Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Stavigile ® é um medicamento que tem como substância ativa a modafinila , que age no cérebro para aumentar o estado de vigília (estado de se manter acordado). O início de ação ocorre em cerca de 1-2 horas após sua ingestão.
Está contraindicado no caso de reação alérgica à modafinila ou a qualquer componente de sua formulação. Também está contraindicado para uso em pacientes com hipertensão moderada a grave não controlada e em portadores de arritmias cardíacas.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos de idade.
Sempre tome Stavigile ® conforme as orientações de seu médico. Se tiver alguma dúvida, consulte seu médico ou converse com um farmacêutico.
Os comprimidos devem ser tomados com auxílio de líquido, preferencialmente com água.
A dosagem usual recomendada é de 200 mg ao dia, podendo ser tomada em dose única matinal (pela manhã), ou dividida em duas tomadas (100 mg pela manhã e 100 mg ao meio-dia).
A dosagem usual diária é de 100 mg.
A dosagem usual diária é de 100 mg. Seu médico irá reavaliar regularmente sobre a manutenção do tratamento.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você se esquecer de tomar uma dose, procure tomá-la assim que possível. Se estiver próximo ao horário da dose seguinte, despreze a dose esquecida e volte ao seu esquema normal. Não tome duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Embora este medicamento apresente baixo potencial para dependência e abstinência, existe a possibilidade de ocorrência durante o tratamento em longo prazo. Muitos efeitos da modafinila no cérebro são os mesmos que outros medicamentos do tipo “estimulantes”, esses efeitos podem levar ao abuso ou à dependência. Antes de começar a tomar Stavigile ® , converse com o médico se você já teve problemas de abuso com outros medicamentos, incluindo estimulantes.
A modafinila pode provocar reações alérgicas na pele ou em outros locais. Caso você apresente manchas na pele , urticária , feridas na pele, bolhas na pele ou na boca, inchaço nos lábios, olhos ou garganta, falta de ar, dificuldade para engolir ou rouquidão, entre imediatamente em contato com seu médico ou procure um serviço de emergência, levando a bula deste medicamento.
Este medicamento apresenta potencial para dependência no tratamento em longo prazo. Se você precisa tomá-lo por um longo período, seu médico irá reavaliar regularmente a manutenção deste tratamento. Não se sabe o quanto este medicamento pode prejudicar o feto, portanto, somente o médico poderá avaliar o risco/benefício do uso de Stavigile ® durante a gestação. Converse com seu médico a respeito dos controles contraceptivos (para evitar a gravidez) que você deve utilizar durante o tratamento com a modafinila (e por até dois meses após sua interrupção). Stavigile ® pode aumentar o risco potencial de gravidez quando da utilização concomitante com contraceptivos esteroidais ou por pelo menos um mês após a interrupção do tratamento com Stavigile ® .
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento pode causar doping .
Este medicamento contém lactose.
Como com outros medicamentos, a modafinila pode causar efeitos indesejáveis, embora nem todas as pessoas os apresentem.
Dor de cabeça .
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
100 mg de modafinila.
Excipientes: lactose, crospovidona, povidona , lactose monoidratada, dióxido de silício, talco , estearilfumarato de sódio.
200 mg de modafinila.
Excipientes: lactose, crospovidona, povidona, lactose monoidratada, dióxido de silício, talco, estearilfumarato de sódio.
Embalagens contendo 30 comprimidos.
Embalagens contendo 10 ou 30 comprimidos.
Uso oral.
Uso adulto.
Se você tomar muitos comprimidos poderá apresentar mal estar, sentir-se agitado, desorientado, confuso ou excitado. Você pode também ter dificuldade para dormir, diarreia, alucinações (sentir coisas que não são reais), dor no peito, alteração na velocidade dos batimentos de seu coração ou aumento de sua pressão sanguínea.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
A ingestão de álcool deve ser evitada durante o tratamento com a modafinila.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Em estudo multicêntrico (21), duplo-cego, randomizado, controlado com placebo, de grupos paralelos, realizado pelos US Modafinil Study Group (2000), foram analisados 271 pacientes entre 17-67 anos com narcolepsia. Durante as nove semanas de tratamento, o grupo modafinila mostrou maior habilidade em se manter acordado. Na descontinuação do tratamento, houve retorno dos sintomas, porém, sem o padrão sugestivo de abstinência, comum aos anfetamínicos, sugerindo que a modafinila não induz dependência e apresenta boa tolerabilidade.
Mitler et al. (2000) realizaram estudo multicêntrico (21 + 18), aberto, dose-flexível/dose-fixa com 478 pacientes com narcolepsia (18-65 anos) em que 75% dos pacientes estavam usando 400 mg de modafinila no final de 40 semanas. O tratamento com modafinila resultou em melhora clínica significativa na gravidade da doença para a grande maioria dos pacientes (83%, em 40 semanas), com resultados visíveis já a partir da segunda semana de tratamento (83%). A qualidade de vida dos pacientes, medida pelo SF-36 ( Medical Outcomes Study Short Form Health Survey ), melhorou em todos os períodos analisados. O tratamento foi bem tolerado, e os eventos adversos foram na sua maioria leves a moderados, e sua incidência não parece ser dose-relacionada.
Por meio de estudo multicêntrico (20), aberto, dose-flexível, realizado por Becker et al. (2004), com 151 pacientes com narcolepsia, entre 18 e 68 anos, não satisfeitos com o uso de psicoestimulantes, foi demonstrado que a modafinila reduziu significativamente a fadiga e melhorou a qualidade de vida, vigor e características cognitivas nos pacientes com narcolepsia tratados previamente com psicoestimulantes. A modafinila foi bem tolerada, não houve alterações significativas nos parâmetros laboratoriais e hemodinâmicos, nem foram observados eventos adversos graves.
Em estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, controlado com placebo, de grupos paralelos com 56 pacientes, Schwartz et al. (2005) compararam a eficácia da modafinila em dose única versus dose fracionada. Foi observada superioridade de uma dose única de 400 mg ou dosagens fracionadas de 400 mg ou 600 mg em relação a 200 mg em dose única. Todas as dosagens de modafinila foram bem toleradas. Não houve alterações laboratoriais e eletrocardiográficas dos sinais vitais ou dos exames físicos, clinicamente relevantes.
Billiard et al. (2006) realizaram delineamento de consenso do tratamento da narcolepsia com desenvolvimento de uma força-tarefa dos maiores especialistas da Europa. A modafinila foi indicada como tratamento farmacológico de primeira linha para a sonolência excessiva e para os episódios irresistíveis de sono em pacientes com narcolepsia.
Modafinila tem como princípio ativo a modafinila, que é um composto racêmico, denominado quimicamente como 2- [(difenilmetil)-sufinil] acetamida, com peso molecular de 273,36 e fórmula empírica C15H15NO2S; apresenta-se como um pó cristalino branco a quase branco, praticamente insolúvel em água e em ciclo-hexano e fracamente solúvel em metanol e acetona.
A modafinila é um estimulante não anfetamínico que promove o estado de vigília. Seu mecanismo de ação exato é desconhecido, mas seu efeito parece estar ligado à potencialização da atividade dopaminérgica e possivelmente alfa1- adrenérgica especificamente no cérebro, promovendo o estado de vigília, embora seu perfil farmacocinético não seja idêntico ao das aminas simpatomiméticas (anfetamina e metilfenidato).
Em concentrações farmacologicamente significativas, a modafinila se liga fracamente aos receptores da norepinefrina, serotonina , dopamina, ácido gama-aminobutírico (GABA), adenosina , histamina-3, melatonina ou benzodiazepínicos. Ela também não inibe as atividades da adenilciclase, catecol-O-metiltransferase, monoaminoxidase-b (MAO-b) ou fosfodiesterases II-VI, óxido nítrico sintetase ou tirosina hidroxilase.
Não age direta ou indiretamente como agonista no receptor dopaminérgico e não apresenta atividade em vários modelos pré-clínicos in vivo capazes de detectar o aumento da atividade dopaminérgica.
In vitro , a modafinila se liga ao sítio de recaptação da dopamina, levando ao aumento da dopamina extracelular, sem aumentar sua liberação. Os efeitos promotores de vigília da modafinila são antagonizados pelos antagonistas dos receptores D1/D2 sugerindo uma atividade agonista indireta.
Esta substância não demonstrou atividade simpatomimética nas preparações de ductos deferentes de ratos (estimulados eletricamente ou por agonista) nem aumentou a formação do receptor adrenérgico mediado pelo segundo mensageiro fosfatidilinositol, em modelos in vitro . No gato, doses equivalentes de metilfenidato e anfetamina promotoras de vigília aumentaram a ativação neuronal em todo o cérebro.
A modafinila em dose equivalente aumentou a ativação neuronal seletiva e eminente em regiões mais discretas do cérebro. Além de seus efeitos promotores de vigília e habilidade para aumentar a atividade locomotora em animais, a modafinila produz efeitos psicoativos e eufóricos, alterações no humor, percepção e sentimentos típicos de outros estimulantes do SNC nos humanos.
No homem, a modafinila restaura e/ou melhora os níveis e a duração da vigília e do alerta, de forma dose dependente. Os enantiômeros ópticos da modafinila têm ações farmacológicas similares em animais. Os dois principais metabólitos da modafinila, o ácido modafinílico e o modafinilsulfonato, parecem não contribuir com as propriedades ativadoras do SNC pela modafinila.
A modafinila é uma substância racêmica cujos enantiômeros apresentam farmacocinéticas distintas em humanos, nos quais a meia-vida do isômero levógiro é três vezes maior do que a do dextrógiro. Não ocorre interconversão entre os enantiômeros. A concentração de modafinila após dosagem diária consiste de 90% do l-isômero e 10% do d-isômero. A meia-vida de eliminação após múltiplas doses é de 15 horas. Os enantiômeros da modafinila exibem cinética linear após doses múltiplas de 200-600 mg em doses únicas diárias em voluntários sadios. Os estados de equilíbrio aparentes da modafinila total e l-modafinila são atingidos após dois a quatro dias. Esta substância é rapidamente absorvida no trato gastrintestinal com pico plasmático entre duas e quatro horas. A presença de alimentos não interfere na biodisponibilidade da modafinila, mas sua absorção (t máx ) pode ser retardada em até uma hora se ingerida com alimentos.
A modafinila distribui-se bem por todos os tecidos, com volume de distribuição aparente (cerca de 0,9 L/kg) maior que o volume total corpóreo total de água (0,6 L/kg). No plasma humano, in vitro, liga-se moderadamente às proteínas plasmáticas (cerca de 60%, principalmente à albumina). A modafinila (concentrações séricas no estado de equilíbrio após doses de 200 mg/d) não demonstrou deslocamento da proteína de ligação da varfarina, diazepam ou propranolol. Mesmo em concentrações maiores (1000 mcM; 25 > C máx de 40 mcM, 400 mg/d), a modafinila não afetou a ligação da varfarina.
O ácido modafinílico em concentrações > 500 mcM diminui a extensão da ligação da varfarina, mas estas concentrações são 35 vezes maiores que as terapêuticas.
A principal via de eliminação é por metabolismo hepático (cerca de 90%) com subsequente eliminação renal dos metabólitos. A alcalinização da urina não afeta a eliminação da modafinila. O metabolismo se dá através de desaminação hidrolítica, S-oxidação, hidroxilação do anel aromático e conjugação glucuronídica. Menos de 10% da dose administrada é excretada inalterada.
Num estudo clínico com modafinila radiomarcada uma dose total de 81% foi recuperada 11 dias após a administração, predominantemente na urina (80% versus 1,0% fecais). A maior porção do fármaco na urina foi na forma ácida, mas no mínimo seis metabólitos estavam presentes em concentrações mais baixas. Apenas dois metabólitos atingiram concentrações plasmáticas apreciáveis: modafinila-ácida e modafinila-sulfona. Em modelos pré-clínicos, a modafinilaácida, a modafinila-sulfona, o ácido-2-[(difenilmetil) sulfonil] acético e a 4-hidroximodafinila, foram inativos ou não demonstraram mediar os efeitos estimulantes da modafinila.
Em adultos, diminuições nos níveis totais de modafinila foram muitas vezes observadas após múltiplas semanas de dosagem, sugerindo autoindução, mas a magnitude das reduções e a inconsistência dessas ocorrências sugerem uma significância clínica mínima. Um acúmulo significante de modafinila-sulfona foi observado após doses múltiplas devido a sua longa meia-vida de eliminação (40 h). A indução de metabolismo enzimático, mais significantemente do citocromo P450 (CYP)3A4, também foi observada in vitro após incubação de culturas de hepatócitos humanos primários com modafinila e in vivo após extensiva administração da modafinila a 400 mg/d.
Uma leve redução (-20%) no clearance oral (CL/F) da modafinila foi observada num estudo com dose única de 200 mg em 12 indivíduos com idade média de 63 anos (53-72 anos), porém, a alteração não foi considerada clinicamente significante. Num estudo de dose múltipla (300 mg/d) em 12 pacientes com idade média de 82 anos (faixa de 67-87 anos), os níveis médios da modafinila plasmática foram aproximadamente o dobro dos historicamente obtidos em indivíduos mais jovens. Devido aos efeitos potenciais de múltiplas medicações concomitantes na qual a maioria dos pacientes foi tratada, a diferença aparente na farmacocinética da modafinila não pode ser atribuível unicamente aos efeitos da idade. No entanto, esses resultados sugerem que o clearance da modafinila pode estar reduzido nos idosos.
Num estudo com modafinila em dose única de 200 mg, uma disfunção renal crônica grave ( clearance de creatinina ≤ 20 mL/min) não influenciou significativamente a farmacocinética da modafinila, mas a exposição ao ácido modafinílico (metabólito inativo) foi aumentada em nove vezes.
A farmacocinética e o metabolismo foram analisados em pacientes com cirrose hepática (seis homens e três mulheres). Três pacientes apresentavam cirrose em estágio B ou B+ (pelo critério de Child) e seis pacientes apresentavam estágio C ou C+. Clinicamente oito de nove pacientes tinham icterícia e todos tinham ascite .
Nesses pacientes, o clearance oral da modafinila foi reduzido em cerca de 60% e a concentração do estado de equilíbrio foi o dobro comparado aos indivíduos normais. A dose de modafinila deve ser reduzida em pacientes com comprometimento hepático grave.
Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos são brancos, circulares, biconvexos, sem sulco e com gravação.
Os comprimidos são brancos, circulares, biconvexos, com sulco e com gravação.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS nº: 1.0033.0145
Farmacêutica Responsável:
Cintia Delphino de Andrade
CRF-SP nº: 25.125
Registrado por:
Libbs Farmacêutica Ltda
Rua Josef Kryss, 250 – São Paulo – SP
CNPJ: 61.230.314/0001-75
Fabricado por:
Libbs Farmacêutica Ltda
Rua Alberto Correia Francfort, 88 – Embu da Artes – SP
Indústria Brasileira
Venda sob prescrição médica.
Atenção: pode causar dependência física ou psíquica.