Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Stilamin ® é um medicamento indicado no tratamento de determinados tipos de sangramentos graves, de uso exclusivamente hospitalar.
A somatostatina, princípio ativo do Stilamin ® é um tetradecapeptídeo cíclico obtido por síntese. Suas estrutura e ação são idênticas às da somatostatina natural. No homem, a somatostatina natural é encontrada especialmente no trato gastrointestinal, no hipotálamo e nas terminações nervosas.
Stilamin ® é um medicamento para uso exclusivamente hospitalar e seu uso é de inteira responsabilidade da equipe médica.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Stilamin ® é um medicamento para uso exclusivamente hospitalar e seu uso é de inteira responsabilidade da equipe médica.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Devido ao seu efeito inibidor sobre a secreção de insulina e glucagon , Stilamin ® deve ser administrado com cautela a pacientes insulino-dependentes hemorrágicos. Nestes casos, hipoglicemia pode ocorrer e ser precedida, após 2-3 horas, por hiperglicemia . É recomendado, portanto, o controle glicêmico a intervalos regulares de 3 a 4 horas.
No caso de administração concomitante com açúcares que podem estimular a secreção de insulina, a somatostatina deve ser evitada na medida do possível.
Nos casos de fístulas pancreáticas ou intestinais devidas a problemas inflamatórios ou neoplásicos, é necessário tratar primeiramente tais casos.
A somatostatina prolonga o sono induzido pelo hexabarbital e potencializa a ação do pentetrazol. Stilamin ® , portanto, não deverá ser administrado concomitantemente com esses medicamentos. A somatostatina parece estar associada à trombocitopenia e diminuição da agregação plaquetária e diminuição da agregação plaquetária em animais, quando usada em doses maiores que as propostas para uso clínico. Embora a maioria dos estudos não mostre alterações significativas no homem, é aconselhável, um controle da coagulação sanguínea durante o tratamento.
Nos estudos de reprodução em animais, não demonstrou risco fetal, no entanto não foram realizados estudos controlados em mulheres grávidas. Entretanto, Stilamin ® é contraindicado no período de gravidez, durante a lactação ou no período pré-natal, em razão de seus efeitos inibitórios na secreção de hormônio do crescimento.
Até o momento, não existem dados sobre efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A administração de somatostatina pode causar transitoriamente náusea, tontura e rubor na face. Estas reações aparecem quando o fármaco é injetado por via intravenosa muito rápida e não durante infusão continua.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
Não estão disponíveis estudos clínicos a respeito da administração de Stilamin ® a crianças e adolescentes abaixo de 16 anos de idade.
Pó liofilizado para solução injetável.
Caixa com 1 ampola com 3 mg.
Uso adulto e pediátrico.
Uso exclusivamente intravenoso por infusão contínua.
Somatostatina (sob forma de acetato) 3 mg.
Excipiente: manitol
Não existem dados sobre dose excessiva. No caso de qualquer suspeita de superdose deve ser efetuada monitoração pela equipe médica que atende o paciente que está recebendo o medicamento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
A somatostatina prolonga o efeito hipnótico do hexobarbital e potencializa a ação do pentetrazol. Sendo assim somatostatina não deve ser administrado concomitantemente com essas substâncias, somente após o encerrado o efeito das mesmas.
Estudos publicados com somatostatina demonstraram que o uso concomitante desta substância com a morfina reduz o efeito analgésico da morfina.
Com exceção de uma solução de glicose a 5%, somatostatina não deve ser misturado com outras soluções contendo açúcar.
Os estudos da toxicidade aguda e subcrônica em diversas espécies animais (roedores e não-roedores) não forneceram evidência de efeitos tóxicos específicos.
A somatostatina não foi testada para efeitos mutagênicos. Como uma substância que é inerente ao organismo, a somatostatina utilizada em doses terapêuticas não é suspeita à mutagenicidade. Não estão disponíveis estudos em longo prazo do potencial tumorigênico em animais.
A somatostatina é capaz de atravessar a placenta. A toxicidade reprodutiva da somatostatina não foi suficientemente investigada, mas sabe-se que não ocorreram eventos adversos em camundongos. Entretanto, efeitos em algum nível não podem ser excluídos em teste de embriotoxicidade especifica em ratos embora o dano visualizado fosse inespecífico.
Em uma meta-análise publicada nos Anais de Medicina Interna de 1997, 14 estudos clínicos randomizados foram incluídos comparando somatostatina ou ocreotida a um antagonista H2 (7 estudos com cimetidina e 5 estudos com ranitidina) ou a placebo (7 estudos placebo-controlados). Oito (8) desses estudos eram duplo-cego. Os pacientes incluídos eram portadores de hemorragia superior aguda não-variceal com confirmação da fonte do sangramento por endoscopia .
Quando todos os 1.829 pacientes referentes aos 14 estudos clínicos randomizados foram considerados, a somatostatina reduziu o risco de sangramento contínuo ou ressangramento para 0,53, uma redução de 47% do risco. Em relação aos 12 estudos que mediam o sangramento contínuo isolado, a eficácia da somatostatina fez com que o risco reduzisse em 56%. Em 13 estudos que mediram a necessidade de cirurgia, a somatostatina reduziu o risco para 0,71, redução esta de 29% do risco.
Referências:
Imperiale, T. F., Birgisson, S. Somatostatin or ocreotide compared with H2 antagonists and placebo in the management of acute nonvariceal upper gastrointestinal hemorrhage: a meta-analysis. Annals of Internal Medicine, v. 127, n. 12, p. 1062-1071, 1997.
Uma meta-análise incluiu 28 estudos clínicos sobre o uso de somatostatina (12 estudos), octreotida (10 estudos) e mesilato de gabexato (6 estudos) após condução de colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (ERCP). As medições das evoluções avaliadas foram a incidência de pancreatite aguda, hiperamilasemia e dor pancreática. Quando todos os estudos foram analisados, somatostatina e mesilato de gabexato foram associados significativamente com melhoras nessas três evoluções.
As odds ratio (OR) para mesilato de gabexato foram 0,27 com p = 0,001 para pancreatite aguda, 0,66 com p = 0,007 para hiperamilasemia e 0,33 com p = 0,0005 para dor pós-procedimento. Somatostatina reduziu OR para pancreatite aguda para 0,38 com p < 0,001, OR para dor para 0,24, com p < 0,001 e OR para hiperamilasemia para 0,65 com p = 0,008. Octreotida foi associada apenas com uma redução do risco de hiperamilasemia pós ERCP, com OR 0,51 e p = 0,007, mas não teve nenhum efeito sobre pancreatite aguda nem dor. A lesão pancreática depois de ERCP pode ser prevenida com a administração de somatostatina ou mesilato de gabexato, mas somatostatina é mais efetiva em termos de custo-benefício.
Referências:
Andriulli, A. et al. Pharmacologic treatment can prevent pancreatic injury after ERCP: a meta-analysis. Gastrointestinal Endoscopy, Rome, v. 51, n. 1, p. 1-7, 2000.
Um estudo prospectivo randomizado controlado incluindo 51 pacientes com fístulas gastrintestinais ou pancreáticas aferiu, avaliou e comparou o potencial benefício clínico e economicidade de farmacoterapia (somatostatina (SS) vs. octreotida (OC) em relação à terapia convencional. A porcentagem de fechamento de fístula foi de 84% no grupo SS, 65% no grupo OC e 27% no grupo controle. (p = 0,007). A porcentagem total de mortalidade foi menor do que 5%.
Em geral, a terapia farmacológica (SS e OC) foi mais custo efetiva do que a terapia convencional e a somatostatina foi mais efetiva em termos de custo-benefício do que a octreotida. A média de permanência hospitalar foi: 21,6 dias para SS, 27,0 dias para OC e 31,5 dias para o grupo controle. Esses dados sugerem que a farmacoterapia reduz o custo envolvido no tratamento de fístula (reduzindo a internação) e também promove uma porcentagem aumentada de fechamento espontâneo.
Foi conduzida uma meta-análise de estudos clínicos em que somatostatina (SS), octreotida (OC) e mesilato de gabexato (FOY) foram usados para tratar pacientes com pancreatite aguda (PA). Foram avaliados cinco endpoints : mortalidade precoce e global, pacientes com complicações, porcentagem de complicação e pacientes que necessitaram de cirurgia.
Em PA leve, nenhum agente demonstrou ter valor. Em PA grave, tanto SS quanto OC foram benéficos na melhora de mortalidade geral com OR 0,36 e p = 0,001 para SS e 0,57 e p = 0,006 para OC, respectivamente. Agentes antissecretórios, como SS e OC, são capazes de reduzir a mortalidade sem afetar as complicações, enquanto que antiproteases, como FOY, não têm efeito sobre a mortalidade, mas reduzem as complicações.
Referências:
Andriulli, A. et al. Meta-analysis of somatostatin, ocreotide and gabexate mesilate in the therapy of acute pancreatitis. Aliment Pharmacol Ther, 12, p.237-245, 1998.
A somatostatina é um tetradecapeptídeo cíclico obtido por síntese. Sua estrutura e ação são idênticas à da somatostatina natural.
Em humanos, a somatostatina é encontrada principalmente no trato gastrointestinal, hipotálamo e nas terminações nervosas. A somatostatina inibe a secreção de gastrina, ácido gástrico e pepsina, diminui as secreções endócrinas e exócrinas do pâncreas e reduz a secreção de hormônio do crescimento.
A ação favorável da somatostatina no tratamento da cetoacidose diabética é atribuída à sua atividade inibitória sobre a secreção do glucagon. Além disso, a somatostatina é capaz de reduzir significativamente o fluxo sanguíneo esplâncnico sem determinar alterações notáveis na pressão arterial sistêmica.
No sistema nervoso central , a somatostatina está envolvida no mecanismo de dor.
Em indivíduos saudáveis, os níveis de somatostatina endógenos no plasma periféricos são muito baixos, na ordem de 175 pg/ml.
Com administração intravenosa, os níveis plasmáticos dependem da velocidade da infusão. Para uma dose de 250 mcg/h, o nível máximo é atingido em 15 minutos. Os níveis plasmáticos normais são normalmente entre 300 e 3000 pg/ml.
A somatostatina administrada por via endovenosa possui meia-vida plasmática muito curta. Em indivíduos saudáveis (medida por radioimunoensaio), ela é de 1,1 a 3,0 minutos.
A meia-vida plasmática em pacientes com distúrbios hepáticos é prolongada para 1,2-4,8 minutos e, em pacientes com insuficiência renal, para 2,6-4,9 minutos.
Conservar em temperatura abaixo de 25°C, proteger da luz e da umidade excessiva.
Após a reconstituição em solução fisiológica ou em solução de glicose a 5% a estabilidade é de 24 horas até a temperatura de 25°C. Por razões microbiológicas, recomenda-se sua utilização imediatamente após a reconstituição e a diluição, respectivamente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S. 1.0089.0382
Farmacêutico Responsável:
Alexandre Canellas de Souza
CRF-RJ nº 23277
Fabricado por:
Merck Serono S.A.
Aubonne - Suíça
Embalado por:
Ares Trading Uruguay S.A.
Montevidéu – Uruguai
Importado por:
Merck S.A.
CNPJ 33.069.212/0001-84
Estrada dos Bandeirantes, 1099 Rio de Janeiro – RJ
CEP 22710-571
Indústria Brasileira
Serviço de atendimento ao cliente:
0800 727-7293
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.