Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Propess ® ( dinoprostona ) é indicado para o início e/ou continuação da maturação do colo uterino em gestantes a termo (a partir de 37 semanas completas de gestação) com o Índice de Bishop igual ou inferior a 6, (sistema desenvolvido para avaliar as condições do colo do útero e as chances de sucesso quando se pretende induzir o trabalho de parto), quando se tratar de gestação única e o bebê estiver em apresentação cefálica (com a cabeça voltada para baixo, direcionada para o canal de parto), em que a indução do trabalho de parto estiver indicada e quando não houver contraindicações fetais ou maternas.
Propess ® contém dinoprostona que é uma prostaglandina E2. As prostaglandinas são substâncias naturalmente presentes em baixas concentrações em muitos tecidos humanos e atuam como hormônios locais. Os efeitos farmacológicos das prostaglandinas e particularmente da PGE2 têm sido amplamente investigados nos últimos anos, tanto no controle da indução do parto como na maturação do colo uterino. A ação deste medicamento não é indicada para mulheres em parto cesariano, ou que anteriormente já passaram por tal situação.
Propess ® deve ser utilizado por via vaginal.
A administração e a remoção do pessário devem ser realizadas por um profissional de saúde.
Seguem, abaixo, os dados para uma correta inserção de Propess ® a ser realizada pelo profissional de saúde.
Propess ® deve ser retirado do freezer logo antes da inserção. Não é necessário descongelar antes de usar.
Existe uma "marca de rasgo" no sachê. Abra o sachê ao longo da marca na parte superior. Não use tesouras ou outros objetos cortantes que possam cortar o sistema de recuperação.
Seguem, abaixo, as informações para uma correta remoção de Propess® a ser realizada pelo profissional de saúde.
O pessário pode ser removido de forma rápida e fácil, puxando suavemente a fita de remoção.
Após a remoção, assegurar-se de que todo o produto (sistema de liberação vaginal e sistema de remoção) foi removido da vagina.
O sistema de recuperação do pessário, constituído por uma bolsa de poliéster e uma fita de remoção, possui uma abertura que é necessária para a inserção do pessário em seu interior durante o processo de fabricação. Nunca retire o pessário de dentro de seu sistema de recuperação.
Na remoção do produto da vagina, o pessário estará intumescido, 2 a 3 vezes em relação ao seu tamanho original, e deverá ser maleável.
Deve ser utilizado um único pessário. Esta é, normalmente, a quantidade suficiente para obtenção da maturação cervical.
O pessário deve ser removido após 24 horas, independentemente de ter sido atingida a maturação cervical.
Um intervalo de no mínimo 30 minutos é recomendado para uso sequencial de ocitocina após a remoção do pessário vaginal.
A segurança e eficácia de Propess ® em mulheres grávidas com idade inferior a 18 anos não foi estabelecida. Não existem dados disponíveis.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser cortado.
Propess ® é um medicamento de uso exclusivo hospitalar que será administrado por um profissional de saúde, portanto não é provável que ocorra esquecimento de administração.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
A adequação da paciente e a condição do colo uterino devem ser cuidadosamente avaliadas pelo médico antes do uso de Propess ® . Após a inserção, a atividade uterina e a condição fetal devem ser monitoradas regularmente. Se houver indício de complicações materna ou fetal ou efeitos adversos, a administração de dinoprostona deve ser interrompida através da remoção do pessário da vagina.
A experiência com Propess ® em pacientes com a bolsa rompida é limitada. Portanto, Propess ® deve ser utilizado com cautela nessas pacientes.
Propess ® deve ser administrado com cautela em pacientes com histórico de hipertonia uterina (intensas contrações fortes), glaucoma ou asma .
Antes da administração de dinoprostona, o uso de drogas antiinflamatórias não-esteroidais, incluindo ácido acetilsalicílico , deve ser interrompido.
Se as contrações uterinas forem prolongadas ou excessivas, existe a possibilidade de hipertonia ou ruptura uterina, assim sendo, o pessário deve ser imediatamente removido.
Propess ® não deve ser administrado em pacientes com história prévia de cesariana ou cirurgia uterina devido ao risco potencial de ruptura uterina associada a complicações obstétricas.
Propess ® deve ser utilizado com cautela quando há gravidez múltipla. Não foram realizados estudos em gravidez múltipla.
Propess ® deve ser utilizado com cautela em mulheres que tiveram mais de três partos normais. Não foram realizados estudos com mulheres com mais de três partos normais.
Uma segunda dose de Propess ®
não é recomendada, pois os efeitos de uma segunda dose ainda não foram estudados.
A utilização do produto em pacientes com doenças que podem afetar o metabolismo ou excreção de dinoprostona, por exemplo, doenças pulmonares, hepáticas e renais, não foram especificamente estudadas. A utilização do produto nestas pacientes não é recomendada.
Mulheres com 35 anos ou mais (e ocasionalmente também em mulheres mais jovens), mulheres com complicações durante a gravidez e mulheres com idade gestacional acima de 40 semanas possuem maior risco de desenvolver coagulação intravascular disseminada (CIVD) no pós-parto , caracterizada por pequenos coágulos de sangue os quais se disseminam na corrente sanguínea, obstruindo os pequenos vasos. Assim, nestes casos pode ocorrer aumento adicional do risco de coagulação intravascular disseminada em mulheres com parto farmacologicamente induzido.
Seria prudente remover o pessário, se a anestesia peridural for administrada previamente ao parto, antes da ruptura das membranas (bolsa). O médico deve estar atento caso um episódio de ruptura prematura de membranas já tenha sido evidenciado.
O profissional da saúde deve estar alerta que, como em outros métodos de indução do trabalho de parto, o uso de dinoprostona pode resultar no desprendimento inadvertido da placenta e subsequente embolização de tecido antigênico, ocasionando, em raras circunstâncias, o desenvolvimento da síndrome anafilactóide da gravidez (embolia amniótica).
O medicamento não é recomendado para uso em idosos ou crianças.
Propess ® é indicado para início e/ou continuação da maturação do colo uterino em gestantes a termo (a partir de 37 semanas completas de gestação), quando a indução do trabalho de parto for indicada.
Propess ® não é indicado para utilização na gravidez antes de 37 semanas completas de gestação.
Não foram realizados estudos para investigar a quantidade de dinoprostona no colostro ou no leite materno após o uso de Propess ® .
A dinoprostona pode ser excretada no colostro e no leite materno, mas espera-se que o nível e a duração sejam muito limitados e não impeçam a amamentação. Não foram observados efeitos nos recém-nascidos amamentados nos estudos clínicos realizados.
O produto não é recomendado para uso em situações em que a paciente esteja dirigindo ou operando máquinas.
As reações adversas notificadas com mais frequência nos estudos clínicos placebo-controlado e com eficácia ativo-comparativa (N = 1116) foram "distúrbios da frequência cardíaca fetal" (6,9%), "contrações uterinas anormais" (6,2%) e "trabalho de parto anormal que afeta o feto" (2,6%).
A tabela abaixo apresenta os principais EAs distribuídos pelas classes de sistemas de órgãos (SOC) e pela frequência. Além disso, os EAs observados durante a experiência pós-comercialização são mencionados com frequência desconhecida.
As reações adversas observadas nos estudos clínicos estão apresentadas de acordo com a sua incidência, enquanto as reações adversas pós-comercialização estão apresentadas na coluna “frequência desconhecida”.
Sistemas de órgãos | Comum (≥ 1/100 e < 1/10) | Incomum (≥ 1/1000 e ≤ 1/100) | Frequência desconhecida |
Distúrbios do sangue e do sistema linfático | Coagulação intravascular disseminada | ||
Distúrbios do sistema imunológico | Reação anafilática; Hipersensibilidade | ||
Distúrbios do sistema nervoso | Dor de cabeça | ||
Distúrbios cardíacos | Distúrbio da frequência cardíaca fetal 1* | ||
Distúrbios vasculares | Hipotensão | ||
Distúrbios respiratórios, torácicas e do mediastino | Condições relacionadas ao desconforto respiratório neonatal | ||
Distúrbios gastrointestinais | Dor abdominal, náuseas, vômitos, diarréia | ||
Distúrbios hepatobiliares | Hiperbilirrubinemia neonatal | ||
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo | Prurido | ||
Gravidez, puerpério e condições perinatais | Trabalho de parto anormal que afeta o feto 2* ; contrações uterinas anormais 4* ; mecônio em líquido amniótico | Hemorragia pós-parto; descolamento prematuro de placenta; apgar baixo; trabalho de parto prolongado; corioamnionite; atonia uterina | Síndrome anafilactoide da gravidez; síndrome do desconforto fetal 3* |
Distúrbios do sistema reprodutor e da mama | Sensação de queimadura vulvovaginal | Edema genital | |
Distúrbios gerais e alterações no local de administração | Doenças febris | ||
Lesões, intoxicação e complicações de procedimento | Ruptura uterina |
1* "Distúrbio da frequência cardíaca fetal" foi relatado em estudos clínicos como: "anormalidades da frequência cardíaca fetal", "bradicardia fetal", "taquicardia fetal", "ausência inexplicada de variabilidade normal", "diminuição da frequência cardíaca fetal", "frequência cardíaca fetal desacelerada", "desacelerações precoces ou tardias", "desacelerações variáveis", "desacelerações prolongadas".
2* "Trabalho de parto anormal que afeta o feto" como expressão da síndrome de hiperestimulação foi relatado em estudos clínicos como: "taquissistolia uterina" combinada com "desacelerações tardias", "bradicardia fetal" ou "desacelerações prolongadas".
3* "Síndrome do desconforto fetal " também foi relatado como "acidose fetal", "CTG patológico", "anormalidades da frequência cardíaca fetal", "hipóxia intrauterina" ou "asfixia ameaçadora". O termo em si é inespecífico, tem um baixo valor preditivo positivo e frequentemente está associado a um bebê que está em boas condições ao nascer.
4* "Contrações uterinas anormais" foram relatadas como "hiperestimulação uterina" e "hipertonia uterina".
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
10 mg de dinoprostona
Excipientes: Polímero de hidrogel (composto por macrogol 8000; 1,2,6-hexanotriol; 4,4 - diisocianato de diciclohexilmetano e cloreto férrico) e sistema de remoção de poliéster.
Cartucho com 1, 2 ou 5 pessários de uso vaginal, de dose única e liberação controlada, com 10 mg de dinoprostona
Uso adulto.
Via vaginal.
Tanto a superdosagem como a hipersensibilidade podem levar à hiperestimulação da musculatura uterina com ou sem desconforto fetal. Se ocorrer sofrimento fetal, remova Propess ® imediatamente, devendo a paciente ser tratada de acordo com método de tratamento do hospital.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Não foram realizados estudos dedicados de interação com Propess ® .
Pacientes que já estejam recebendo drogas ocitócicas por via intravenosa somente devem receber dinoprostona em circunstâncias excepcionais e com cuidado, pois as prostaglandinas potencializam o efeito uterotônico das drogas ocitócicas. Não é recomendado o uso concomitante de Propess ® em pacientes recebendo ocitócicos.
Antes da administração de dinoprostona, o uso de drogas anti-inflamatórias não-esteroidais, incluindo ácido acetilsalicílico, deve ser interrompido.
Um intervalo de no mínimo 30 minutos é recomendado para uso seqüencial de ocitocina após a remoção do pessário vaginal.
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de Propess ® em exames laboratoriais.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde
Estudos comprovam que:
As prostaglandinas têm sido utilizadas na indução de trabalho de parto desde 1960; foram realizados estudos comparando formulações de prostaglandinas vaginais com o objetivo de determinar os efeitos e eficácia da prostaglandina E2, para a maturação cervical no terceiro trimestre. Nesta meta-análise concluiu-se que o uso da prostaglandina E2 por via vaginal ocasionou melhora significante na maturação cervical num período compreendido entre 24-48 horas, refletindo assim, uma taxa de natalidade maior dentro das 24, horas sem a necessidade de parto cesárea.
Outro estudo mostra que nos Estados Unidos da América, o uso de prostaglandinas na indução de trabalho de parto vem sendo intensamente analisado como um meio de reduzir custos associados com partos cesáreas, pois com o uso do pessário vaginal de liberação controlada há uma taxa de falha de tratamento muito baixa e satisfatória indução de trabalho de parto; além do importante fato dos efeitos adversos maternos serem raros.
Devido a estes pontos o pessário vaginal mostra-se uma alternativa terapêutica benéfica.
Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) contém dinoprostona que é uma Prostaglandina E2. As prostaglandinas são substâncias naturalmente presentes em baixas concentrações em muitos tecidos humanos e atuam como hormônios locais. A Prostaglandina E2 tem um papel importante nas alterações dos complexos bioquímicos e estruturais envolvidos na maturação cervical. A maturação cervical envolve um relaxamento marcante das fibras musculares lisas do colo uterino cuja maturação deve ser transformada de uma estrutura rígida para uma configuração suave e dilatada que permita a passagem do feto pelo canal de parto. Este processo envolve a ativação da enzima colagenase que é responsável pela quebra do colágeno .
Os efeitos farmacológicos das prostaglandinas e particularmente PGE2 têm sido amplamente investigados nos últimos anos e especificamente a esta apresentação, no controle da indução do parto, uma vez que induz a contração uterina. Porém a ação deste medicamento não é indicada para mulheres em parto cesariano ou que já passaram anteriormente por tal situação.
Estudos pré-clínicos têm demonstrado que a dinoprostona é uma substância de ação local que é rapidamente inativada e, portanto, não há evidências de toxicidade sistêmica significativa.
Os polímeros de hidrogel e poliéster são componentes inertes com boa tolerabilidade local.
Toxicidade reprodutiva, efeitos genotóxicos ou carcinogênicos dos polímeros não têm sido investigados, porém a exposição sistêmica é insignificante.
É sabido que as prostaglandinas agem como hormônios locais e são primariamente metabolizadas em seu local de síntese. Qualquer prostaglandina que escape da inativação local é rapidamente retirada da circulação sanguínea com meia-vida estimada de 1-3 minutos.
Nenhuma correlação pode ser estabelecida entre a liberação de PGE2 e concentrações plasmáticas de seu metabólito, PGEm. Também não pode ser determinada a contribuição relativa da liberação de PGE2 de fontes endógenas e exógenas para o nível plasmático do metabólito PGEm.
O reservatório de 10 mg de dinoprostona serve para manter a liberação constante e controlada. A taxa de liberação é de aproximadamente 0,3 mg por hora durante 24 horas em mulheres com membranas intactas, porém, em mulheres com ruptura prematura de membranas a liberação é maior e mais variável. Dinoprostona (substância ativa deste medicamento) libera dinoprostona no tecido cervical continuamente a uma taxa que permite que a maturação cervical progrida até seu estágio completo e com a facilidade de remover a fonte de dinoprostona quando o médico decidir que a maturação cervical está completa ou o parto iniciado, quando a dinoprostona não mais é necessária.
Propess ® deve ser armazenado fechado, no sachê de alumínio em temperatura entre -10ºC e -20ºC, até imediatamente antes do uso. O transporte do produto em condições refrigeradas (entre 2°C e 8°C) pode ser realizado em até no máximo 30 dias.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Pessário vaginal de polímero semitransparente, fino e plano, de forma retangular, com ângulos arredondados contidos no interior de um dispositivo de remoção constituído por uma malha trançada de poliéster.
Cada sistema de remoção, dentro do qual é alojado cada pessário, consiste de uma bolsa trançada de poliéster e uma fita de retirada, que possibilita uma remoção fácil e segura do pessário quando as necessidades de PGE2 da paciente forem atingidas ou um evento obstétrico determine a necessidade de interromper a administração adicional da droga.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações abaixo. Caso não esteja seguro a respeito de determinado item, favor informar ao seu médico.
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.
M.S.: 1.2876.0013
Farm. Resp.:
Silvia Takahashi Viana
CRF/SP 38.932
Fabricado por:
Ferring Controlled Therapeutcis Limited
East Kildride G74 5PB, Escócia
Importado, comercializado e registrado por:
Laboratórios Ferring Ltda.
Praça São Marcos, 624 05455-050
São Paulo – SP
CNPJ: 74.232.034/0001-48
SAC:
0800 772 4656