Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Este medicamento é indicado como um adjuvante de dieta e exercício para melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes mellitus tipo 2 inadequadamente controlada com medicamentos orais para o tratamento de diabetes isolados ou combinados com insulina basal, ou combinados com um agonista do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon (GLP1), ou insulina basal utilizada isoladamente.
Soliqua combina dois agentes anti-hiperglicêmicos (substâncias que impedem o aumento da glicemia) com mecanismos de ação complementares: a insulina glargina, um análogo (forma alterada) da insulina basal, e a lixisenatida, um agonista do receptor de GLP-1, [medicamentos que tem como alvo a glicemia em jejum - FPG e glicemia pós-prandial (glicemia até duas horas após a alimentação – PPG)] para melhorar o controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2, enquanto minimiza o ganho de peso e o risco de hipoglicemia (diminuição da taxa de açúcar no sangue).
Soliqua é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia ou intolerância) conhecida à lixisenatida , insulina glargina ou a qualquer um dos componentes da fórmula.
Inspecionar a caneta Soliqua antes do uso. Soliqua somente deve ser utilizado se a solução estiver límpida, incolor, sem a presença de partículas visíveis. Uma vez que Soliqua é uma solução, não é necessária a ressuspensão antes do uso.
Antes do primeiro uso a caneta deve ser armazenada sob temperatura ambiente por 1 a 2 horas.
Soliqua não deve ser misturado ou diluído com qualquer outra insulina. A mistura ou diluição pode alterar o perfil de tempo/ação e a mistura pode causar precipitação.
Uma nova agulha deve ser sempre conectada antes de cada uso. As agulhas não podem ser reutilizadas. O paciente deve descartar a agulha após cada injeção.
Caso a agulha esteja entupida, você deve seguir as instruções descritas no “Manual de Instruções” que acompanham a embalagem.
As canetas vazias não devem nunca ser reutilizadas e devem ser descartadas apropriadamente.
Para evitar a transmissão de doenças, cada caneta deve ser utilizada por apenas um paciente.
O rótulo deve ser sempre verificado antes de cada injeção para evitar erros de medicação entre Soliqua e outros medicamentos antidiabéticos injetáveis, incluindo as duas canetas diferentes de Soliqua.
Antes de utilizar Soliqua, você deve ler com cuidado as instruções descritas no “Manual de Instruções” que acompanham a embalagem.
A administração de Soliqua é por injeção subcutânea no abdômen, braço ou na coxa. A taxa de absorção e, consequentemente início e duração de ação, podem ser afetados por exercício e outras variáveis, como o estresse , doenças subcorrentes, ou mudanças nos medicamentos coadministrados ou padrões de refeição.
Os locais de injeção deverão ser alternados dentro da mesma região (abdômen, coxa ou braço) de uma injeção para a próxima, para reduzir o risco de lipodistrofia e amiloidose cutânea localizada. Não injete em áreas de lipodistrofia ou amiloidose cutânea localizada.
Não há estudos dos efeitos de Soliqua administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via subcutânea.
Este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos.
Leia estas instruções cuidadosamente antes de usar Soliqua, Caneta Solostar Informações sobre a caneta.
Soliqua, Caneta Solostar é apresentada na forma de uma combinação de insulina glargina e lixisenatida em uma proporção fixa. A combinação do medicamento nesta caneta é para uma injeção diária de 10 a 40 unidades de insulina glargina e de 5 a 20 microgramas de lixisenatida.
Guarde este folheto para futura consulta.
Se você tiver quaisquer dúvidas sobre Soliqua, Caneta Solostar ou sobre o diabetes, consulte o seu médico ou entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Sanofi pelo telefone 0800-7030014 ou [email protected].
Soliqua, Caneta Solostar 10-40
* Você não verá o êmbolo até que você tenha injetado algumas doses.
A medicação fica mais dolorida quando está gelada.
Se você tiver outras canetas injetoras, especialmente neste caso, certifique-se de que a medicação utilizada é a correta.
Manuseio de agulhas: Tenha cuidado ao manusear agulhas para evitar ferimentos e infecção cruzada.
Se você observar bolhas de ar: Você pode observar bolhas de ar na medicação. Isso é normal, elas não vão prejudicá-lo.
Só use esta caneta para injetar uma dose única diária de 10 - 40 unidades.
Como ler a janela da dose
Não force o botão de injeção, pois isso pode quebrar a sua caneta. Se você achar que é difícil pressionar o botão de injeção, consulte a seção abaixo.
Leia estas instruções cuidadosamente antes de usar Soliqua, Caneta Solostar Informações sobre a caneta.
Soliqua, Caneta Solostar é apresentada na forma de uma combinação de insulina glargina e lixisenatida em uma proporção fixa. A combinação do medicamento nesta caneta é para uma injeção diária de 10 a 40 unidades de insulina glargina e de 5 a 20 microgramas de lixisenatida.
Guarde este folheto para futura consulta.
Se você tiver quaisquer dúvidas sobre Soliqua, Caneta Solostar ou sobre o diabetes, consulte o seu médico ou entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Sanofi pelo telefone 0800-7030014 ou [email protected].
Soliqua, Caneta Solostar 30-60
* Você não verá o êmbolo até que você tenha injetado algumas doses.
A medicação fica mais dolorida quando está gelada.
Se você tiver outras canetas injetoras, especialmente neste caso, certifique-se de que a medicação utilizada é a correta.
Manuseio de agulhas: Tenha cuidado ao manusear agulhas para evitar ferimentos e infecção cruzada.
Se você observar bolhas de ar: Você pode observar bolhas de ar na medicação. Isso é normal, elas não vão prejudicá-lo.
Só use esta caneta para injetar uma dose única diária de 10 - 40 unidades.
Como ler a janela da dose
Não force o botão de injeção, pois isso pode quebrar a sua caneta. Se você achar que é difícil pressionar o botão de injeção, consulte a seção abaixo.
Soliqua é titulável e está disponível em duas canetas, oferecendo diferentes opções de dosagem.
Para evitar erros de medicação, certifique-se da correta caneta de Soliqua, (10-40) ou (30-60), como descrito na prescrição médica. A dose diária máxima de Soliqua é de 60 unidades de Soliqua (60 unidades de insulina glargina e 20 mcg de lixisenatida).
Soliqua deve ser administrado por via subcutânea uma vez ao dia dentro de 1 hora antes de qualquer refeição. É preferível que a injeção de Soliqua seja aplicada antes da mesma refeição todos os dias, quando a refeição mais conveniente for escolhida. Se uma dose de Soliqua for perdida, esta deve ser injetada dentro de uma hora antes da próxima refeição.
A dose de Soliqua deve ser individualizada com base na resposta clínica e ser titulada com base na necessidade de insulina para você. A dose de lixisenatida é aumentada ou diminuída, juntamente com a dose de insulina glargina e também depende de qual caneta for utilizada.
Seu médico te orientará a fazer o ajuste da quantidade ou o momento da administração de Soliqua. Portanto, você deve fazê-lo somente sob orientação médica e com monitorização adequada da glicose .
A terapia com insulina basal ou agonista do receptor de GLP-1 deve ser descontinuada antes de iniciar o tratamento com Soliqua.
- | Tratamento anterior | ||||
Pacientes virgens de insulina (Medicamentos antidiabéticos orais ou agonista do receptor de GLP-1) | Insulina glargina (U100) ** < 20 unidades | Insulina glargina (U100) ** ≥ 20 a < 30 unidades | Insulina glargina (U100) ** ≥ 30 a ≤ 60 unidades | ||
Dose inicial e caneta | Soliqua caneta (10-40) | 10 unidades (10 unidades/5 mcg) * | 20 unidades (20 unidades/10 mcg) * | - | |
Soliqua caneta (30-60) | - | 30 unidades (30 unidades/10 mcg) * |
* Unidades de insulina glargina (100 unidades/mL) /mcg de lixisenatida.
** Se uma insulina basal diferente foi utilizada: Duas vezes ao dia para insulina basal ou Toujeo, a dose diária total previamente utilizada deve ser reduzida em 20% para escolher a dose inicial de Soliqua; Para qualquer outra insulina basal a mesma regra para a insulina glargina (U100) deve ser aplicada.
Soliqua deve ser administrado de acordo com as suas necessidades individuais de insulina. Recomenda-se otimizar o controle glicêmico através de ajuste de dose com base na glicemia de jejum auto monitorizada.
É recomendado um monitoramento próximo da glicose no início do tratamento e nas semanas seguintes.
A segurança e a eficácia de Soliqua em pacientes pediátricos com idade inferior a 18 anos não foram estabelecidas.
Soliqua pode ser utilizado em pacientes idosos. A dose deve ser ajustada de forma individual, com base na monitorização da glicose (controle do açúcar no sangue). A experiência terapêutica em pacientes ≥ 75 anos de idade é limitada.
O efeito da insuficiência hepática sobre a farmacocinética de Soliqua não foi estudado. A lixisenatida é eliminada principalmente pelo rim; não é esperado que a disfunção hepática afete a farmacocinética de lixisenatida. Em pacientes com insuficiência hepática, a necessidade de insulina pode estar diminuída, devido à redução da capacidade para a gliconeogênese (processo pelo qual o fígado produz glicose) e metabolismo da insulina reduzido. Pode ser necessário o monitoramento frequente da glicose e o ajuste de dose para Soliqua em pacientes com insuficiência hepática.
Não existe experiência terapêutica com uso de lixisenatida em pacientes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina inferior a 30 mL/min) ou doença renal terminal e, portanto, não é recomendado o uso de lixisenatida nestas populações. Em pacientes com insuficiência renal, a necessidade de insulina pode estar diminuída devido ao metabolismo da insulina. Pode ser necessário o monitoramento frequente da glicose e o ajuste de dose para Soliqua em pacientes com insuficiência renal.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Se você esquecer de aplicar uma dose de Soliqua, esta deve ser aplicada dentro de uma hora antes da próxima refeição.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Hipoglicemia foi a reação adversa mais frequentemente relatada observada durante o tratamento com Soliqua. A hipoglicemia pode ocorrer quando a dose de Soliqua for maior do que o necessário.
A dose de Soliqua deve ser individualizada pelo seu médico com base na resposta clínica e ser titulada com base na necessidade do paciente à insulina.
O efeito prolongado da insulina glargina subcutânea pode retardar a recuperação de uma hipoglicemia.
O uso de agonistas do receptor de GLP-1 pode estar associado com reações adversas gastrintestinais. Soliqua não foi estudado em pacientes com doença gastrintestinal grave, incluindo gastroparesia grave e, portanto, o uso de Soliqua não é recomendado nestes pacientes.
Não há experiência terapêutica em pacientes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina inferior a 30 mL/min) ou com doença renal terminal. O uso não é recomendado em pacientes com insuficiência renal grave ou com doença renal terminal.
O atraso do esvaziamento gástrico com lixisenatida pode reduzir a taxa de absorção dos medicamentos administrados por via oral. Soliqua deve ser usado com cautela em pacientes recebendo medicamentos orais que necessitem de uma rápida absorção gastrintestinal, exigem uma monitorização clínica cuidadosa ou ter um intervalo terapêutico limitado.
Os pacientes tratados com Soliqua devem ser avisados pelo seu médico sobre o potencial risco de desidratação em relação a reações adversas gastrintestinais e tomar precauções para evitar a depleção (perda) de fluido.
A administração de Soliqua pode causar a formação de anticorpos contra a insulina glargina e/ou lixisenatida. Em casos raros, a presença de tais anticorpos pode requerer o ajuste de dose de Soliqua, a fim de corrigir uma tendência para hiper ou hipoglicemia.
Não há dados clínicos sobre grávidas expostas a partir de estudos clínicos controlados com uso de Soliqua, insulina glargina e lixisenatida.
O risco potencial em humanos é desconhecido. Soliqua não deve ser utilizado durante a gravidez.
Se você deseja engravidar, ou ficar grávida, o tratamento com Soliqua deve ser descontinuado.
Os estudos em animais com lixisenatida ou insulina glargina, não indicam efeitos prejudiciais diretos na gravidez.
Estudos em animais com lixisenatida e insulina glargina não indicam efeitos prejudiciais diretos em relação à fertilidade.
Não é conhecido se Soliqua é excretado no leite humano. Devido à falta de experiência, Soliqua não deve ser administrado durante a amamentação.
Nenhum efeito metabólico da insulina glargina ingerida no recém-nascido/criança amamentada são antecipados uma vez que a insulina glargina como sendo um peptídeo é digerida em aminoácidos no trato gastrintestinal humano.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Como resultado de hipoglicemia, hiperglicemia ou visão prejudicada, a habilidade de concentração e reação pode ser afetada, possivelmente constituindo risco em situações onde estas habilidades são de particular importância.
Você deve ser aconselhado a tomar precauções para evitar hipoglicemia enquanto dirige. Isso é particularmente importante se você reduzir ou não conhecer os "sintomas de aviso" de hipoglicemia ou se tiver episódios frequentes de hipoglicemia.
A prudência no dirigir deve ser considerada nessas circunstâncias.
Este medicamento pode causar doping.
Você não deve utilizar Soliqua se tiver diabetes mellitus tipo 1 ou para tratar cetoacidose diabética (condição grave que ocorre por falta de insulina e pode resultar em coma ou até mesmo em morte e acontece quando os níveis de açúcar no sangue encontram-se muito elevados e deve ser corrigida em ambiente hospitalar).
Pancreatite aguda, incluindo pancreatite hemorrágica fatal e não fatal ou pancreatite necrotizante, foram relatadas em doentes tratados com agonistas do receptor GLP-1, após a comercialização. Em ensaios clínicos com lixisenatida, um componente de Soliqua, foram relatados 21 casos de pancreatite entre pacientes tratados com lixisenatida e 14 casos em doentes tratados com comparador (taxa de incidência de 21 por 10.000 doentes-ano). Os casos de Lixisenatida foram relatados como pancreatite aguda (n = 3), pancreatite (n = 12), pancreatite crônica (n = 5) e pancreatite edematosa (n = 1). Alguns pacientes apresentaram fatores de risco para pancreatite, como história de colelitíase ou abuso de álcool.
Você deve ser informado sobre os sintomas característicos da pancreatite aguda: dor abdominal grave persistente. Se houver suspeita de pancreatite, Soliqua deve ser descontinuado. Caso haja confirmação de pancreatite aguda, o tratamento com Soliqua não deve ser reiniciado. Caso você tenha histórico de pancreatite recomenda-se cautela no uso de Soliqua.
Os pacientes devem ser instruídos a realizar rotação contínua do local da injeção para reduzir o risco de desenvolver lipodistrofia (alteração na distribuição de gordura no subcutâneo, neste caso, causado pela aplicação da medicação repetidas vezes no mesmo local) e amiloidose cutânea localizada (depósito de amiloide, uma substância que surge de lesões na pele). Há um risco potencial de absorção retardada de insulina e piora do controle glicêmico após injeções de insulina em locais com essas reações. Foi relatado que uma mudança repentina no local da injeção para uma área não afetada resultou em hipoglicemia. O monitoramento da glicose no sangue é recomendado após a mudança no local da injeção, e o ajuste da dose dos medicamentos antidiabéticos pode ser considerado.
Fale com seu médico se você desenvolver alterações na pele no local da injeção. O local da injeção deve ser alternado para evitar alterações na pele, como caroços sob a pele. A insulina pode não funcionar muito bem se você injetar em uma área com caroços. Contacte o seu médico se estiver injetando numa área irregular antes de começar a injetar em uma área diferente. O seu médico pode lhe dizer para verificar mais de perto o seu açúcar no sangue e para ajustar a dose de insulina ou de outros medicamentos antidiabéticos.
Dois estudos clínicos fase 3 (LixiLan L e O) incluíram 834 pacientes tratados com Soliqua.
Um estudo clínico fase 3 adicional (LixiLan G) incluiu 255 pacientes tratados com Soliqua.
As reações adversas mais frequentemente relatadas durante o tratamento com Soliqua foram hipoglicemia e reações adversas gastrintestinais.
Lista tabulada de reações adversas
Classe de sistema de órgão | Frequência da ocorrência | |||
Muito comum | Comum | Incomum | Desconhecida | |
Infecções e Infestações | - | - | Nasofaringite; Infecção do trato respiratório superior (inflamação do nariz e garganta) | - |
Distúrbios do sistema imunológico | - | - | Urticária | - |
Distúrbios metabólicos e nutricionais | Hipoglicemia | - | - | - |
Distúrbios do sistema nervoso | - | Tontura | Dor de cabeça | - |
Distúrbios gastrintestinais | - | Náusea; Diarreia; Vômito | Dispepsia (má digestão); Dor abdominal | - |
Distúrbios gerais e no local da administração | - | - | Fadiga ; Reações no local da injeção | - |
Distúrbios do tecido cutâneo e subcutâneo | - | - | - | Lipodistrofia*; Amiloidose cutânea localizada* |
* Reação adversa observada da insulina glargina.
Ataques hipoglicêmicos graves, especialmente quando recorrentes, podem levar a danos neurológicos. Episódios de hipoglicemia prolongados ou graves podem ser fatais.
Em muitos pacientes, os sinais e sintomas de neuroglicopenia (escassez de glicose ou açúcar (glicopenia) no cérebro) são precedidos de sinais de contra regulação adrenérgica (ex.: suor excessivo, taquicardia, hipertensão, etc.). Geralmente, quanto maior e mais rápida for a queda dos níveis de glicemia, mais evidente é o fenômeno de contra regulação e seus sintomas.
Reações adversas gastrintestinais (náuseas, vômito e diarreia) foram frequentemente relatadas como reações adversas durante o período de tratamento. Após 30 semanas de tratamento com Soliqua em dois estudos de fase 3 agrupados (LixiLan L e O), em pacientes tratados com Soliqua, a incidência de relatos de náusea, diarreia e vômito foi de 8,4%, 2,2% e 2,2%, respectivamente. Reações adversas gastrintestinais foram em sua maioria leves e de natureza transitória. Em pacientes tratados com lixisenatida, a incidência de relatos de náusea, diarreia e vômito foi de 22,3%, 3% e 3,9%, respectivamente. Em um terceiro estudo clínico fase 3 (LixiLan G), após 26 semanas de tratamento, em pacientes tratados com Soliqua, a incidência de náusea, diarreia e vômito relacionados foi 5,5%, 0,8% e 1,2%, respectivamente.
Amiloidose cutânea localizada (depósito de amiloide, uma substância que surge de lesões na pele) ocorreu no local da injeção com insulinas. Hiperglicemia foi relatada com injeções repetidas de insulina em áreas de amiloidose cutânea localizada; hipoglicemia foi relatada com uma mudança repentina para um local de injeção não afetado.
A rotação contínua do local de injeção dentro da mesma área de injeção pode ajudar a reduzir o risco ou prevenir estas reações.
Embora amiloidose cutânea localizada e lipodistrofia não tenham sido observadas relacionadas ao uso de insulina glargina + lixisenatida (Soliqua), essas são reações adversas conhecidas para todas as insulinas, incluindo a insulina glargina.
Alterações da pele no local de injeção: se você injetar insulina com muita frequência o mesmo local, o tecido adiposo pode encolher (lipoatrofia) ou engrossar (lipo-hipertrofia). Caroços sob a pele também podem ser causados pelo acúmulo de uma proteína chamada amiloide (amiloidose cutânea localizada). A insulina pode não funcionar muito bem se você injetar em uma área com caroços. Mude o local da injeção a cada injeção para ajudar a prevenir essas alterações na pele.
Reações alérgicas (urticária), possivelmente relacionados com Soliqua, foram em 0,3% dos pacientes. Casos de reação alérgica generalizada incluindo reação anafilática e angioedema foram relatados durante a comercialização da insulina glargina e lixisenatida.
Assim como ocorre com todas as proteínas terapêuticas, há potencial para imunogenicidade. A administração de Soliqua pode causar formação de anticorpos (proteínas usadas pelo sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) para identificar e neutralizar corpos estranhos em nosso corpo) contra insulina glargina e/ou lixisenatida.
Após 30 semanas de tratamento com Soliqua em dois estudos de fase 3, a incidência de formação de anticorpos antiinsulina glargina foi de 21,0% e 26,2%. Em aproximadamente 93% dos pacientes, os anticorpos anti-insulina glargina apresentaram reatividade cruzada para insulina humana . A incidência de formação de anticorpos anti-lixisenatida foi de aproximadamente 43%. A situação em relação aos anticorpos anti-insulina glargina ou aos anticorpos anti-lixisenatida não teve impacto clinicamente relevante na segurança ou eficácia. Em um terceiro estudo fase 3, após 26 semanas de tratamento com Soliqua, a incidência de formação de anticorpos anti-insulina glargina foi de 17,4% e de 44,5% para anticorpos anti-lixisenatida.
Alguns pacientes sob tratamento contendo insulina, incluindo Soliqua apresentaram eritema, edema local e prurido no local da injeção. Estas condições foram geralmente autolimitantes.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Uso subcutâneo.
Uso adulto.
3,64 mg de insulina glargina equivalente a 100U de insulina glargina e 50 mcg de lixisenatida.
3 mL equivalentes a 300 unidades de insulina glargina e 150 mcg de lixisenatida.
1 unidade de insulina glargina e 0,5 mcg de lixisenatida.
Excipientes: metacresol, glicerol , levometionina, ácido clorídrico, hidróxido de sódio, cloreto de zinco e água para injetáveis .
3,64 mg de insulina glargina equivalente a 100U de insulina glargina e 33 mcg de lixisenatida.
3 mL equivalentes a 300 unidades de insulina glargina e 100 mcg de lixisenatida.
1 unidade de insulina glargina e 0,33 mcg de lixisenatida.
Excipientes: metacresol, glicerol, levometionina, ácido clorídrico, hidróxido de sódio, cloreto de zinco e água para injetáveis.
Dados clínicos limitados estão disponíveis em relação à superdose de Soliqua.
Hipoglicemia e reações adversas gastrintestinais podem se desenvolver se o paciente receber mais Soliqua do que é necessário.
Excesso de insulina, em relação a ingestão de alimentos, gasto de energia ou ambos, podem levar a uma hipoglic emia grave, por vezes prolongada e com risco de vida.
Durante os estudos clínicos, doses de até 60 mcg de lixisenatida foram administrados a pacientes diabéticos tipo 2 em um estudo de 13 semanas. Elas foram bem toleradas e apenas foi observado um aumento da incidência de doenças gastrintestinais.
Os episódios leves de hipoglicemia podem habitualmente ser tratados com carboidratos orais. Ajustes na posologia do medicamento, no padrão das refeições ou exercícios podem ser necessários.
Os episódios mais graves que acarretaram coma, convulsões ou perturbações neurológicas, podem ser tratados com glucagon intramuscular/subcutâneo ou glicose concentrada intravenosa. Ingestão de carboidrato sustentado e observação poderão ser necessárias porque a hipoglicemia pode reaparecer após remissão clínica aparente.
Tratamento de suporte apropriado deve ser iniciado de acordo com os sinais e sintomas clínicos do paciente e a dose de Soliqua deve ser reduzida para a dose prescrita.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Não foram realizados estudos de interação medicamentosa com Soliqua.
Várias substâncias afetam o metabolismo da glicose e podem requerer ajuste da dose de Soliqua.
Várias substâncias afetam o metabolismo da glicose e podem requerer ajuste da dose de insulina e particularmente monitorização cuidadosa.
Betabloqueadores, clonidina , sais de lítio e álcool podem potencializar ou enfraquecer a ação hipoglicemiante da insulina.
A pentamidina pode causar hipoglicemia, a qual pode por vezes ser seguida por hiperglicemia.
Além disso, sob a influência de medicamentos simpaticolíticos, tais como betabloqueadores, clonidina, guanetidina e reserpina, os sinais da contra regulação adrenérgica (tremores, palpitações, excesso de sudorese fria e palidez) podem estar reduzidos ou ausentes.
A lixisenatida é um peptídeo e não é metabolizada pelo citocromo P450. Em estudos “ in vitro ”, a lixisenatida não afetou a atividade de isoenzimas do citocromo P450 ou transportadores humanos testados.
A lixisenatida retarda o esvaziamento gástrico, que pode reduzir a taxa de absorção dos medicamentos administrados por via oral. Deve-se ter cautela na coadministração de medicamentos por via oral com um intervalo terapêutico limitado, ou que necessitam de monitorização clínica cuidadosa. Caso tais medicamentos devam ser administrados com alimentos, você será aconselhado a utilizá-los com uma refeição ou um lanche quando a lixisenatida for administrada. Para medicamentos administrados por via oral que são particularmente dependentes do limiar de concentração para sua eficácia, tais como antibióticos, devem ser administrados pelo menos 1 hora antes ou 11 horas depois da injeção de Soliqua.
Com base em resultados de estudos, não é necessário ajuste da dose para o paracetamol (acetaminofeno).
Com base em resultados de estudos, não é necessário ajuste de dose para contraceptivos orais. Recomenda-se que os contraceptivos orais sejam administrados pelo menos 1 hora antes, ou pelo menos 11 horas após a administração Soliqua.
De acordo com estudos não é necessário ajuste de dose para a atorvastatina quando coadministrada com Soliqua. No entanto, devido ao atraso no tmáx, pacientes utilizando atorvastatina devem ser aconselhados a tomar a atorvastatina, pelo menos, 1 hora antes ou 11 horas após a administração de Soliqua.
Com base em resultados de estudos, não se faz necessário o ajuste de dose da varfarina quando coadministrada com Soliqua.
Com base em resultados de estudos, não se faz necessário o ajuste de dose da digoxina quando coadministrada com Soliqua.
Com base em resultados de estudos, não se faz necessário o ajuste de dose do ramipril quando coadministrado com Soliqua.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A segurança e eficácia de Lixisenatida + Insulina Glargina no controle da glicemia foram avaliadas em dois estudos clínicos randomizados em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, em combinação a antidiabéticos orais (virgens de insulina) e substituição à insulina basal.
Em cada um dos estudos controlados com ativos, o tratamento com Lixisenatida + Insulina Glargina proporcionou melhora clínicas e estatística significativas na hemoglobina A1c (HbA1c).
Alcançar níveis mais baixos de HbA1c e alcançar uma maior redução de HbA1c não aumentou as taxas de hipoglicemia com o tratamento combinado versus a insulina glargina isolada
No estudo clínico de combinação com a metformina, a dose inicial foi de 10 unidades. No estudo clínico de substituição à insulina basal, a dose inicial foi de 20 ou 30 unidades, dependendo da dose anterior de insulina. Em ambos estudos, a dose foi titulada uma vez por semana, com base na média dos valores automonitorizados da glicemia de jejum a partir dos últimos 3 dias, de acordo com a Tabela 1 a seguir.
Tabela 1 – Algoritmo de titulação da dose de Lixisenatida + Insulina Glargina:
Glicemia de jejum automonitorizada (mg/dL) [mol/L] | Alteração da dose (unidades/dia) |
> 140 [> 7,77] | + 4 |
> 100 e ≤ 140 [> 5,55 e ≤ 7,77] | + 2 |
< 80 a 100 [4,44 a 5,55] | Sem alteração |
< 80 [< 4,44] | - 2 |
Um total de 1.170 pacientes com diabetes tipo 2 foram randomizados em um estudo aberto, de 30 semanas, controlado com ativo, para avaliar a eficácia e segurança de Lixisenatida + Insulina Glargina em comparação aos componentes individuais, insulina glargina (100 unidades/mL) e lixisenatida.
Os pacientes com diabetes tipo 2, tratados com metformina isoladamente ou metformina e um segundo tratamento com antidiabético oral que poderia ser uma sulfonilureia ou uma glinida ou um inibidor de cotransportador-2 sódio glicose (SGLT-2) ou um inibidor de dipeptidil-peptidase-4 (DPP-4), e que não foram adequadamente controlados com este tratamento (variação de HbA1c de 7,5% a 10% para pacientes previamente tratados com metformina isoladamente e 7,0% a 9% para pacientes previamente tratados com metformina e um segundo tratamento antidiabético oral) entraram em tratamento ( run-in ) por um período de 4 semanas.
Durante esta fase ( run-in ), o tratamento com metformina foi otimizado e quaisquer outros antidiabéticos orais foram descontinuados. No final deste período ( run-in ), os pacientes que permaneceram inadequadamente controlados (HbA1c entre 7% e 10%) foram randomizados para Lixisenatida + Insulina Glargina, insulina glargina ou lixisenatida. No total, 58% dos pacientes na triagem receberam um segundo antidiabético oral.
A média do IMC no início do estudo foi de 31,7 kg/m2. A duração média do diabetes era de aproximadamente 9 anos.
Na Semana 30, Lixisenatida + Insulina Glargina proporcionou uma melhora estatisticamente significativa na HbA1c (valor de p < 0,0001) em comparação aos componentes individuais. Em uma análise pré-especifica de desfecho primário, as diferenças observadas foram consistentes em relação à HbA1c na linha basal (< 8% ou ≥ 8%) ou a utilização de antidiabéticos orais no início do tratamento (metformina isolada ou metformina mais um segundo antidiabético oral).
Tabela 2 – Resultados em 30 semanas – Estudo clínico de combinação com a metformina (população mITT (intenção de tratamento)):
* Glicose de 2 horas pós-prandial menos o valor da glicose pré-refeição.
Figura 1 – HbA1c média (%) no início da triagem, ponto de randomização e em cada ponto de tempo (concluído) e na Semana 30 (LOCF*) - população mITT:
*LOCF = última observação realizada.
Os pacientes do grupo o qual fez uso de Lixisenatida + Insulina Glargina relataram diminuição estatisticamente significativa maior no perfil médio de 7 pontos SMPG a partir do início do tratamento até a Semana 30 (-60,36 mg/dL [-3,35 mmol/L]) em comparação aos pacientes do grupo que fez uso de insulina glargina (-47,87 mg/dL [-2,66 mmol/L]); diferença de 12,49 mg/dL [-0,69 mmol/L]) e ao grupo de pacientes que fez uso de lixisenatida (-35,11 mg/dL; diferença de 25,24 mg/dL) [(-1,95 mmol/L; diferença -1,40 mmol/L)] (p < 0,0001 para ambas comparações). Em todos os pontos de tempo, os valores médios da glicemia em 30 semanas foram mais baixos no grupo o qual fez uso de Lixisenatida + Insulina Glargina do que, tanto no grupo insulina glargina quanto no grupo lixisenatida, com uma única exceção do valor antes do café da manhã, que foi similar entre o grupo o qual fez uso de Lixisenatida + Insulina Glargina e o grupo que fez uso de insulina glargina.
Um total de 736 pacientes com diabetes tipo 2 participou de um estudo randomizado, de 30 semanas, controlado com ativo, aberto, com 2 braços de tratamento, grupos paralelos, multicêntrico, para avaliar a eficácia e segurança de Lixisenatida + Insulina Glargina em comparação à insulina glargina (100 unidades/mL).
Os pacientes triados que apresentavam diabetes tipo 2 foram tratados com insulina basal por pelo menos 6 meses, recebendo uma dose diária estável entre 15 e 40 unidades isoladamente ou em combinação com 1 ou 2 antidiabéticos orais (metformina ou uma sulfonilureia ou uma glinida ou um inibidor de SGLT-2 ou um inibidor de DPP-4), que apresentavam HbA1c entre 7,5% e 10% e glicemia em jejum inferior ou igual a 180 mg/dL [9,99 mmol/L] ou 200 mg/dL [11,1 mmol/L] dependendo do tratamento antidiabético prévio do paciente.
Após a triagem, os pacientes elegíveis (n=1.018) entraram em uma fase de tratamento (run-in) de 6 semanas, onde os pacientes permaneceram ou passaram por substituição para a insulina glargina, no caso deles utilizarem outra insulina basal, e tiveram a sua dose de insulina titulada/estabilizada enquanto continuaram com a metformina (se utilizada anteriormente). Quaisquer outros antidiabéticos orais foram descontinuados.
No final do período de tratamento (run-in), os pacientes com HbA1c entre 7 e 10%, glicemia em jejum ≤ 140 mg/dL [7,77 mmol/L] e dose diária de insulina glargina de 20 a 50 unidades, foram randomizados para Lixisenatida + Insulina Glargina (n=367) ou para insulina glargina (n=369).
A média de IMC na triagem foi de aproximadamente 31 kg/m 2 .
A duração média da diabetes era de aproximadamente 12 anos.
Na Semana 30, Lixisenatida + Insulina Glargina proporcionou uma melhora estatisticamente significativa na HbA1c (valor p < 0,0001) em comparação à insulina glargina.
Tabela 3 – Resultados em 30 semanas - Estudo com diabetes tipo 2 não controlada com insulina basal (população mITT):
- | Lixisenatida + Insulina Glargina | Insulina glargina |
Número de indivíduos (mITT) | 366 | 365 |
HbA1c (%) | ||
Na triagem (média) | 8,5 | 8,5 |
Linha Basal (média;após tratamento run in) | 8,1 | 8,1 |
Final do Tratamento (média) | 6,9 | 7,5 |
Alteração LS basal (média) | -1,1 | -0,6 |
Diferença vs insulina glargina (média) [95% IC] (valor p) | -0,5 [-0,6, -0,4] (< 0,0001) | |
Pacientes [n (%)] atingindo HbA1c < 7% na Semana 30 | 201 (54,9%) | 108 (29,6%) |
Glicemia em jejum (mg/dL) (mmol/L) | ||
Linha Basal (Média) | 132,0 [7,33] | 132,0 [7,32] |
Final do tratamento (Média) | 122,1 [6,78] | 120,5 [6,69] |
Alteração LS basal (média) | -6,3 [-0,35] | -8,3 [-0,47] |
Glicose de 2 horas pós-prandial (mg/dL) [mmol/L] [variação de glicose de 2 h* (mg/dL) {mmol/L}] | ||
Alteração LS basal por 30 semanas (média) | -85,1 [-4,72] [-70,2 {-3,90}] | -25,1 [-1,39] [-8,4 {-0,47}] |
Média de peso corporal (kg) | ||
Linha Basal (média) | 87,8 | 87,1 |
Alteração LS basal (média) | -0,7 | 0,7 |
Comparação vs insulina glargina [95% IC] (valor p) | -1,4 [-1,8 a -0,9] (< 0,0001) | |
Número de pacientes (%) atingindo HbA1c < 7,0% sem ganho de peso corporal na Semana 30 | 125 (34,2%) | 49 (13,4%) |
Diferença na proporção vs insulina glargina [95% IC] (valor p) | 20,8 [15,0 to 26,7] (< 0,0001) | |
Dose diária de insulina glargina | ||
Linha Basal (Média) | 35,0 | 35,2 |
Desfecho (média) | 46,7 | 46,7 |
Alteração LS na dose de insulina na Semana 30 (média) | 10,6 | 10,9 |
* Glicose de 2 h pós-prandial menos o valor da glicose pré-refeição.
Figura 2 – HbA1c média (%) no início da triagem, na randomização e em cada ponto de tempo (concluído) e na Semana 30 (LOCF*) - população mITT:
*LOCF = última observação realizada.
A segurança cardiovascular da insulina glargina e da lixisenatida foi estabelecida nos estudos clínicos Origin e Elixa, respectivamente. Nenhum resultado de estudo cardiovascular exclusivo foi realizado com Lixisenatida + Insulina Glargina.
O estudo Origin ( Outcome Reduction with Initial Glargine Intervention - Desfecho da redução com intervenção inicial com glargina) foi um estudo aberto, randomizado, com 12.537 pacientes que comparou Lantus com o tratamento padrão no momento para a ocorrência de um evento cardiovascular adverso maior (Mace). Mace foi definido como a composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio e acidente vascular cerebral não-fatal. A incidência de Mace foi semelhante entre Lantus e o tratamento padrão no estudo Origin [HR (95% IC) para Mace; 1,02 (0,94, 1,11)].
No estudo Origin, a incidência total de câncer (todos os tipos combinados) [Hazard Ratio (95% IC); 0,99 (0,88, 1,11)] ou morte por câncer [Hazard Ratio (95% IC); 0,94 (0,77, 1,15)] também foi semelhante entre os grupos de tratamento.
O estudo Elixa foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, multinacional, que avaliou resultados cardiovasculares (CV) durante o tratamento com lixisenatida em pacientes (n=6068) com diabetes mellitus tipo 2 após uma recente síndrome coronária aguda. A composição do desfecho de eficácia primário foi o tempo para a primeira ocorrência de qualquer dos seguintes eventos declarados positivamente pelo Comitê de Adjudicação de Eventos Cardiovasculares: morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio, acidente vascular cerebral não-fatal, ou hospitalização por angina instável. Os desfechos secundários cardiovasculares incluíram a composição do desfecho primário, ou hospitalização por insuficiência cardíaca ou revascularização coronariana.
Mudanças na razão albumina/creatinina urinária em 108 semanas foi também um desfecho secundário pré-especificado.
A duração média do tratamento foi de 22,4 meses no grupo lixisenatida e 23,3 meses no grupo placebo, e a duração média do estudo de acompanhamento foi de 25,8 e 25,7 meses, respectivamente. A HbA1c média (± DP) nos grupos lixisenatida e placebo foi de 7,72 (± 1,32)% e 7,64 (± 1,28) % no início do tratamento e 7,46 (± 1,51)% e 7,61 (±1,48) % aos 24 meses, respectivamente.
A incidência do desfecho primário foi semelhante entre os grupos lixisenatida e placebo; o hazard ratio (HR) para lixisenatida versus placebo foi de 1,017, com um intervalo de confiança associado de 95% (IC) de 0,886 a 1,168.
Porcentagens semelhantes entre os tratamentos também foram observadas para os desfechos secundários e para todos os componentes individuais dos desfechos compostos. Os percentuais de pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca foram de 4,0% e 4,2% nos grupos lixisenatida e placebo, respectivamente (HR [IC 95%] = 0,96 [0,75-1,23]).
Foi observado um aumento menor na razão albumina/creatinina urinária do início do tratamento até a Semana 108 com lixisenatida em comparação ao placebo (-10,04% ± 3,53%; IC 95% = -16,95%, -3,13%).
Referências bibliográficas
1. Pfeiffer M.A., Claggett B., Diaz, R.D. et al. Lixisenatide in Patients with Type 2 Diabetes and Acute Coronary Syndrome. N Engl J Med 2015; 373: 2247-57.
2. The Origin Trial Investigators. Basal Insulin and Cardiovascular and Other Outcomes in Dysglycemia. N Engl J Med 2012; 367: 319-28.
3. Aroda V.R., Rosenstock J., Wysham C. et al. Efficacy and Safety of LixiLan, a Titratable Fixed-Ratio Combination of Insulin Glargine Plus Lixisenatide in Type 2 Diabetes Inadequately Controlled on Basal Insulin and Metformin: The LixiLan-L Randomized Trial. Diabetes Care 2016; 39: 1972–1980.
4. Rosenstock J., Aronson R., Grunberger G. et al. Benefits of LixiLan, a Titratable Fixed-Ratio Combination of Insulin Glargine Plus Lixisenatide, Versus Insulin Glargine and Lixisenatide Monocomponents in Type 2 Diabetes Inadequately Controlled With Oral Agents: The LixiLan-O Randomized Trial. Diabetes Care. 2016 Nov; 39(11): 2026-2035.
Lixisenatida + Insulina Glargina combina dois agentes anti hiperglicêmicos com mecanismos de ação complementares: insulina glargina, um análogo de insulina basal, e lixisenatida, um agonista do receptor de GLP-1, que tem como alvo a glicemia em jejum (FPG) e glicemia pós prandial (PPG) para melhorar o controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2, enquanto minimiza o ganho de peso e o risco de hipoglicemia.
A atividade primária da insulina, incluindo a insulina glargina, consiste na regulação do metabolismo da glicose.
A insulina e os seus análogos diminuem a glicose no sangue, estimulando a captação da glicose periférica, especialmente pelo músculo esquelético e tecido adiposo, e através da inibição da produção de glicose hepática.
A insulina inibe a lipólise e proteólise, e aumenta a síntese de proteínas .
A lixisenatida é um agonista do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1). O receptor GLP-1 é um alvo para o GLP-1 nativo, um hormônio endógeno com atividade incretina que potencializa a secreção de insulina glicose-dependente pelas células beta e suprime o glucagon de células alfa no pâncreas.
Semelhante ao GLP-1 endógeno, a ação de lixisenatida é mediada via interação especifica com os receptores GLP-1, incluindo aqueles em células alfa e beta pancreáticas.
A lixisenatida estimula a secreção de insulina dependente de glicose. Em paralelo, a secreção de glucagon é suprimida. A lixisenatida também retarda o esvaziamento gástrico reduzindo assim a taxa de glicose que aparece na circulação e é absorvida derivada da alimentação. A lixisenatida foi apresentada para preservar a função de células beta e prevenir a morte celular (apoptose) em células isoladas de ilhotas pancreáticas humanas.
A combinação de insulina glargina e lixisenatida não apresenta impacto sobre a farmacodinâmica da insulina glargina. O impacto da combinação de insulina glargina e lixisenatida sobre a farmacodinâmica de lixisenatida não foi avaliado em estudos de fase 1.
Consistente com um perfil de concentração/tempo relativamente constante da insulina glargina ao longo de 24 horas com nenhum pico pronunciado quando administrado isoladamente, o perfil da taxa/tempo de utilização da glicose foi semelhante, nenhum pico pronunciado, quando administrado na combinação insulina glargina/lixisenatida.
O tempo de ação das insulinas, incluindo Lixisenatida + Insulina Glargina, pode variar entre indivíduos e no mesmo indivíduo.
Em estudos clínicos com insulina glargina (100 unidades/mL) o efeito de redução da glicose em uma base molar (isto é, quando administrados nas mesmas doses) de insulina glargina intravenosa é aproximadamente o mesmo que o descrito para a insulina humana .
Em um estudo controlado por placebo de 28 dias em pacientes com diabetes tipo 2 para avaliar os efeitos de doses de 5 a 20 mcg de lixisenatida, uma ou duas vezes ao dia, sobre a glicemia induzida por uma refeição padrão de café da manhã, 10 e 20 mcg uma ou duas vezes ao dia de lixisenatida melhorou o controle glicêmico através dos efeitos da diminuição das concentrações de glicose pós-prandial e em jejum em pacientes com diabetes tipo 2. A lixisenatida administrada neste estudo pela manhã na dose diária de 20 mcg manteve reduções estatisticamente significativas na glicemia pós-prandial após o café da manhã, almoço e jantar.
Em um estudo de tratamento de 4 semanas em pacientes com diabetes tipo 2, em combinação com metformina e em um estudo de tratamento de 8 semanas em combinação com insulina glargina com ou sem metformina, a lixisenatida 20 mcg uma vez ao dia administrada antes do café da manhã, demonstrou redução da glicemia pósprandial (AUC 0:30-4:30h) após um teste com refeição. O número de pacientes com níveis pós-prandiais de 2 h de glicose abaixo de 140 mg/dL (7,77 mmol/L) foi de 69,3% após 28 dias e 76,1% após 56 dias.
Em um estudo em monoterapia, a lixisenatida isoladamente restaura a primeira fase de secreção de insulina em pacientes com diabetes tipo 2 de uma maneira dependente da glicose em 2,8 vezes (IC 90%, 2,5-3,1) e aumenta a secreção de insulina na segunda fase em 1,6 vezes (IC 90%, 1,4 1,7) em comparação ao placebo, como medido através da AUC.
Após um teste com refeição padronizada, a lixisenatida retarda o esvaziamento gástrico, diminuindo assim o ritmo de absorção da glicose pós-prandial. Após tratamento de 28 dias com lixisenatida isoladamente, o efeito do retardamento de esvaziamento gástrico é mantido em pacientes com diabetes tipo 2.
A lixisenatida 20 mcg uma vez ao dia isoladamente demonstrou diminuir os níveis de glucagon pós-prandial versus o basal após um teste com refeição em pacientes com diabetes tipo 2. Em um estudo hipoglicêmico controlado por placebo com indivíduos saudáveis avaliando o efeito de uma única injeção de 20 mcg de lixisenatida na resposta ao glucagon, a resposta contrarreguladora do glucagon foi preservada sob condições de hipoglicemia, na presença de concentrações plasmáticas de lixisenatida eficazes.
O efeito de lixisenatida na repolarização cardíaca foi testado em um estudo QTc (1,5 vez a dose de manutenção aprovada) o qual não indicou nenhum impacto relevante de lixisenatida na repolarização ventricular.
Nenhum aumento na frequência cardíaca média foi observado com Lixisenatida + Insulina Glargina em estudos de fase 3 controlados por placebo.
A relação insulina glargina/lixisenatida não apresenta impacto relevante sobre a farmacocinética da insulina glargina em Lixisenatida + Insulina Glargina.
Em comparação à administração de lixisenatida isoladamente, a C máx é menor enquanto a AUC é geralmente comparável quando administrada como Lixisenatida + Insulina Glargina. As diferenças observadas na farmacocinética da lixisenatida quando administrada como Lixisenatida + Insulina Glargina ou isoladamente não são consideradas clinicamente relevantes.
Após a administração subcutânea da combinação de insulina glargina/lixisenatida em pacientes com diabetes tipo 1, a insulina glargina não mostrou pico pronunciado. A exposição à insulina glargina variou de 86%a 101% em comparação à administração de insulina glargina isoladamente.
Após a administração subcutânea da combinação de insulina glargina/lixisenatida em pacientes com diabetes tipo 1, o t máx médio da lixisenatida variou de 2,5 a 3,0 horas. Houve uma pequena diminuição na C máx da lixisenatida de 22-34% em comparação à administração simultânea separada de insulina glargina e lixisenatida, o que não é provável que seja clinicamente significativa.
Não há diferenças clinicamente significativas na taxa de absorção quando a lixisenatida é administrada por via subcutânea no abdome, coxa ou braço.
A lixisenatida apresenta um nível moderado de ligação (55%) às proteínas humanas.
Um estudo de metabolismo em seres humanos que receberam insulina glargina isoladamente indicou que a insulina glargina é parcialmente metabolizada no terminal carboxílico da cadeia B no depósito subcutâneo para formar dois metabólitos ativos com uma atividade in vitro semelhante à da insulina humana, M1 (21A-Gliinsulina) e M2 (21A-Gli-des-30B- Tir insulina). O fármaco inalterado e os produtos de degradação também estão presentes na circulação.
Como um peptídeo, a lixisenatida é eliminada através da filtração glomerular, seguida por reabsorção tubular e subsequente degradação metabólica, resultando em peptídeos menores e aminoácidos, os quais são reintroduzidos no metabolismo proteico.
Insulina glargina | Lixisenatida |
O efeito da idade, raça e sexo na farmacocinética da insulina glargina não foi avaliado. Em estudos clínicos controlados em adultos com insulina glargina (100 unidades/mL), análises de subgrupo baseadas na idade, raça e sexo não mostraram diferenças na segurança e eficácia | Com base na análise farmacocinética populacional, idade, peso corporal, sexo e raça não apresentam efeitos clinicamente significativos na farmacocinética de lixisenatida |
O efeito do Índice de Massa Corporal (IMC) na farmacocinética de Lixisenatida + Insulina Glargina não foi avaliado.
Um estudo de dose única, aberto avaliou a farmacocinética de lixisenatida 5 mcg em indivíduos com diferentes graus de insuficiência renal (classificados utilizando a fórmula de Cockcroft-Gault para a depuração da creatinina (CLcr)) em comparação com indivíduos saudáveis.
Não houve diferenças relevantes na C máx e AUC médias de lixisenatida entre indivíduos com função renal normal e em indivíduos com insuficiência renal leve (CLcr 60-90 mL/min). Em indivíduos com insuficiência renal moderada (CLcr 30-60 mL/min) a AUC foi aumentada em cerca de 51% e em indivíduos com insuficiência renal grave (CLcr 15-30 mL/min) a AUC foi aumentada em aproximadamente 87%.
Uma vez que a lixisenatida é eliminada principalmente pelo rim, nenhum estudo farmacocinético foi realizado em pacientes com insuficiência hepática aguda ou crônica. Não é esperado que a disfunção hepática afete a farmacocinética de lixisenatida.
Não foram realizados estudos em animais com insulina glargina e lixisenatida combinadas para avaliar carcinogênese, mutagênese e insuficiência da fertilidade.
Insulina glargina | Lixisenatida |
Os dados pré-clínicos para a insulina glargina não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade reprodutiva | Em um estudo de carcinogenicidade subcutânea de dois anos de duração, tumores de tireoide de células C não letais foram observados em ratos e camundongos e são considerados como sendo causados por um mecanismo GLP-1 não genotóxico mediado por receptor ao qual os roedores são particularmente sensíveis. Hiperplasia de células C e adenoma foram observados em todas as doses em ratos e nenhum efeito adverso de nível (NOEL) pôde ser definido. Em camundongos, estes efeitos ocorreram em razão de exposição acima de 9,3 vezes quando comparado com a exposição humana na dose terapêutica. Nenhum carcinoma de célula C foi observado em camundongos e, ocorreu carcinoma de células C em ratos na razão relativa de exposição a uma dose terapêutica de exposição humana de cerca de 900 vezes. Estudos em animais não indicam quaisquer efeitos prejudiciais diretos em relação à fertilidade em ratos machos e fêmeas. Lesões testiculares e do epidídimo reversíveis foram observadas em cães tratados com lixisenatida. Nenhum efeito relacionado à espermatogênese foi observado em homens saudáveis. Em estudos de desenvolvimento embriofetal, foram observadas malformações, retardo no crescimento, retardo de ossificação e efeitos esqueléticos em ratos em todas as doses (5 vezes a taxa de exposição em comparação à exposição humana) e em coelho com doses elevadas (32 vezes a taxa de exposição em comparação à exposição humana) de lixisenatida. Em ambas as espécies, houve uma toxicidade materna ligeira consistindo de baixo consumo de alimentos e redução do peso corporal. O crescimento neonatal foi reduzido em ratos machos expostos a elevadas doses de lixisenatida durante a gestação e lactação tardia, com um ligeiro aumento da mortalidade da prole observada |
Soliqua deve ser conservado sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8°C). Proteger da Luz. Não congelar ou colocar próximo ao compartimento do congelador ou bolsas térmicas congeladas. Manter a caneta em sua embalagem original.
Soliqua deve ser mantido em temperatura de até 30ºC. As canetas em uso não devem ser armazenadas na geladeira. Não congelar. A caneta não deve ser armazenada com a agulha.
Após aberto, válido por 14 dias, protegido da luz e do calor. Apenas remover a tampa da caneta no momento de uso do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Soliqua é uma solução límpida, incolor a quase incolor e livre de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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