriana grave do sangue ( sepse , choque séptico)a , inflamação ao redor do cérebro ou medula espinhal, inflamação do estômago e dos intestinos, inflamação da parede do intestino (causando febre, vômitos e dor de estômago), infecção do trato urinário, infecção do trato respiratório, um conjunto de sintomas devido ao câncer no organismo, tais como os níveis sanguíneos elevados de cálcio e colesterol e baixos níveis sanguíneos de açúcar (síndrome paraneoplásica), reação alérgica, função diminuída das glândulas supra-renais, função aumentada da glândula tireóide, o que pode causar aumento da frequência cardíaca, sudorese e perda de peso, disfunções das glândulas que produzem hormônios sexuais, um grupo de complicações metabólicas que ocorre após o tratamento do câncer caracterizado por elevados níveis sanguíneos de potássio e fósforo e baixos níveis sanguíneos de cálcio (síndrome de lise tumoral), mudanças na saúde mental , depressão , desejo sexual diminuído, inflamação grave e possivelmente fatal dos nervos causando dor, fraqueza ou paralisia nas extremidades ( síndrome de Guillain-Barré ), desmaio , inflamação dos nervos no cérebro, acúmulo excessivo de líquido no cérebro, alteração nos nervos, dificuldade na coordenação dos movimentos (ataxia), tremores, contração muscular involuntária breve, dificuldade em falar, inflamação do olho que provoca vermelhidão ou dor, sangramento nos olhos, inflamação da parte colorida do olho, visão reduzida, sensação de corpo estranho nos olhos, inchaço dos olhos e lacrimejamento, batimento cardíaco irregular ou anormal, inflamação dos vasos sanguíneos, doença dos vasos sanguíneos a , restrição no fornecimento de sangue para as extremidades, pressão arterial baixa ao levantar-se, extrema dificuldade em respirar a , acúmulo de líquido nos pulmões, inflamação dos pulmões, rinite alérgica , perfuração intestinal a , inflamação da membrana da parede do estômago, estomatite . inflamação do intestino delgado, inflamação do intestino ou do pâncreas, úlcera péptica, inflamação do tubo alimentar, bloqueio do intestino, insuficiência da função hepática a , inflamação do fígado, aumento do fígado, amarelamento da pele ou olhos (icterícia), descamação da pele grave e possivelmente fatal (necrólise epidérmica tóxica, incluindo síndrome de Stevens Johnson), inflamação da pele e alterações da cor do cabelo, inflamação dos músculos, causando dor ou rigidez no quadril e ombro, dores nas articulações, insuficiência da função renala , doença renal, ausência de períodos menstruais, disfunção orgânica múltiplaa , reação à infusão do medicamento.
a Incluindo desfecho fatal.
Tríade de sintomas (meningismo)
Rigidez do pescoço, intolerância à luz brilhante e dor de cabeça, inflamação do músculo cardíaco, derrame no pericárdio (pericardite), doença do músculo do coração, anticorpos contra algumas das células do seu próprio corpo, causando danos ao fígado ou à glândula tireóide e ao rim, inflamação e vermelhidão da pele (eritema multiforme), fraqueza muscular, função aumentada da glândula hipófise, diminuição da função das glândulas adrenais causada por diminuição da função do hipotálamo (parte do cérebro), diminuição da função da glândula paratireóide, inflamação da glândula tireóide, inflamação dos olhos, inflamação das pálpebras, inchaço do olho, doença inflamatória dos vasos sanguíneos (mais comumente as artérias da cabeça), má circulação do sangue que torna pés e dedos dormentes ou pálidos, inflamação do ânus e da parede do reto (marcado por sangue nas fezes e uma necessidade frequente para defecar), dano aos tecidos das mãos e dos pés, resultando em inchaço, vermelhidão e bolhas, doença da pele caracterizada por manchas vermelhas secas cobertas de escamas ( psoríase ), síndrome de liberação de citocinas, doença inflamatória que pode causar alterações nos pulmões como falta de ar, tosse e dor no peito , entre outros sintomas ( sarcoidose ), diminuição da capacidade auditiva, inflamação cerebral, inflamação dos músculos e inflamação dos músculos dos olhos.
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica e prolactina anormal no sangue.
Reação anafilática (choque devido a grave reação alérgica), reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) têm sido raramente relatados com Yervoy no uso pós-comercialização, síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada.
Doença do enxerto contra hospedeiro e rejeição de transplante de órgão sólido.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Linfohistiocitose hemofagocítica (hiperativação do sistema imunológico).
Hipotiroidismo (função diminuída da glândula tireoide), hipertireoidismo (função aumentada da glândula tireoide), diminuição do apetite, diarreia, vômito, náusea, erupção cutânea, prurido, artralgia (dor articular), dor musculoesquelética, fadiga, febre.
Pneumonia , infecção do trato respiratório superior, reação relacionada à infusão, hipersensibilidade (alergia), insuficiência adrenal (função diminuída das glândulas suprarenais), hipofisite (inflamação da hipósife), tireoidite (inflamação da tireoide), diabetes mellitus , desidratação, neuropatia periférica (danos aos nervos que causam dor, fraqueza e cãibras), dor de cabeça, tontura, visão embaçada, taquicardia (batimento cardíaco irregular anormal), hipertensão (pressão sanguínea alta), pneumonite (doença inflamatória que pode causar alterações nos pulmões), dispneia (falta de ar), tosse, derrame pleural , colite (inflamação intestinal), estomatite ( afta ), pancreatite (inflamação no pâncreas), constipação (prisão de ventre), boca seca, hepatite (inflamação do fígado), pele seca, eritema (vermelhidão da pele), urticária, artrite (dores nas articulações), insuficiência renal (mal funcionamento dos rins, incluíndo lesão renal aguda), edema (inchaço, incluindo edema periférico), dor, dor torácica, perda de peso.
Bronquite (inflamação dos brônquios), meningite asséptica (inflamação das camadas que revestem o cérebro, meninges, que não é causada por bactérias piogênicas), diabetes mellitus e cetoacidose diabética (açúcar no sangue e suas compliações), hipopituitarismo (disfunções das glândulas que produzem hormônios sexuais), acidose metabólica (excesso de acidez no sangue), neuropatia autoimune (danos aos nervos que causam dor, fraqueza e cãibras - incluindo facial e paralisia do nervo abducente), polineuropatia (mal funcionamento dos nervos periféricos), miastenia grave (fraqueza e fadiga muscular anormalmente rápida), uveíte (inflamação dos olhos), arritmia (variação no ritmo do batimento cardíaco, incluindo arritmia ventricular), miocardite (inflamação do miocárdio, a camada muscular grossa da parede do coração), gastrite (inflamação da mucosa do estômago), Síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave), vitiligo, eritema multiforme (vermelhidão da pele), alopecia , psoríase, rabdomiólise (lesão no tecido muscular), nefrite túbulo-intersticial (inflamação dos rins).
Hipotiroidismo (função diminuída da glândula tireoide), insuficiência adrenal, diminuição do apetite, diarreia, náusea, erupção cutânea, prurido, fadiga, mal-estar.
Eosinofilia, reação relacionada à infusão, hipertireoidismo (função aumentada da glândula tireoide), hipopituitarismo, tireoidite, tontura, cefaleia, neuropatia autoimune (incluindo paralisia facial e do nervo abducente), hipertensão, pneumonite, tosse, dispneia, derrame pleural, boca seca, estomatite, colite, vômito, constipação, hepatite, pele seca, urticária, eritema, dor musculoesquelética, artralgia, miopatia, doença semelhante à gripe, pirexia, redução de peso.
Hipotireoidismo (função diminuída da glândula tireoide), diarreia, náusea, erupção cutânea, prurido (coceira), fadiga (cansaço).
Reação relacionada à infusão, hipersensibilidade (alergia), hipertireoidismo (função aumentada da glândula tireoide), insuficiência adrenal (função diminuída das glândulas suprarenais), hipofisite (inflamação da hipósife), hipopituitarismo (disfunções das glândulas que produzem hormônios sexuais), redução do apetite, hepatite (inflamação do fígado), pneumonite (inflamação dos pulmões), constipação (intestino preso), colite (inflamação intestinal), pancreatite (inflamação do pâncreas), dor musculoesquelética, artrite (dor nas articulações), lesão renal aguda.
Tireoidite (inflamação da tireoide), encefalite (inflamação do encéfalo), miocardite (inflamação do miocárdio, a camada muscular grossa da parede do coração), miosite (inflamação dos músculos), insuficiência renal (mal funcionamento dos rins).
Informe o seu médico imediatamente se tiver algum destes efeitos colaterais.
Não tente tratar os seus sintomas com outros medicamentos.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Frascos para uso único de 10 mL (50 mg).
Uso intravenoso.
Uso adulto.
5 mg de ipilimumabe.
Ingredientes inativos: ácido pentético, manitol , polissorbato 80, cloreto de sódio, cloridrato de trometamol, hidróxido de sódio (para ajuste de pH), ácido clorídrico (para ajuste de pH) e água para injetáveis .
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Em estudos toxicológicos de doses intravenosas repetidas em macacos, ipilimumabe foi geralmente bem tolerado.
Reações adversas relacionadas ao sistema imunológico foram observadas com pouca frequência (~3%) e incluíram colite (que resultou em uma única fatalidade), dermatite e reação infusional (possivelmente decorrente da liberação aguda de citocina resultante de uma injeção rápida). Uma redução no peso da tireoide e testículos foi observada em um estudo sem acompanhamento dos achados histopatológicos; a relevância clínica desse achado é desconhecida.
Os efeitos de ipilimumabe sobre o desenvolvimento pré-natal e pós-natal foram investigados em macacos cinomólogos. Macacas prenhes receberam ipilimumabe a cada 3 semanas a partir do início da organogênese no primeiro trimestre até o parto, com níveis de exposição (por área sob a curva - AUC) de 2,6 ou 7,2 vezes mais altos que os associados ao estudo clínico de 3 mg/kg de ipilimumabe. Nenhum efeito adverso na reprodução relacionado ao tratamento foi detectado durante os primeiros dois trimestres da gestação. Quando o tratamento foi iniciado no terceiro trimestre, os grupos de ipilimumabe apresentaram maiores incidências de aborto, morte fetal intrauterina, parto prematuro (acompanhado de menor peso ao nascimento) e maiores incidências de mortalidade dos filhotes primatas não-humanos, de forma relacionada à dose em comparação aos controles.
Adicionalmente, desenvolvimento de anormalidades externas ou viscerais foi identificado no sistema urogenital de dois macacos infantes expostos no útero a 30 mg/kg de ipilimumabe (7,2 vezes a AUC em humanos na dose clínica). Uma macaca infante apresentou agenesia renal unilateral no rim esquerdo e ureter, e um macaco infante apresentou uretra imperfurada associada com obstrução urinária e edema subcutâneo escrotal. A relação destas malformações com o tratamento não é clara.
A vantagem na sobrevida global (OS) de Ipilimumabe na dose recomendada de 3 mg/kg em pacientes com melanoma avançado (inoperável ou metastático) tratado previamente foi demonstrada em um estudo de Fase 3 (MDX010-20). Pacientes com melanoma ocular, melanoma primário do sistema nervoso central (SNC), metástases cerebrais em atividade que não foram tratadas com radioterapia, vírus da imunodeficiência humana ( HIV ), hepatite B e hepatite C não foram incluídos no ensaio clínico pivotal. Os estudos clínicos excluíram os pacientes com status de desempenho (Performance Status) ECOG > 1 e melanoma de mucosa. Pacientes sem metástase no fígado com aspartato aminotransferase (AST) basal > 2,5 × o limite superior da normalidade (LSN), pacientes com metástase no fígado com AST basal > 5 × LSN e pacientes com bilirrubina total basal ≥ 3 × LSN também foram excluídos.
Um estudo de Fase 3, duplo-cego incluiu pacientes com melanoma avançado (inoperável ou metastático) que haviam sido tratados previamente com regimes contendo um ou mais dos seguintes medicamentos: interleucina-2 (IL-2), dacarbazina, temozolomida , fotemustina ou carboplatina . Os pacientes foram randomizados em uma proporção de 3:1:1 para receber Ipilimumabe 3 mg/kg em combinação com uma vacina peptídica em investigação (gp100), monoterapia de Ipilimumabe 3 mg/kg ou gp100 isolado. Todos os pacientes eram do tipo HLA-A2*0201; esse tipo de HLA garante a apresentação imunológica de gp100. Os pacientes foram incluídos independentemente da presença de mutação de BRAF. Os pacientes receberam Ipilimumabe a cada 3 semanas em 4 doses, conforme tolerado (terapia de indução). Os pacientes que apresentaram aumento da carga tumoral antes do final do período de indução continuaram a terapia de indução conforme tolerado se possuíssem status de desempenho (Performance Status) adequado. A avaliação da resposta tumoral ao Ipilimumabe foi realizada aproximadamente na semana 12, após a conclusão da terapia de indução.
Tratamento adicional com Ipilimumabe (terapia de reindução) foi oferecido a pacientes que desenvolveram progressão da doença (PD) após terem apresentado resposta clínica (resposta parcial-PR ou resposta completa-CR) ou doença estável inicial (SD) conforme critério modificado da OMS com duração > 3 meses da primeira avaliação tumoral. O desfecho primário foi sobrevida global (OS) no grupo de Ipilimumabe + gp100 vs. grupo do gp100. Os desfechos secundários principais foram OS (sobrevida global) no grupo de Ipilimumabe + gp100 vs. grupo de monoterapia com Ipilimumabe e no grupo de monoterapia com Ipilimumabe vs. grupo do gp100.
Os outros desfechos secundários incluíram taxa de melhor resposta global (BORR) até a Semana 24 e duração de resposta.
Foram randomizados 676 pacientes no total: 137 para o grupo de monoterapia com Ipilimumabe, 403 para o grupo de Ipilimumabe + gp100 e 136 para o grupo de gp100 isolado. A maioria recebeu todas as 4 doses durante a indução. Trinta e dois pacientes receberam reindução: 8 no grupo de monoterapia de Ipilimumabe, 23 no grupo de Ipilimumabe + gp100 e 1 no grupo de gp100. A duração do acompanhamento variou até 55 meses. As características basais foram bem equilibradas entre os grupos. A idade mediana foi de 57 anos. A maioria (71% - 73%) dos pacientes tinha a doença no estágio M1c e 37% a 40% dos pacientes tinham lactato desidrogenase (LDH) basal elevado. Um total de 77 pacientes tinham histórico de metástase cerebral previamente tratada.
Os regimes contendo Ipilimumabe demonstraram uma vantagem estatisticamente significativa sobre o grupo de controle gp100 na OS (sobrevida global). A razão de risco (HR) para comparação da OS entre a monoterapia com Ipilimumabe e gp100 foi 0,66 (intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,51; 0,87, p = 0,0026). Esse resultado foi consistente com a HR para comparação entre Ipilimumabe + gp100 e gp100 (HR 0,68 [IC de 95%: 0,55; 0,85], p = 0,0004).
Por análise de subgrupo, demonstrou-se que o benefício observado na OS (sobrevida global) foi consistente para a maioria dos subgrupos de pacientes (estágio M [metástases], uso de interleucina-2 anterior, LDHbasal, idade, sexo e o número e tipo de tratamento prévio). No entanto, para as mulheres com mais de 50 anos de idade, os dados que corroboram um benefício na OS (sobrevida global) do tratamento com Ipilimumabe foram limitados. A eficácia do Ipilimumabe para as mulheres com mais de 50 anos de idade é, portanto, incerta. Uma vez que a análise de subgrupo inclui apenas um pequeno número de pacientes, nenhuma conclusão definitiva pode ser tirada a partir desses dados. As taxas medianas e estimadas da OS (sobrevida global) em 1 ano e 2 anos são apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1: Sobrevida Global (OS) no MDX010-20
- | Ipilimumabe 3 mg/kg n = 137 | Ipilimumabe 3 mg/kg + gp100 a n = 403 | gp100 a n = 136 |
Mediana Meses | 10 meses (8,0; 13,8) | 10 meses (8,5; 11,5) | 6 meses |
OS de 1 ano % | 46% (37,0; 54,1) | 44% (38,6; 48,5) | 25% |
OS de 2 anos % | 24% (16,0; 31,5) | 22% (17,2; 26,1) | 14% |
a A combinação de Ipilimumabe + gp100 não é um regime recomendado; a vacina peptídica gp100 é um controle experimental. Vide seção " Como usar o Ipilimumabe? " para obter a dose recomendada.
No grupo de monoterapia de Ipilimumabe 3 mg/kg, a OS (sobrevida global) mediana foi de 22 meses e 8 meses para pacientes com doença estável (SD) e progressão de doença (PD), respectivamente. No momento desta análise, as medianas não foram atingidas pelos pacientes com resposta completa (CR) ou resposta parcial (PR).
A eficácia foi demonstrada através dos desfechos primários e secundários. A taxa de melhor resposta global(BORR) foi de 10,9% (IC de 95%: 6,3; 17,4) no grupo de monoterapia de Ipilimumabe, 5,7% (IC de 95%: 3,7; 8,4) no grupo de Ipilimumabe + gp100 e 1,5% (IC de 95%: 0,2; 5,2) no grupo de gp100. A taxa de controle da doença (DCR, definida como CR + PR + SD) foi 28,5% (IC de 95%: 21,1; 36,8) no grupo de monoterapia de Ipilimumabe, 20,1% (IC de 95%: 16,3; 24,3) no grupo de Ipilimumabe + gp100 e 11,0% (IC de 95%: 6,3; 17,5) no grupo de gp100.
Respostas tumorais foram observadas em até 5,5 meses a partir do início da terapia com Ipilimumabe.
Para os pacientes que precisaram de terapia de reindução, a taxa de melhor resposta global (BORR) foi de 38% (3/8 pacientes) no grupo de monoterapia de Ipilimumabe, 13% (3/23 pacientes) no grupo de Ipilimumabe + gp100 e 0% no grupo de gp100. A taxa de controle de doença (DCR) foi de 75% (6/8 pacientes), 65% (15/23 pacientes) e 0%, respectivamente. Devido ao número limitado de pacientes nessas análises, nenhuma conclusão definitiva pode ser tirada em relação à eficácia da re-indução de Ipilimumabe.
A sobrevida global (OS) de ipilimumabe 3 mg/kg em monoterapia em pacientes sem quimioterapia prévia agrupados nos estudos clínicos de Fase 2 e 3 (n = 78, randomizados) e em pacientes sem terapia prévia em dois estudos observacionais retrospectivos (n = 273 e n = 157) foi geralmente consistente. Nos dois estudos observacionais, 12,1% e 33,1% dos pacientes tiveram metastases cerebrais no momento do diagnóstico de melanoma avançado. Nestes estudos, as taxas de sobrevida estimadas em 1 ano foram 59,2% (IC de 95%: 53,0; 64,8) e 46,7% (IC de 95%: 38,1; 54,9).
As taxas de sobrevida de pacientes sem quimioterapia prévia estimadas em 1 ano, 2 anos e 3 anos (n = 78) agrupados nos estudos clínicos de Fase 2 e 3 foram 54,1% (IC de 95%: 42,5; 65,6), 31,6% (IC de 95%: 20,7; 42,9) e 23,7% (IC de 95%: 14,3; 34,4) respectivamente.
A análise do agrupamento das taxas médias estimadas para o OS (sobrevida global) de 1 ano e 2 anos para ipilimumabe 3 mg/kg em pacientes sem quimioterapia prévia (n = 78) comparado com pacientes anteriormente tratados (n = 211) são apresentados na Tabela 2.
Tabela 2: OS com quimioterapia anterior - sujeitos randomizados - (monoterapia de agrupamento 3 mg/kg)
- | Pacientes sem tratamento anteriora Agrupamento n = 78 | Pacientes anteriormente tratadosb |
Média Meses | 13,47 meses (11,20; 19,58) | 9,07 meses |
OS de 1 ano % | 54,14% (42,49; 65,64) | 41,59% |
OS de 2 anos % | 31,58% (20,74; 42,88) | 22,10% |
a Inclui 13 pacientes do MDX010-20; 40 pacientes do MDX010-08 e 25 pacientes do CA184004/CA184022.
b Inclui 124 pacientes do MDX010-20 e 87 pacientes do CA184004/CA184022.
O desenvolvimento ou manutenção da atividade clínica após o tratamento com Ipilimumabe foi semelhante com ou sem o uso de corticosteroides sistêmicos.
A segurança e eficácia de Ipilimumabe 1 mg/kg em combinação com nivolumabe 3 mg/kg para o tratamento de RCC avançado foi avaliada em um estudo Fase 3, randomizado, aberto (CA209-214).
O estudo incluiu pacientes (18 anos de idade ou mais) com carcinoma de células renais metastático ou avançado sem tratamento prévio. A população de eficácia primária inclui os pacientes de risco intermediário/desfavorável com no mínimo 1 ou mais dos 6 fatores de risco prognóstico conforme os critérios do International Metastatic RCC Database Consortium (Consórcio Internacional de Banco de Dados em RCC Metastático) (IMDC) (menos de um ano desde o momento do diagnóstico inicial de carcinoma de células renais até a randomização, capacidade funcional de Karnofsky (KPS) < 80%, hemoglobina inferior ao limite inferior de normalidade, cálcio corrigido superior a 10 mg/dL, contagem de plaquetas superior ao limite superior de normalidade e contagem absoluta de neutrófilos superior ao limite superior de normalidade). Este estudo incluiu pacientes independentemente do status tumoral de PD-L1. Pacientes com qualquer história clínica de metástases cerebrais concomitantes, doença autoimune ativa ou condições médicas com necessidade de imunossupressão sistêmica foram exc luídos do estudo. Os pacientes foram estratificados por pontuação prognostica (IMDC) e por região.
No total, 1096 pacientes foram randomizados no estudo, dos quais 847 pacientes apresentavam RCC de risco intermediário/desfavorável e receberam nivolumabe 3 mg/kg (n = 425) administrado por via intravenosa durante 60 minutos em combinação com Ipilimumabe 1 mg/kg administrado por via intravenosa durante 30 minutos a cada 3 semanas durante 4 doses, seguidos por nivolumabe em monoterapia 3 mg/kg a c ada 2 semanas, ou sunitinibe (n = 422) 50 mg ao dia, administrado por via oral durante 4 semanas, seguido por 2 semanas sem tratamento, a cada ciclo. O tratamento era mantido enquanto fosse observado benefício clínico ou até que o tratamento não fosse mais tolerado. As primeiras avaliações tumorais foram realizadas 12 semanas após a randomização e continuaram a cada 6 semanas a partir de então no primeiro ano e posteriormente a cada 12 semanas até a progressão ou descontinuação do tratamento, o que ocorresse mais tarde. O tratamento após a progressão inicial definida pelos RECIST versão 1.1 avaliada pelo investigador era permitido caso o paciente apresentasse benefício clínico e estivesse tolerando o medicamento em estudo, conforme determinado pelo investigador. As medidas primárias de resultado de eficácia foram OS, ORR (taxa de resposta objetiva) e PFS (sobrevida livre de progressão), conforme determinado por uma Revisão Central Independente em Caráter Cego (BICR) em pacientes de risco intermediário/desfavorável.
As características de linha basal foram, em geral, equilibradas entre os dois grupos. A idade mediana foi de 61 anos (variação: 21 - 85), com 38% ≥ 65 anos de idade e 8% ≥ 75 anos de idade. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (73%) e caucasiana (87%), e 31% e 69% dos pacientes apresentaram KPS na linha basal de 70% a 80% e de 90% a 100%, respectivamente. A duração mediana do tempo desde o diagnóstico inicial até a randomização foi de 0,4 anos nos grupos de nivolumabe 3 mg/kg em combinação com Ipilimumabe 1 mg/kg e de sunitinibe. A duração mediana do tratamento foi de 7,9 meses (variação: 1 dia - 21,4 + meses) em pacientes tratados com nivolumabe mais Ipilimumabe e de 7,8 meses (variação: 1 dia - 20,2 + meses) em pacientes tratados com sunitinibe. Nivolumabe mais Ipilimumabe foi mantido após a progressão em 29% dos pacientes.
As curvas de Kaplan-Meier para OS em pacientes de risco intermediário/desfavorável são apresentadas na Figura 1.
Figura 1: Curvas de Kaplan-Meier da OS em pacientes de risco intermediário/desfavorável (CA209- 214)
Para pacientes com risco intermediário ou alto, o estudo demonstrou OS e ORR superiores e uma melhora na PFS (não estatisticamente significativa) para os pacientes randomizados para nivolumabe + Ipilimumabe em comparação com sunitinibe (Tabela 3). O benefício da OS foi observado independentemente do nível de expressão tumoral do PD-L1.
Os resultados de eficácia são apresentados na Tabela 3.
Tabela 3: Resultados de eficácia (CA209-214)
- | Ipilimumabe + nivolumabe (n = 425) | Sunitinibe (n = 422) | |
Sobrevida global | - | - | |
Eventos | 140 (33%) | 188 (45%) | |
Razão de risco a | - | 0,63 | - |
Mediana (IC de 95%) | NE (28,2; NE) | 25,9 (22,1; NE) | |
Em 6 meses | 89,5 (86,1; 92,1) | 86,2 (82,4; 89,1) | |
Em 12 meses | 80,1 (75,9; 83,6) | 72,1 (67,4; 76,2) | |
Sobrevida livre de progressão | - | - | |
Eventos | 228 (53,6%) | 228 (54,0%) | |
Razão de risco a | - | 0,82 (0,64; 1,05) 0,0331 | - |
Mediana (IC de 95%) | 11,6 (8,71; 15,51) | 8,4 (7,03; 10,81) | |
Resposta objetiva confirmada (BICR) | 177 (41,6%) | 112 (26,5%) | |
(IC de 95%) | (36,9; 46,5) | (22,4; 31,0) | |
Diferença em ORR (IC de 95%) d | - | 16,0 (9,8; 22,2) < 0,0001 | - |
Resposta completa (CR) | 40 (9,4%) | 5 (1,2%) | |
Resposta parcial (PR) | 137 (32,2%) | 107 (25,4%) | |
Doença estável (SD) | 133 (31,3%) | 188 (44,5%) | |
Duração mediana da resposta g | - | - | |
Meses (variação) | NE (1,4 + - 25,5 + ) | 18,17 (11,3 + - 23,6 + ) | |
Tempo mediano até a resposta | - | - | |
Meses (variação) | 2,8 (0,9 - 11,3) | 3,0 (0,6 - 15,0) |
a Com base em um modelo estratificado de riscos proporcionais.
b Com base em um teste de log-rank estratificado.
c O valor p é comparado a um alfa de 0,002 a fim de alcançar a significância estatística.
d Diferença ajustada por estratos. e Com base no teste estratificado de DerSimonian-Laird.
f O valor p é comparado a um alfa de 0,001 a fim de alcançar a significância estatística.
g Computada pelo método de Kaplan-Meier.
h O valor p é comparado a um alfa de 0,009 a fim de alcançar a significância estatística.
“ + ” indica uma observação censurada.
NE = não estimável.
O tempo mediano até o início da resposta objetiva foi de 2,79 meses (variação: 0,9 - 11,3 meses) após o início do tratamento com nivolumabe mais Ipilimumabe. Entre 177 respondedores, 128 (72,3%) apresentaram uma resposta em andamento, com uma duração que variou de 1,4 + - 25,5 + meses. No grupo do sunitinibe, o tempo mediano para resposta foi de 3,04 meses. Entre 112 respondedores, 71 (63,4%) tiveram uma resposta em andamento, com uma duração variando de 1,3 + - 23,6 + meses.
Uma maior proporção de indivíduos tratados com nivolumabe + Ipilimumabe(24,5%) interromperam o estudo devido à toxicidade do medicamento quando comparado ao grupo sunitinibe (11,8%). Foram permitidas reduções de dose devido a toxicidades no braço de sunitinibe do estudo, embora elas não fossem permitidas no braço nivolumabe + Ipilimumabe. No grupo de sunitinibe, 52,9% dos indivíduos necessitaram de pelo menos uma redução de dose devido à toxicidade.
A sobrevida global foi acompanhada por uma melhora ao longo do tempo nos sintomas relacionados à doença, sintomas de câncer e Qualidade de Vida (QoL) não específica da doença, conforme avaliado por escalas válidas e confiáveis em FKSI-19, FACT-G e EQ-5D. Um número significativamente menor de pacientes no braço de nivolumabe em combinação com Ipilimumabeapresentou deterioração dos sintomas em relação aos pacientes no braço de sunitinibe (p < 0,0001). A alteração em relação à pontuação da linha basal para o grupo de nivolumabe em combinação com Ipilimumabe foi positiva ao longo do tempo, indicando melhora nos sintomas renais específicos de câncer conforme a FKSI-19, enquanto que, no grupo de sunitinibe, as pontuações médias indicaram uma redução nos sintomas renais do câncer (p < 0,0001). Embora os dois braços do estudo tenham recebido terapia ativa, os dados de QoL devem ser interpretados no contexto do desenho do estudo em caráter aberto e, portanto, com cautela.
Ipilimumabe é um anticorpo monoclonal anti-CTLA-4 totalmente humano (IgG1k) produzido em células de ovário de hamster chinês por tecnologia de DNA recombinante.
O CTLA-4 (antígeno 4 associado ao linfócito T citotóxico) é um regulador chave da atividade de células T. O ipilimumabe é um inibidor do ponto de verificação imune do CTLA-4 que bloqueia os sinais inibitórios das células T induzidos por esta via, aumentando o número de células T efetoras reativas ao tumor, que se mobilizam para montar um ataque imunológico direto contra as células tumorais.
Este bloqueio pode também reduzir a função da célula T reguladora, o que possibilita um aumento da resposta imune anti-tumor. O ipilimumabe é capaz de esgotar seletivamente as células T reguladoras no local do tumor, permitindo um aumento da razão celular intratumoral T efetoras/T reguladoras, favorecendo a morte celular tumoral.
Em pacientes com melanoma que receberam Ipilimumabe, a média da contagem absoluta de linfócitos (ALC) do sangue periférico aumentou durante o período de indução. Em estudos de Fase 2, esse aumento foi dose-dependente. No estudo MDX010-20, Ipilimumabe a 3 mg/kg, com ou sem gp100, aumentou a ALC durante o período de indução, mas nenhuma alteração significativa na ALC foi observada no grupo controle de pacientes que receberam a vacina peptídica gp100 em investigação isolada.
No sangue periférico dos pacientes com melanoma, um aumento médio no percentual de células T HLA-DR + CD4 + e CD8 + ativadas foi observado após o tratamento com Ipilimumabe, consistente com seu mecanismo de ação. Um aumento médio no percentual de células T centrais de memória CD4 + e CD8 + (CCR7 + CD45RA - ) e um menor, mas significativo, aumento médio no percentual de células T de memória efetora CD8 + (CCR7 - CD45RA - ) também foram observados após o tratamento com Ipilimumabe.
Menos de 2% dos pacientes com melanoma avançado que receberam Ipilimumabe em estudos clínicos de Fase 2 e 3 desenvolveram anticorpos contra ipilimumabe. Nenhum paciente apresentou qualquer hipersensibilidade relacionada à infusão ou peri-infusional ou reações anafiláticas. Não foram detectados anticorpos neutralizantes contra ipilimumabe. Em geral, nenhuma associação aparente foi observada entre o desenvolvimento de anticorpos e reações adversas. Dos pacientes que foram tratados com Ipilimumabe em combinação com nivolumabe e avaliados quanto à presença de anticorpos anti-ipilimumabe, a incidência de anticorpos anti-ipilimumabe variou de 6,3% a 8,3% e de anticorpos neutralizantes contra ipilimumabe variou de 0 a 0,3%. Dos pacientes que foram avaliados quanto à presença de anticorpos anti-nivolumabe, a incidência de anticorpos anti-nivolumabe foi de 26,0% para o tratamento com ipilimumabe 1 mg/kg a cada 3 semanas e 37,8% com ipilimumabe 3 mg/kg a cada 3 semanas. A incidência de anticorpos neutralizantes contra nivolumabe foi de 0,5% com ipilimumabe 1 mg/kg a cada 3 semanas e 4,6% com ipilimumabe 3 mg/kg a cada 3 semanas.
A farmacocinética de ipilimumabe foi estudada em 785 pacientes com melanoma avançado que receberam doses de indução variando de 0,3 a 10 mg/kg administradas uma vez a cada 3 semanas em 4 doses. Cmax, Cmin e AUC de ipilimumabe foram identificados como sendo proporcionais à dose dentro da faixa de doses examinada. Mediante a administração repetida de Ipilimumabe a cada 3 semanas, observou-se que o clearance não variava com o tempo, e um acúmulo sistêmico mínimo foi observado por um índice de acumulo de 1,5 vezes ou menos. O estado de equilíbrio de ipilimumabe foi alcançado com a terceira dose. Com base na análise farmacocinética populacional, os seguintes parâmetros médios (percentagem do coeficiente de variação) de ipilimumabe foram obtidos: uma meia-vida terminal de 15,4 dias (34,4%); um clearance sistêmico de 16,8 mL/h (38,1%); e um volume de distribuição em estado de equilíbrio de 7,47 L (10,1%). A Cmin média (percentagem do coeficiente de variação) de ipilimumabe atingida em estado de equilíbrio com um regime de indução de 3 mg/kg foi de 19,4 μg/mL (74,6%).
Quando ipilimumabe 1 mg/kg foi administrado em combinação com nivolumabe 3 mg/kg, análises de sensibilidade constataram que o clearance de nivolumabe foi maior em indivíduos com maior LDH na linha basal (até 44%) e menor albumina na linha basal (< 20%), e maior (~20%) na presença de ADA para nivolumabe.
Quando admistrado em combinação com nivolumabe, o clearance de ipilimumabe não foi alterado na presente de anticorpos anti-ipilimumabe e o clearance de nivolumabe aumentou 20% na presença de anticorpos anti-nivolumabe.
O clearance de ipilimumabe aumentou com o aumento no peso corporal e com o aumento de lactato desidrogenase (LDH) basal; entretanto, nenhum ajuste de dose é necessário para LDH ou peso corporal elevados após a administração em mg/kg. O clearance de ipilimumabe não foi afetado pela idade (faixa de 23 - 88 anos), sexo, uso concomitante de budesonida , status de desempenho (Performance Status), status de HLA-A2*0201, insuficiência hepática leve, insuficiência renal leve a moderada, imunogenicidade e terapia prévia sistêmica para o câncer. O efeito da raça não foi examinado, uma vez que não havia dados suficientes sobre grupos étnicos não caucasianos. Nenhum estudo controlado foi realizado para avaliar a farmacocinética de ipilimumabe na população pediátrica ou em pacientes com comprometimento hepático ou renal.
Com base na análise de exposição-resposta em 497 pacientes com melanoma avançado, a sobrevida global (OS) foi independente da terapia anticâncer sistêmica prévia.
O efeito do comprometimento renal sobre o clearance de ipilimumabe foi avaliado em pacientes com comprometimento renal leve (TFG < 90 e ≥ 60 mL/min/1,73 m 2 ; n = 349), moderado (TFG < 60 e ≥ 30 mL/min/1,73 m 2 ; n = 82) ou grave (TFG < 30 e ≥ 15 mL/min/1,73 m 2 ; n = 4) em comparação com pacientes com função renal normal (TFG ≥ 90 mL/min/1,73 m 2 ; n = 350) em análise farmacocinética da população. Não foram encontradas diferenças clinicamente importantes no clearance de ipilimumabe entre pacientes com comprometimento renal leve a moderado e pacientes com função renal normal.
O efeito do comprometimento hepático sobre o clearance do ipilimumabe foi avaliado em pacientes com comprometimento hepático leve (bilirrubina total 1,0 × a 1,5 × LSN ou AST > LSN, conforme definido usando os critérios do National Cancer Institute de disfunção hepática, n = 76) em comparação com pacientes com função hepática normal (bilirrubina total e AST ≤ LSN, n = 708) em análise farmacocinética da população. Não foram encontradas diferenças clinicamente importantes no clearance de ipilimumabe entre os pacientes com insuficiência hepática leve e função hepática normal. O ipilimumabe não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática moderada (bilirrubina total > 1,5 × a 3 × LSN e qualquer AST) ou grave (bilirrubina total > 3 × LSN e qualquer AST).
Referências
1. Hodi, F. Stephen; O’Day, Steven J.; McDermott, David F.; Weber, Robert W.; et al. Improved Survival with Ipilimumab in Patients with Metastatic Melanoma. The New England Journal of Medicine. 2010 Aug; vol. 363: nº 8.
2. Motzer RJ, et al. Nivolumab Plus Ipilimumab Versus Sunitinib in Advanced Renal-Cell Carcinoma. N Engl J Med 2018.
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