Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Tromaxil é um antibiótico macrolídeo utilizado para o tratamento de inflamações agudas e crônicas, causadas por agente patogênico sensível à eritromicina , o que torna necessário um tratamento parenteral.
A eritromicina é um antibiótico macrolídeo para uso oral e parenteral que age de modo bacteriostático (parasilante) em germes proliferantes.
Existem contraindicações (por exemplo, algumas doenças, condições especiais e/ou costumes), nas quais determinados medicamentos não devem ser utilizados, ou somente mediante testes cuidadosos realizados por médicos, pois em geral, algumas expectativas de utilização podem resultar em comportamentos prejudiciais. O médico pode verificar se há contraindicações, estágio inicial de alguma doença, doença concomitante, algum outro tratamento simultâneo, bem como orientar sobre condições especiais de vida. Algumas contraindicações podem ser feitas ou reconhecidas após o início do tratamento com este medicamento. Também nestes casos o seu médico deve ser informado. Caso já tenha utilizado anteriormente a eritromicina ou outro antibiótico macrolídeo e estes tenham causado reações sensíveis, o Tromaxil não deve ser utilizado. Em caso de utilização simultânea do Tromaxil e um determinado anti-histamínico (modo de tratamento de alergia) como terfenadina ou astemizol, ou ainda medicamentos como cisaprida (tratamento de estímulo da aperistalse) ou pimozida (medicamento para tratamento de determinados distúrbios psíquicos) pode, em casos isolados, causar prolongamento do intervalo QT em eletrocardiogramas, e em algumas circunstâncias, risco de morte por arritmia cardíaca (arritmia ventricular torsades de pointes ). Desta forma, medicamentos com estas moléculas não devem ser utilizados durante o tratamento com Tromaxil.
Categoria de risco para mulheres grávidas (Anvisa-RE 1548/03): D.
O uso do produto só deve ser feito na gravidez e lactação após cuidadosa avaliação do fator risco-benefício.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Tromaxil deve ser utilizado somente como forma de infusão intravenosa.
A injeção/infusão intra-arterial, bem como a aplicação intramuscular não são indicadas.
A dose diária de infusão deve ser individual e superior ao período de 60 minutos, pois doses intravenosas muito rápidas podem causar dores nas veias, o que pode levar a flebite ou reações circulatórias.
Isto corresponde a 250 mL de solução de infusão 85-90 gotas/min, e no caso de 500 mL solução de infusão 170-180 gotas/min.
A utilização de eritromicina juntamente com antibióticos beta lactâmicos, aminoglicosideos, tetraciclina , cloranfenicol , colistina, aminofilina , barbitúricos, difenilhidantoina, heparina, fenotiazina, riblofavina (vitamina B2), Vitamina B6 e Vitamina C não deve ser feita na forma de mistura na seringa, deve ser administrada separadamente.
Cuidado! Soluções salinas ou outras soluções que contenham sal orgânico não devem ser utilizadas para a reconstituição do produto, pois podem ocasionar precipitações.
Quantidade de Substância ativa | Solução de água para injeção (Reconstituição) | Solução de NaCl 0,9% (Diluição) | Solução final para infusão intravenosa | Concentração da Substância ativa |
1000 mg | 20 mL | 230 mL | 250 mL | 0,4% |
1000 mg | 20 mL | 230 mL | 500 mL | 0,2% |
Para evitar o aparecimento de irritações venosas, a concentração não deve ser utilizada em quantidade acima de 1%.
Utilize este medicamento de acordo com as recomendações de dosagens a seguir.
A dosagem de lactobionato de eritromicina, tanto em adultos quanto em crianças, corresponde a 15-20 mg de Eritromicina por Kg.
A duração do tratamento será determinada pelo seu médico.
Em casos de doenças infecciosas bacterianas a duração do tratamento se estenderá pelo decorrer da doença.
Normalmente a duração do tratamento é de 7-8 dias. No interesse de um resultado sustentável do tratamento, este deve ser continuado ainda 2-3 dias, também com Tromaxil, após o desaparecimento da doença. Em caso de tratamento de infecções com estreptococos beta-hemolítico (por exemplo, inflamações de laringe e faringe, ferida rosa, febre escarlate) também é necessário precaução e um período mínimo de tratamento de 10 dias, para prevenir complicações posteriores por exemplo, febre reumática, doença cardíaca reumática, glomerulonefrite .
A injeção intravenosa de Tromaxil deve ser encontrada somente para a preparação de um tratamento (em especial doenças com complicações) ou em caso de impossibilidade de um tratamento oral para o paciente.
Um tratamento muito longo com eritromicina ou tratamentos repetitivos deve ser realizado somente mediante indicação em casos extremos (o motivo para a utilização do medicamento) e sob supervisão de seu médico.
Quando a utilização for esquecida por um determinado período de tempo, esta deve ser retomada o mais rápido possível.
Pode ser necessário o prolongamento do tratamento em um dia. Quando o tratamento é encerrado antes do período previsto ou interrompido temporariamente, compromete-se todo o resultado do tratamento.
Caso haja mais perguntas sobre a utilização do medicamento, pergunte ao seu médico ou farmacêutico.
Descreveremos, a seguir, casos em que o Tromaxil pode ser utilizado somente mediante determinadas condições ou com precauções especiais.
Informe-se com seu médico se por acaso algumas das informações abaixo se aplicam ou alguma vez se aplicaram ao seu tratamento.
O lactobionato de eritromicina só pode ser utilizado em casos de doenças do fígado após um rígido teste e análise de risco.
A utilização do Tromaxil em recém-nascidos e crianças pequenas deve ser realizada com as precauções necessárias, em razão do potencial de risco do lactobionato de eritromicina.
Há avisos sobre um possível risco de formação de obstruções de orifícios pilóricos (estenose pilórica – estreitamento da abertura do estômago para o intestino) em recém-nascidos, causadas pela eritromicina, nas primeiras semanas de vida. Uma profilaxia da coqueluche pode ser evitada nas primeiras semanas de vida. Uma profilaxia da coqueluche deve ser tratada com um médico para não recorrer em uma formação de estenose pilórica.
Os pais devem se informar sobre os sintomas da estenose pilórica.
Em casos raros podem-se questionar a utilização do tratamento com eritromicina e seus derivados (convencionais) em relação à segurança dos efeitos dos contraceptivos hormonais (“pílulas”). Por isso, aconselhase não utilizar contraceptivos hormonais adicionais.
Para um período de tratamento de mais de 3 semanas, recomenda-se fazer um controle permanente das hemácias, das funções do fígado e dos rins.
A utilização muito longa e/ou repetitiva do Tromaxil pode levar a novas infecções com bactérias não sensíveis à eritromicina (resistentes) ou outros fungos.
Em caso de indícios de possíveis infecções com tais agentes patogênicos deve-se ficar atento (infestação por fungos de membrana mucosa com vermelhidão e camadas brancas na membrana mucosa).
Cada utilização de antibiótico pode levar à multiplicação dos agentes patológicos que não sejam sensíveis (resistentes) ao medicamento aplicado.
No surgimento de diarreia frequente, contínua, com sangramento da mucosa e dores de estômago convulsivas durante ou após o tratamento com Tromaxil, o médico deve ser questionado, pois isto pode esconder sérias inflamações nas membranas mucosas (Enterocolite pseudomembranosa – inflamação do intestino, na maioria dos casos causada pelo Clostridium difficile ), que devem ser tratadas imediatamente. Estas doenças através de um tratamento antibiótico podem provocar doenças inflamatórias no intestino sendo prejudiciais à vida.
No caso da utilização simultânea de Tromaxil e medicamentos anti-arritmia (substâncias farmacêuticas para tratamento de distúrbios cardíacos) ou outros medicamentos que possam levar ao caso de prolongamento do intervalo QT há precauções a serem tomadas.
Tromaxil pode adulterar determinadas catecolaminas(determinados hormônios) na urina.
Nas experiências realizadas até o momento com Tromaxil, não foram detectadas influências sobre a capacidade de concentração e reação.
Categoria de risco para mulheres grávidas (Anvisa-RE 1548/03): D.
Pergunte ao seu médico sobre a utilização de medicamentos.
Os testes abrangentes realizados em pessoas, até o momento, não se referem às influências nesses estados. Os experimentos em animais foram negativos. Na utilização do medicamento durante a gravidez e período de lactação devem ser ponderadas imediatamente as condições de risco e utilização deste.
Também não foram observados, nos testes em pessoas, nenhum efeito de fertilidade; caso esteja grávida, deve utilizar o Tromaxil somente após uma consulta com seu médico.
A substância passa para o leite materno e pode causar, no recém-nascido, distúrbios gastrointestinais, como por exemplo, diarreia, porém, é possível também a formação de obstruções de orifícios pilóricos (estenose pilórica).
Em casos de recém-nascidos em amamentação há a possibilidade da formação de anticorpos após o contato com a substância (sensibilidade) ou uma não-eliminação de colônias de fungos (leveduras e fungos semelhantes).
Tromaxil só deve ser utilizado durante o período de amamentação se seu médico atestar que este tratamento é indispensável.
O uso do produto só deve ser feito na gravidez e lactação após cuidadosa avaliação do fator risco-benefício.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Como qualquer medicamento, o Tromaxil pode causar reações adversas, as quais não se aplicam a todas as pessoas que o utilizarem.
Muito Frequente: de cada 10 medicados, mais de 1 |
Frequente: de cada 10 medicados, menos de 1, porém, de cada 100 medicados, mais de 1 |
Ocasionalmente: de cada 100 medicados, menos de 1, porém, de cada 1000 medicados, mais de 1 |
Raramente: de cada 1000 medicados, menos de 1, porém, de cada 10.000 medicados, mais de 1 |
Muito raramente: de cada 10.000 medicados, menos de 1, ou casos desconhecidos |
Caso perceba alguma das reações adversas descritas a seguir, em caso de uso de Tromaxil, não continue o tratamento e procure seu médico imediatamente.
Caso observe reações adversas que não constam na embalagem do produto, informe ao seu médico ou farmacêutico.
Caso observe indícios das reações adversas acima descritas em você ou em crianças, peça auxílio a um médico. Em caso de outros efeitos indesejáveis, converse com seu médico responsável. Ele poderá explicar quais medidas devem ser tomadas e poderá lhe receitar outro medicamento.
As reações adversas a seguir são casos raros e podem causar risco de morte em algumas circunstâncias. Por isso, informe ao seu médico imediatamente, caso de repente se desenvolva algum tipo de forte reação.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Caixa com 10 frascos-ampola.
Para uso intravenoso.
Uso adulto e pediátrico.
1488,2 mg de lactobionato de eritromicina equivalente a 1000 mg de eritromicina base.
Em caso de uma superdosagem não muito excedente de Tromaxil, quase não há indícios de contaminação a calcular porém, há a possibilidade de ototoxidade (danos na audição). Pode levar também adanos no intestino em forma de cólicas estomacais, náuseas, vômitos, dores de estômago, flatulência, desconforto intestinal ou diarreias.
Ainda não foram noticiados casos de contaminação por superdosagem de eritromicina. Não há um antídoto específico (agente contra ingestão e contaminação).
Procure um médico em caso de suspeita de superdosagem, desta forma, o médico poderá decidir qual será o próximo passo. Ele orientará com relação ao tratamento de uma superdosagem diante de um quadro clínico específico e sobre quais as medidas a serem tomadas.
Em caso de superdosagem por meio de ingestão oral, o seu médico pode receitar uma lavagem estomacal para prevenir que outras substâncias sejam absorvidas pelo corpo, como carbono medicinal. Além disso, em caso de pacientes que não estejam cientes da superdosagem, estes podem provocar o esvaziamento do estômago (por meio de vômito induzido).
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamente, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Por favor, informe ao seu médico ou farmacêutico caso utilize/ingira outro medicamento, ou que tenha sido utilizado/ingerido por pouco tempo, e também se não se tratava de medicamentos sob prescrição. A eficácia de alguns medicamentos pode ser influenciada pela utilização simultânea de outro material. Pergunte ao seu médico, caso utilize outro material frequentemente, por um curto período de tempo ou simultaneamente ao medicamento que pretende utilizar. O seu médico pode lhe dizer se sob estas condições se há incompatibilidade ou se devem ser tomadas medidas especiais para a utilização do medicamento.
Atente ao fato de que as informações também são válidas para utilização do medicamento por curto período de tempo.
A interação da eritromicina com outros compostos medicinais baseia-se fundamentalmente na influência sobre o metabolismo do fígado. O mecanismo frequente é o bloqueio do sistema de Multi-Enzimas P-450 (sistema especial de metabolismo) através da formação de ligações químicas estáveis de eritromicina com este sistema de enzimas.
Tromaxil não deve ser combinado com cloranfenicol, clindamicina ou lincomicina (antibióticos), pois é possível que haja uma diminuição da eficácia, ou cause efeito contrário (em razão da sobreposição de ligações em ribossomos bacterianos). O mesmo acontece com a combinação entre eritromicina e colistina, estreptomicina, bem como tetraciclina (antibióticos). Entre eritromicina e lincomicina, ou eritromicina e clindamicina há uma resistência parcial dos agentes patológicos.
A utilização simultânea de Tromaxil e teofilina (para asma ) pode resultar na elevação da concentração plasmática da teofilina e, consequentemente, a manifestação de eventos adversos. Da mesma forma como a utilização simultânea de Tromaxil e carbamazepina , fenitoina ou ácido valpróico (meio utilizado para tratamento de ataques epléticos). Em casos específicos deve-se controlar o uso de teofilina ou carbamazepina, fenitoina ou ácido valpróico ou a concentração de clozapina e, eventualmente, ajustar a dosagem. Tromaxil pode fortalecer distúrbios renais (nefrotóxicos), conseqüência da ciclosporina A (substância para supressão do próprio sistema imunológico ) – antes de tudo pela insuficiência do desempenho do rim (insuficiência renal).
Na utilização simultânea de Tromaxil e anti-histamínicos (meios para tratamento de alergias), como terfenadina, astemizol ou outros materiais como cisaprida (substância de estímulo para o intestino) ou pimozida (medicamento para o tratamento de doenças psíquicas específicas) podem ocorrer casos isolados de prolongamento do intervalo QT em eletrocardiogramas e, sob algumas circunstâncias, causar distúrbios cardíacos com risco de morte (arritimia ventricular [ torsades de pointes ]). Por isso, medicamentos com estas substâncias não devem ser utilizados durante o tratamento com eritromicina.
A eliminação de algumas substâncias pode ser retardada pelo uso simultâneo de Tromaxil, causando um fortalecimento da eficácia deste medicamento. Alfentanila (medicamento utilizado para narcose), bromocriptina (meio utilizado para tratamento de mal de Parkinson ), quinidina e diisopropilamina (substância para tratamento de distúrbios cardíacos), felodipina (antagonistas do cálcio [meio para tratamento de hipertensão]), metilprednisolona (substância para reter inflamações), midazolam ou triazolam (para distúrbios do sono), tracolimo (FK 506 substância para supressão do próprio sistema imunológico), zoplicona (para o sono), bem como determinadas substâncias para diminuir coagulação (anticoagulantes de cumarina).
Na utilização simultânea de eritromicina e determinados inibidores de protease (substâncias contra o vírus da AIDS ) como, por exemplo, ritonavir , deve ser observada uma retenção da decomposição da eritromicina.
Em alguns casos, durante o uso simultâneo de eritromicina e diidroergotamina ou um alcalóide não hidrogenado (substância que contrai os vasos sanguíneos), pode ocorrer o fortalecimento das extremidades dos vasos sanguíneos (contração dos vasos) e, como consequência, doenças circulatórias (isquemias).
Em uma pequena parcela dos pacientes sob tratamento com digoxina (substância para tratamentos de insuficiência cardíaca), a eritromicina pode causar um aumento da concentração de digoxina.
Em alguns casos, a dissolução das fibras musculares transversais (rabdomiolise), observadas em casos de tratamentos com lovastatina (substância para redução do nível de colesterol ), pode, possivelmente, ser fortalecido pelo uso simultâneo da eritromicina.
Em alguns casos, pacientes que contém AIDS que utilizam simultaneamente a eritromicina i.v. (i.v.= intravenosa) e pentamidina i.v. (medicamento, por exemplo, contra formas especiais de inflamações nos pulmões), devem observar determinadas formas de batimentos cardíacos (arritimia ventricular [ torsades de pointes ]).
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Os resultados de eficácia podem ser encontrados nas literaturas abaixo:
Laura E. Welsh, Charlotte A. Gaydos, and Thomas C. Quinn – Antimicrobial Agentes and Chemotherapy, Feb. 1992, p. 291-294
A di Sciacca, Durante F, Cucchiara G, A Ingrassia, Mira G, Mannone F, Piazza di RM, Frontini, A, barbagalho Sangiorgi G. Instituto de Medicina Interna e Geriatria da Universidade de Palermo, Itália. – J Int Med Res. 1987 julho-agosto; 15 (4): 245-50.
F. Lemaire, D. Matamis, C-J. Soussy, F. Lhoste, J Duval and M. Rapin – Current Medical Research and Opinion 1980, Vol. 6 No. s8, Pages 42-4
Adnan Dajani MD, Kathryn Taubert PhD, Patricia Ferrieri MD, Georges Peter MD, Stanford Shulman MD – Pediatrics Vol. 96 No. 4 October 1995, pp. 758-764.
Eficaz contra microrganismos sensiveis uma vez estabelecida a sensibilidade de acordo com culturas e testes de sensibilidade que devem ser realizados.
Uma formulação de eritromicina 20mg/g em gel foi comparada com seu veículo em um estudo multicêntrico, randomizado e duplo-cego envolvendo 187 pacientes com acne vulgar leve a moderada. Os pacientes foram tratados duas vezes ao dia por oito semanas, sendo que a eritromicina 2mg/g comprovou ser significativamente mais efetiva do que o veículo na redução de lesões inflamatórias e não inflamatórias. Após oito semanas, 60% dos pacientes no grupo da eritromicina tiveram resposta boa ou excelente ao tratamento. 1
Outro estudo randomizado, investigador-cego, comparou uma formulação de eritromicina 20mg/g em gel com fosfato de clindamicina 1% em solução. O estudo foi realizado em 102 pacientes com acne vulgar leve a moderada durante doze semanas. Os pacientes utilizaram os produtos duas vezes ao dia e foram avaliados na visita inicial e após 4, 8 e 12 semanas de tratamento. Ambos os medicamentos reduziram significativamente o número de lesões inflamatórias e não inflamatórias. Ao final de doze semanas, 48% dos pacientes no grupo da eritromicina e 47% no grupo de clindamicina tiveram resposta boa ou excelente ao tratamento. 2
Referências:
1) Pochi PE, Bagatell FK, et al. Erythromycin 2 percent gel in the treatment of acne vulgaris. Cutis 1988 Feb; 41(2):132-6.
2) Leyden JJ, Shalita AR, et al. Erythromycin 2% gel in comparison with clindamycin phosphate 1% solution in acne vulgaris. J Am Acad Dermatol 1987; 16:822-7.
A meia-vida sérica da base livre de eritromicina é de 1,5 a 3 horas para todos os derivados da eritromicina. É prolongado em pacientes com dano hepático severo (por até 5-8 horas).
A ligação às proteínas plasmáticas depende da concentração e a faixa terapêutica é de 54-74% (90% no caso do estolato de eritromicina).
A eritromicina é metabolizada a aproximadamente 20% (50%). Medicamentos que podem funcionar como indutores enzimáticos no fígado diminuem o tempo de repouso da eritromicina no sangue.
A eritromicina acumula no fígado e é excretada na bile. Uma pequena quantidade também é excretada através dos rins.
Os níveis séricos da eritromicina não são significativamente alterados por hemodiálise ou diálise peritoneal. Por conta disso, não é necessário administrar uma dose adicional em pacientes submetidos ao processo de diálise.
A toxicologia aguda da eritromicina é leve. Pacientes que receberam altas doses de eritromicina (mais que 4g por dia por via intravenosa)sofreram diversas câimbras estomacais e ototoxicidade reversível. Estudos de longa duração em várias espécies animais falharam em revelar evidência relevante que a eritromicina possui propriedades mutagênicas.
Nenhuma informação é disponível sobre o potencial mutagênico da eritromicina.
A eritromicina é produzida por uma cepa de Streptomyces erythraeus e pertence ao grupo dos antibióticos macrolídeos. É básica e forma rapidamente sais com ácidos. A base, o estearato e os ésteres são muito pouco solúveis em água e são adequados para administração oral. Quimicamente, o estolato de eritromicina é o sulfato de dodecil 2'-propionato de eritromicina. A fórmula molecular é C40H71NO14. C12H26O4S, representando um peso molecular de 1.056,39. O estolato de eritromicina é o laurilsulfato de éster propionílico de eritromicina. É um pó cristalino branco, quase inodoro. A substância é essencialmente insípida. Tem um pH entre 4, 5 e 7 em uma suspensão aquosa contendo 10 mg/mL.
As eritromicinas são absorvidas no trato gastrintestinal e a biodisponibilidade das substâncias é variável, dependendo de uma série de fatores, tais como: dosagem e formulação da eritromicina, estabilidade ácida do derivado, presença de alimento e tempo de esvaziamento gástrico. O estolato de eritromicina administrado por via oral é rápido e confiavelmente absorvido. Devido à estabilidade ácida, os níveis séricos são comparáveis, seja tomado em jejum ou após a alimentação. Após uma dose única de 250 mg, as concentrações sangüíneas médias foram de 0,29, 1,2 e 1,2 mcg/mL após 2, 4 e 6 horas, respectivamente. Após uma dose de 500 mg, as concentrações sangüíneas médias foram de 3,0, 1,9 e 0,7 mcg/mL após 2, 6 e 12 horas, respectivamente. Após a administração oral, os níveis séricos do antibiótico consistem em eritromicina base e éster propionílico de eritromicina. O éster propionílico continua a hidrolisar-se em eritromicina base, mantendo um equilíbrio de aproximadamente 20% da base e 80% do éster no soro.
Após a absorção, a eritromicina difunde-se rapidamente pela maioria dos líquidos orgânicos. Na ausência de inflamação das meninges são normalmente encontradas baixas concentrações no líquido cefalorraquidiano; porém, a passagem da droga através da barreira hematoencefálica aumenta nas meningites. Na presença de função hepática normal, a eritromicina é concentrada no fígado e excretada na bile; o efeito da disfunção hepática sobre a excreção da eritromicina pelo fígado na bile é desconhecido. Menos de 5% da dose administrada oralmente é recuperada na urina em forma ativa.
A eritromicina atravessa a barreira placentária; porém, os níveis plasmáticos fetais são baixos. A droga é excretada no leite humano.
A eritromicina inibe a síntese protéica sem afetar a síntese do ácido nucleico. Algumas cepas de Haemophilus influenzae e estafilococos têm demonstrado resistência à eritromicina. Algumas cepas de H.influenzae que são resistentes in vitro à eritromicina são sensíveis à associação de eritromicina e sulfas. Devem ser feitas culturas e testes de sensibilidade. Se for usado o teste de sensibilidade pelo método de Bauer-Kirby dos discos de papel em placa, um disco de 15 mcg de eritromicina deve produzir um diâmetro de halo de inibição de no mínimo 18 mm, quando testado contra uma bactéria sensível à eritromicina. Foi demonstrado antagonismo entre a clindamicina e eritromicina.
A eritromicina é produzida por uma cepa de Streptomyces erythraeus e pertence ao grupo dos antibióticos macrolídeos. A ação antibacteriana da eritromicina é tanto inibitória como bactericida para organismos sensíveis. As preparações tópicas de eritromicina penetram no conduto pilossebáceo e causam inibição da síntese de proteínas bacterianas. A inibição da síntese protéica ocorre por ação no ribossomo, onde a eritromicina compete pelos sítios ribossômicos de combinação, bloqueando a reação de translocação dos aminoácidos .
Podem ser necessárias de seis a oito semanas de tratamento até que se possa observar o efeito terapêutico de Eritromicina.
A eritromicina é um antibiótico macrolídeo que inibe a síntese de proteína em organismos suscetíveis por meio da ligação reversível a subunidades ribossômicas 50 S, inibindo, assim, a translocação do RNA de transferência da aminoacil e inibindo, assim, a síntese de polipeptídeos. Aplicada por via tópica, a eritromicina suprime a Propionibacterium acnes , bactéria residente nos folículos sebáceos, reduzindo, assim, a hidrólise de triglicerídeos em ácidos graxos mediada pela P. acnes e diminuindo, desse modo, a formação de ácidos graxos. Acredita-se que esse seja um fator responsável pela sua eficácia na redução das contagens de lesões de acne.
O uso contínuo da eritromicina por mais de 8 a 12 semanas pode aumentar o risco de desenvolvimento de P. acnes resistente à eritromicina.
A resistência cruzada pode se desenvolver como resultado de mutações pontuais nos genes que codificam o RNA ribossômico 23 S. Como resultado dessas mutações pontuais, a maior parte das cepas de P. acnes que são resistentes à eritromicina pode apresentar resistência cruzada à clindamicina. Estudos mostram fenótipos de resistência cruzada menos comuns contra macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas tipo B.
As frequências de resistência bacteriana podem variar geograficamente. A variação pode ser de 25 a 50%.
O uso concomitante de peróxido de benzoíla com a eritromicina tópica propicia benefícios adicionais de não estar associado com resistência do P. acnes e de redução do aparecimento de cepas de P. acnes resistentes à eritromicina ou resistentes à clindamicina.
O mecanismo exato pelo qual a eritromicina reduz as lesões de acne vulgar não é completamente conhecido; no entanto, o efeito parece ser, em parte, devido à atividade antibacteriana do fármaco.
A absorção percutânea da eritromicina a partir de aplicações tópicas é insignificante. Níveis séricos não foram detectados após estudos de 2 meses de uso da eritromicina tópica a 2%.
Conservar o produto em temperatura ambiente entre 15ºC e 30ºC, protegido da luz, calor e da umidade.
Observar o prazo de validade, que é de 36 meses após a data de fabricação.
Embalagem livre de látex.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após aberto, descartar qualquer quantidade remanescente no frasco.
Após preparo, esse medicamento pode ser utilizado em até 7 dias desde que seja armazenado sob refrigeração (2-8ºC). Após esse período, qualquer quantidade remanescente deve ser descartada.
Antes e após reconstituição a solução é clara e límpida.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S - 1.2748.0025
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