Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Verzenios é um inibidor da enzima quinase, a qual se relaciona à proliferação celular e ao crescimento tumoral.
Após a administração oral, Verzenios é lentamente absorvido pelo corpo humano.
Verzenios é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao produto ou a qualquer um de seus componentes da fórmula.
Verzenios é administrado por via oral com ou sem alimento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O gerenciamento de algumas reações adversas pode exigir a interrupção e/ou redução da dose.
Se a redução da dose for necessária, deverá ser diminuída em 50 mg por vez. Para os pacientes que não conseguirem tolerar 50 mg duas vezes ao dia, Verzenios deve ser descontinuado.
Tabela 1: Modificação da dose recomendada devido à reações adversas
Nível de dose | Dose de Verzenios Combinada à terapia endócrina | Dose de Verzenios como agente único |
Dose inicial recomendada | 150 mg duas vezes ao dia | 200 mg duas vezes ao dia |
Primeira redução da dose | 100 mg duas vezes ao dia | 150 mg duas vezes ao dia |
Segunda redução da dose | 50 mg duas vezes ao dia | 100 mg duas vezes ao dia |
Terceira redução da dose | - | 50 mg duas vezes ao dia |
Tabela 2: Modificação da dose e gerenciamento das toxicidades hematológicas (sanguíneas)
Realizar hemograma completo antes do início do tratamento com Verzenios e a cada 2 semanas durante os primeiros 2 meses, mensalmente durante os próximos 2 meses, e conforme clinicamente indicado | |
Grau dos eventos adversos | Modificações da dose de Verzenios |
Grau 1 ou 2 | Não é necessária a modificação da dose |
Grau 3 | Suspenda a dose até que a toxicidade seja resolvida para Grau ≤ 2. Não é necessária a redução da dose |
Grau 3 recorrente ou grau 4 | Suspenda a dose até que a toxicidade seja resolvida para Grau ≤ 2. Retome a próxima dose mais baixa |
O paciente necessita da administração de fator de crescimento de células sanguíneas | Não utilize Verzenios por no mínimo 48 horas após a última dose do fator de crescimento de células sanguíneas e até que a toxicidade seja resolvida para Grau ≤ 2. Retome Verzenios no nível da próxima dose mais baixa, exceto se a dose já foi reduzida em virtude da toxicidade que levou ao uso do fator de crescimento |
Tabela 3: Modificação da dose e gerenciamento da diarreia
Ao primeiro sinal de diarreia, inicie o tratamento com agentes antidiarreicos, tal como loperamida | |
Grau dos eventos adversos | Modificações da dose de Verzenios |
Grau 1 | Não é necessária a modificação da dose |
Grau 2 | Se a toxicidade não for resolvida dentro de 24 horas para Grau ≤ 1, suspenda a dose até a resolução. Não é necessária a redução da dose |
Grau 2 persistente ou recorrente após a retomada da mesma dose, apesar das medidas de suporte máximas | Suspenda a dose até que a toxicidade seja resolvida para Grau ≤ 1. Retome Verzenios no nível da próxima dose mais baixa |
Grau 3 ou 4, ou que exige hospitalização |
Tabela 4: Modificação da dose e gerenciamento do aumento de ALT
Dosar a ALT antes do início do tratamento com Verzenios, a cada 2 semanas durante os primeiros 2 meses, mensalmente durante os próximos 2 meses, e conforme clinicamente indicado | |
Grau dos eventos adversos | Modificações da dose de Verzenios |
Grau 1 | Não é necessária a modificação da dose |
Grau 2 | |
Grau 2 persistente ou recorrente, ou Grau 3 | Suspenda a dose até que a toxicidade seja resolvida para o valor basal ou Grau 1. Retome Verzenios no nível da próxima dose mais baixa |
Grau 4 | Descontinue Verzenios |
Tabela 5: Modificação da dose e gerenciamento da doença pulmonar intersticial/pneumonite
Grau dos eventos adversos | Modificações da dose de Verzenios |
Grau 1 ou 2 | Não é necessária a modificação da dose |
Grau 2 persistente ou recorrente que apesar das medidas de suporte máximas, não retorna para o valor basal ou Grau 1 em 7 dias | Suspenda a dose até que a toxicidade seja resolvida para o valor basal ou ≤ Grau 1. Retome Verzenios no nível da próxima dose mais baixa. |
Grau 3 ou 4 | Descontinue Verzenios |
Tabela 6: Modificação da dose e gerenciamento de toxicidades não hematológicas, excluindo diarreia, aumento da enzima ALT (alanina aminotransferase) e doença pulmonar intersticial/pneumonite
Grau dos eventos adversos | Modificações da dose de Verzenios |
Grau 1 ou 2 | Não é necessária a modificação da dose |
Toxicidade Grau 2 persistente ou recorrente, que não retorna para o valor basal ou Grau 1 em 7 dias, com as medidas de suporte máximas | Suspenda a dose até que a toxicidade retorne para o valor basal ou ≤ Grau 1. Retome Verzenios no nível da próxima dose mais baixa |
Grau 3 ou 4 |
Evitar o uso concomitante de inibidores potentes de CYP3A (por exemplo, voriconazol ) e tenha cautela com a coadministração de inibidores moderados de CYP3A (por exemplo, ciprofloxacino ) ou fracos (por exemplo, ranitidina). Se a coadministração com um inibidor de CYP3A for inevitável, ajuste a dose de Verzenios conforme descrito na Tabela 7.
Tabela 7: Ajustes na dose de Verzenios em combinação com inibidores da enzima CYP3Aª
Inibidor de CYP3A | Aumento esperado na exposição | Recomendação da dose de Verzenios |
Inibidores específicos b | ||
Cetoconazol | 6,87 vezes | 50 mg uma vez ao dia |
Itraconazol | 3,78 vezes | 50 mg duas vezes ao dia |
Claritromicina | 2,19 vezes | 100 mg duas vezes ao dia |
Diltiazem | 2,41 vezes | 100 mg duas vezes ao dia |
Verapamil | 1,63 vez | 100 mg duas vezes ao dia |
Para outros inibidores | ||
Inibidor potente | - | 50 mg duas vezes ao dia |
Inibidor moderado | 50 mg duas vezes ao dia | |
Inibidor fraco | 100 mg duas vezes ao dia |
ª Com base em uma dose inicial de 150 ou 200 mg duas vezes ao dia.
b Com base nos resultados clínicos e nas simulações farmacocinéticas com base fisiológica.
Evitar toranja ou suco de toranja. Se um inibidor de CYP3A for descontinuado, aumentar a dose de Verzenios (após 3 a 5 meias-vidas do inibidor) até atingir a dose utilizada antes do início do inibidor.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Caso você se esqueça de uma dose, você deverá tomá-la assim que lembrar. Se você se esquecer da dose durante um dia inteiro, pule a dose esquecida e tome apenas uma dose, como de costume, no dia seguinte. Não tome duas doses para compensar um comprimido esquecido.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Verzenios pode causar diarreia, que pode ser grave em alguns casos. A diarreia pode levar à desidratação ou à uma infecção. O momento mais comum para se desenvolver diarreia é durante o primeiro mês do tratamento com Verzenios. Ao primeiro sinal de intestino solto, iniciar terapia antidiarreica (por exemplo, loperamida) conforme orientação médica. Notifique seu médico ou profissional de saúde para instruções adicionais e acompanhamento apropriado. Aumente a ingestão de líquidos.
O ajuste da dose de Verzenios é recomendado para os pacientes que desenvolverem neutropenia (diminuição do número de neutrófilos) Graus 3 ou 4. A modificação da dose também pode ser necessária com base no nível do aumento observado da enzima ALT (alanina aminotransferase).
O uso de Verzenios em associação com fulvestranto ou inibidores da aromatase pode causar coágulos no sangue, que podem ser graves. Relate ao seu médico quaisquer sinais ou sintomas imediatamente, como dor ou inchaço nos braços ou pernas, respiração curta, respiração rápida ou acelerada, aumento dos batimentos cardíacos e dor no peito .
O uso de Verzenios pode causar doença pulmonar intersticial/pneumonite (inflamação nos pulmões). Relate ao seu médico quaisquer sinais ou sintomas imediatamente, como dificuldade em respirar ou falta de ar, tosse (com ou sem muco), e dor no peito. Pode ser requerida modificação na dose de Verzenios com base na gravidade da doença.
Evitar o uso de Verzenios em mulheres grávidas e usar somente caso o benefício potencial à mãe justifique o risco potencial ao feto (Gravidez Categoria C). A amamentação não é recomendada durante o tratamento com Verzenios. Se a paciente engravidar durante o tratamento com Verzenios, informar a paciente sobre o risco potencial de dano fetal.
Mulheres em idade fértil devem tomar as precauções apropriadas para evitar engravidar durante o tratamento com Verzenios e por, no mínimo, três semanas depois do final do tratamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A segurança e a eficácia de Verzenios em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
Não houve diferença geral na segurança e eficácia de Verzenios em pacientes com 65 anos ou mais, quando comparados entre estes pacientes e pacientes mais jovens.
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com comprometimento hepático leve ou moderado. Em pacientes com comprometimento hepático grave, a frequência de dose de Verzenios deve ser reduzida.
Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com comprometimento renal leve ou moderado. A ação de Verzenios no corpo humano não foi estabelecida em pacientes com comprometimento renal grave, nefropatia (lesão no rim) em estágio terminal ou em pacientes em diálise.
Não foram realizados estudos para determinar os efeitos de Verzenios sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas.
A causa de morte para os pacientes que receberam Verzenios como agente único foi infecção (2%).
A incidência de diarreia foi maior no primeiro mês de tratamento com Verzenios e foi menor nos meses subsequentes. Em estudos clínicos, ocorreram aumentos da creatinina sérica no primeiro mês de administração de Verzenios, e os níveis continuaram elevados, porém estáveis durante o período de tratamento, sendo reversíveis com a descontinuação do tratamento, e não foram acompanhados por alterações nos marcadores da função renal, tais como nitrogênio uréico sanguíneo (BUN), cistatina C, ou taxa de filtração glomerular calculada com base na cistatina C.
As seguintes reações adversas ao medicamento são baseadas em relatos pós-comercialização.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Via oral.
Uso adulto.
50, 100, 150 ou 200 mg de abemaciclibe.
Excipientes: croscarmelose sódica, lactose monoidratada, celulose microcristalina, dióxido de silício e estearilfumarato de sódio.
Mistura de cor bege (50 mg, 200 mg): álcool polivinílico , dióxido de titânio, macrogol, talco , óxido de ferro amarelo e óxido de ferro vermelho.
Mistura de cor branca (100 mg): álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol e talco.
Mistura de cor amarela (150 mg): álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco e óxido de ferro amarelo.
Em caso de superdosagem, utilize terapia de suporte. Não existe um antídoto conhecido para a superdosagem de Verzenios.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
A coadministração de Verzenios com claritromicina resultou em um aumento na exposição plasmática de Verzenios em pacientes com câncer avançado e/ou metastático.
A coadministração de Verzenios com rifampicina diminuiu a exposição plasmática de Verzenios.
Em estudos clínicos em pacientes com câncer de mama a administração de Verzenios com medicamentos como anastrozol, exemestano , fulvestranto, letrozol ou tamoxifeno, não resultou em alterações na ação dessas drogas que fossem clinicamente relevantes.
Nenhum estudo foi conduzido para investigar a possível interação entre Verzenios e plantas medicinais, álcool, nicotina e realização de exames laboratoriais e não laboratoriais.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Pacientes com câncer de mama avançado ou metastático com HR positivo e HER2 negativo, sem terapia sistêmica anterior.
Monarch 3 foi um estudo randomizado (2:1), duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico, em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama avançado ou metastático, com HR positivo e HER2 negativo, em combinação com um inibidor de aromatase não esteroidal (NSAI) como terapia endócrina inicial, incluindo pacientes não tratadas anteriormente com terapia sistêmica para câncer de mama.
A randomização foi estratificada pela localização da doença (visceral, apenas óssea, ou outra) e por terapia endócrina (neo)adjuvante anterior (inibidor de aromatase versus outra terapia hormonal versus sem terapia endócrina). O total de 493 pacientes foram randomizados para receber 150 mg de Abemaciclibe ou placebo via oral duas vezes ao dia, mais a terapia hormonal de escolha do médico [letrozol (80% dos pacientes) ou anastrozol (20% dos pacientes)].
A idade mediana dos pacientes foi de 63 anos (variação 32-88 anos) e a maioria era caucasiana (58%) ou asiática (30%). Um total de 51% recebeu terapia sistêmica anterior e 39% dos pacientes receberam quimioterapia, 53% apresentavam doença visceral e 22% apresentavam doença apenas óssea.
Os resultados de eficácia estão resumidos na Tabela 1 e na Figura 1. A PFS foi avaliada de acordo com o RECIST versão 1.1 e a avaliação de PFS com base em uma revisão radiológica independente em caráter cego foi compatível com a avaliação do investigador. Resultados consistentes foram observados entre os pacientes estratificados por subgrupos de localização da doença e terapia endócrina (neo)adjuvante anterior. No momento da análise da PFS, 19% dos pacientes haviam morrido e dados de sobrevida global ainda eram imaturos.
Tabela 1: Resultados de eficácia no Monarch 3 (Avaliação do Investigador, População com Intenção de Tratamento)
Abemaciclibe mais anastrozol ou letrozol | Placebo mais anastrozol ou letrozol | |
Sobrevida livre de progressão | N=328 | N=165 |
Número de pacientes com um evento (n, %) | 138 (42,1) | 108 (65,5) |
Mediana (meses, IC de 95%) | 28,2 (23,5; NR) | 14,8 (11,2; 19,2) |
Proporção de risco (IC de 95%) | 0,540 (0,418; 0,698) | |
Valor-p | < 0,0001 | |
Resposta Objetiva para Pacientes com Doença Mensurável | N=267 | N=132 |
Taxa de resposta objetivaa,b (n, %) | 148 (55,4) | 53 (40,2) |
IC de 95% | 49,5; 61,4 | 31,8; 48,5 |
Abreviações:
IC=intervalo de confiança.
NR=não atingido.
a Resposta completa + resposta parcial.
b Baseado em respostas confirmadas.
Figura 1: Curvas de Kaplan-Meier de Sobrevida Livre de Progressão: Abemaciclibe mais anastrozol ou letrozol versus Placebo mais anastrozol ou letrozol (Monarch 3)
Pacientes com câncer de mama avançado ou metastático com HR positivo e HER2 negativo, com progressão da doença durante ou após terapia endócrina adjuvante ou para doença metastática ou como terapia endócrina inicial.
Monarch 2 foi um estudo randomizado, controlado por placebo, multicêntrico, em mulheres com câncer de mama metastático com HR positivo e HER2 negativo, em combinação com fulvestranto, em pacientes com progressão da doença após terapia endócrina e que não receberam quimioterapia para doença metastática. A randomização foi estratificada por local da doença (visceral, apenas óssea, ou outra) e por sensibilidade à terapia endócrina anterior (resistência primária ou secundária). A resistência primária à terapia endócrina foi definida como recidiva durante os primeiros 2 anos de terapia endócrina adjuvante ou doença progressiva nos primeiros 6 meses de terapia endócrina de primeira linha para câncer de mama metastático. Um total de 669 pacientes foram randomizadas para receber Abemaciclibe ou placebo via oral duas vezes ao dia mais injeção intramuscular de 500 mg de fulvestranto nos dias 1 e 15 do ciclo 1 e, depois no dia 1 do ciclo 2 e demais ciclos (ciclos de 28 dias). Mulheres na pré/perimenopausa foram admitidas no estudo e receberam o agonista do hormônio de liberação de gonadotrofina, gosserrelina, por pelo menos 4 semanas antes e durante o Monarch 2. Os pacientes permaneceram em tratamento até progressão da doença ou toxicidade não manejável.
A idade mediana dos pacientes foi de 60 anos (variação 32-91 anos) e 37% dos pacientes tinham mais de 65 anos. A maioria era caucasiana (56%) e 99% dos pacientes apresentavam um status de desempenho (PS) do Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG) de 0 ou 1. Vinte por cento (20%) dos pacientes apresentavam doença metastática de novo, 27% apresentavam doença apenas óssea e 56% apresentavam doença visceral. Vinte e cinco por cento (25%) dos pacientes, apresentavam resistência primária à terapia endócrina. Dezessete por cento (17%) dos pacientes estavam na pré ou perimenopausa.
Os resultados de eficácia do estudo Monarch 2 estão resumidos na Tabela 2 e na Figura 2. A avaliação de PFS mediana com base em uma revisão radiológica independente em caráter cego foi compatível com a avaliação do investigador. Resultados consistentes foram observados entre os subgrupos de pacientes estratificados de acordo com o local da doença e resistência à terapia endócrina. No momento da análise primária de PFS, dados de sobrevida global não estavam maduros (20% dos pacientes tinham morrido).
Tabela 2: Resultados de Eficácia do Monarch 2 (Avaliação do Investigador, População com Intenção de Tratamento)
Abemaciclibe mais fulvestranto | Placebo mais fulvestranto | |
Sobrevida Livre de Progressão | N=446 | N=223 |
Número de pacientes com um evento (n, %) | 222 (49,8) | 157 (70,4) |
Mediana (meses, IC de 95%) | 16,4 (14,4 19,3) | 9,3 (7,4-12,7) |
Proporção de risco (IC de 95%) | 0,553 (0,449-0,681) | |
Valor-p | p < 0,0001 | |
Resposta Objetiva para Pacientes com Doença Mensurável | N=318 | N=164 |
Taxa de resposta objetivaa (n, %) | 153 (48,1) | 35 (21,3) |
IC de 95% | 42,6-53,6 | 15,1-27,6 |
Abreviação:
IC=intervalo de confiança.
a Resposta completa + resposta parcial.
Figura 2: Curvas de Kaplan-Meier de Sobrevida Livre de Progressão: Abemaciclibe mais fulvestranto versus Placebo mais fulvestranto (Monarch 2)
Pacientes com câncer de mama com HR positivo e HER2 negativo que receberam terapia endócrina anterior e 1-2 regimes quimioterápicos para doença metastática.
Monarch 1 foi um estudo multicêntrico, aberto, de grupo único em mulheres com câncer de mama metastático com HR positivo e HER2 negativo cuja doença progrediu durante ou após terapia endócrina, que receberam um taxano em qualquer contexto da doença e que receberam 1 ou 2 regimes quimioterápicos anteriores para doença metastática. Um total de 132 pacientes receberam 200 mg de Abemaciclibe via oral duas vezes ao dia em um cronograma contínuo até progressão da doença ou toxicidade não manejável.
A idade mediana dos pacientes foi de 58 anos (variação 36-89 anos) e a maioria dos pacientes era caucasiana (85%). Os pacientes apresentavam status de desempenho (PS) do Eastern Cooperative Oncology Group de 0 (55% dos pacientes) ou 1 (45%). A duração mediana da doença metastática era de 27,6 meses. Noventa por cento (90%) dos pacientes apresentavam metástase visceral e 51% dos pacientes tinham 3 ou mais locais de doença metastática. Cinquenta e um por cento (51%) dos pacientes haviam recebido uma linha de quimioterapia para doença metastática. Sessenta e nove por cento (69%) dos pacientes receberam um regime à base de taxano para doença metastática e 55% receberam capecitabina para doença metastática. A Tabela 3 contém os resultados de eficácia do Monarch 1.
Tabela 3: Resultados de Eficácia do Monarch 1 (População com Intenção de Tratamento)
Abemaciclibe 200 mg N=132 | ||
Avaliado pelo Investigador | Revisão Independente | |
Taxa de Resposta Objetivaa, b, n (%) | 26 (19,7) | 23 (17,4) |
IC de 95% (%) | 13,3-27,5 | 11,4-25,0 |
Duração Mediana da Resposta | 8,6 meses | 7,2 meses |
IC de 95% (%) | 5,8-10,2 | 5,6, NR |
Abreviações:
IC=intervalo de confiança,
NR=não atingido.
a Todas as respostas foram respostas parciais.
b Baseado em respostas confirmadas.
Abemaciclibe é um inibidor de quinase com nome químico 2- Pirimidinamina, N-[5-[(4-etil-1-piperazinil)metil]-2-piridinil]-5-fluoro-4-[4-fluoro-2-metil-1-(1- metiletil)-1H-benzimidazol-6-il]. Abemaciclibe possui a fórmula empírica C27H32F2N8 e um peso molecular de 506,59.
Abemaciclibe é um inibidor das quinases 4 e 6 dependentes da ciclina D (CDK4 e CDK6) e foi mais ativo contra a ciclina D1/CDK4 em ensaios enzimáticos. No câncer de mama, foi demonstrado que a ciclina D1/CDK4 promove a fosforilação da proteína do retinoblastoma (Rb), a proliferação celular e o crescimento tumoral. Abemaciclibe previne a fosforilação da Rb, bloqueando a progressão de G1 para a fase S do ciclo celular, levando à supressão do crescimento tumoral em modelos pré-clínicos após a curta inibição do alvo. Em linhagens celulares de câncer de mama com receptores de estrogênio positivos, a inibição prolongada do alvo pelo Abemaciclibe previne o rebote da fosforilação da Rb e a reentrada no ciclo celular, resultando em senescência e apoptose. Em modelos de xenoenxerto de câncer de mama, Abemaciclibe administrado diariamente sem interrupção nas concentrações clinicamente relevantes – como um agente único ou em combinação com antiestrogênios – resultou na redução do tamanho tumoral.
Em pacientes com câncer, Abemaciclibe inibe a CDK4 e a CDK6, conforme indicado por meio da inibição da fosforilação da Rb e da topoisomerase II alfa, que resulta na inibição do ciclo celular a partir do ponto de restrição G1 nas doses de 50 mg a 200 mg duas vezes ao dia. As análises de resposta à exposição do Monarch 2 e Monarch 3 apoiam a dose inicial de 150 mg duas vezes ao dia em combinação com a terapia endócrina e apoiam as reduções da dose, conforme necessárias em virtude de tolerância, até uma dose tão baixa quanto de 50 mg duas vezes ao dia. A análise de resposta à exposição do Monarch 1 apoia a dose inicial de 200 mg duas vezes ao dia, quando utilizada como agente único.
O efeito de Abemaciclibe sobre o intervalo QTcF foi avaliado em 144 pacientes com câncer avançado. Não foi detectada uma grande alteração (ou seja, > 20 ms) no intervalo QTcF na concentração máxima média de Abemaciclibe observada no estado de equilíbrio após um esquema de dose terapêutica.
Em uma análise de resposta à exposição em indivíduos hígidos nas mais altas exposições clinicamente relevantes, Abemaciclibe não prolongou o intervalo QTcF em qualquer extensão clinicamente relevante.
A absorção de Abemaciclibe é lenta, com um Tmáx mediano de 8,0 horas. A biodisponibilidade absoluta de Abemaciclibe é de 45% (intervalo de confiança de 90%: 40-51%). Na variação de doses terapêuticas de 50 a 200 mg, o aumento na exposição plasmática (AUC) e na C máx é proporcional à dose. O estado de equilíbrio foi alcançado em 5 dias após a administração repetida duas vezes ao dia, e Abemaciclibe sofreu acúmulo, com uma proporção de acúmulo média geométrica de 3,7 (CV de 58%) e 5,8 (CV de 65%) com base na C máx e na AUC, respectivamente.
Abemaciclibe teve alta ligação às proteínas plasmáticas em seres humanos (a fração de ligação média foi de aproximadamente 96-98%) e a ligação foi independente da concentração de 152 ng/mL a 5.066 ng/mL. Abemaciclibe se liga à albumina sérica humana e à glicoproteína alfa-1- ácida. O volume de distribuição sistêmico médio geométrico é de aproximadamente 747 L (CV de 68,6%).
Em pacientes com câncer avançado, as concentrações de Abemaciclibe e seus metabólitos ativos M2 e M20 no líquido cérebro-espinhal são comparáveis às concentrações plasmáticas não ligadas.
O metabolismo hepático é a principal via de clearance de Abemaciclibe. Abemaciclibe é metabolizado em diversos metabólitos, primariamente pelo citocromo P450 (CYP) 3A, com a formação de N-desetil Abemaciclibe (M2) representando a principal via metabólica. Os metabólitos adicionais incluem hidroxiabemaciclibe (M20), hidroxi-N-desetilabemaciclibe (M18) e um metabólito oxidativo (M1). Os metabólitos N-desetilabemaciclibe (M2) e hidroxiabemaciclibe (M20) são ativos, com potência semelhante à de Abemaciclibe.
O clearance (CL) hepático médio geométrico de Abemaciclibe foi de 21,8 L/h (CV de 39,8%) e a meia-vida de eliminação plasmática média de Abemaciclibe em pacientes foi de 24,8 horas (CV de 52,1%). Após uma única dose oral de [14C]-abemaciclibe, aproximadamente 81% da dose foram excretados nas fezes e 3,4% foram excretados na urina. A maioria da dose eliminada nas fezes eram metabólitos.
A idade, o sexo e o peso corporal não apresentaram efeitos sobre a exposição de Abemaciclibe em uma análise farmacocinética de população em pacientes com câncer (135 homens e 859 mulheres; faixa etária de 24 a 91 anos; e variação do peso corporal de 36 a 175 kg).
Abemaciclibe é metabolizado no fígado . Em indivíduos com comprometimento hepático grave, a exposição total de Abemaciclibe não ligado aumentou 2,69 vezes, e a meia-vida de Abemaciclibe aumentou de 24 para 55 horas. Reduza a frequência de administração de Abemaciclibe para uma vez ao dia em pacientes com comprometimento hepático grave.
Abemaciclibe e seus metabólitos não são submetidos ao clearance renal de modo significativo. Não é necessário o ajuste da dose em pacientes com comprometimento renal leve ou moderado. Não existem dados em pacientes com comprometimento renal grave, nefropatia em estágio terminal, ou em pacientes em diálise.
Verzenios deve ser armazenado à temperatura ambiente (15 a 30°C) e em sua embalagem original.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos revestidos e de liberação imediata possuem uma área gravada em baixo relevo em cada lado do comprimido.
Comprimido oval bege com “Lilly” gravado em baixo relevo de um lado e “50” do outro lado.
Comprimido oval branco a praticamente branco com “Lilly” gravado em baixo relevo de um lado e “100” do outro lado.
Comprimido oval amarelo com “Lilly” gravado em baixo relevo de um lado e “150” do outro lado.
Comprimido oval bege com “Lilly” gravado em baixo relevo de um lado e “200” do outro lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S - 1.1260.0199
Farm. Resp.:
Márcia A. Preda
CRF-SP nº 19189
Fabricado por:
Lilly del Caribe, INC
Carolina – Porto Rico
Embalado por:
Lilly S.A
Alcobendas – Espanha
Importado por:
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Av. Morumbi, 8264
São Paulo, SP – Brasil
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Venda sob prescrição médica.