Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Mircera ® é usado para tratar a anemia provocada por doença renal crônica (DRC) e pode ser usado se você estiver sendo submetido à diálise ou não.
Mircera ® é um medicamento produzido por engenharia genética. Como o hormônio natural eritropoietina, Mircera ® aumenta o número de glóbulos vermelhos do sangue, aumentando também a quantidade da proteína responsável pelo transporte de oxigênio, chamada hemoglobina.
Em comparação com outros medicamentos semelhantes, chamados de agentes estimulantes da eritropoiese, Mircera ® pode permanecer em seu organismo por um período mais prolongado.
Dessa maneira, menos injeções são necessárias para o seu tratamento.
O efeito máximo de estimulação da produção de glóbulos vermelhos ocorre em média no oitavo dia após a administração subcutânea ou intravenosa.
Mircera ® não contém conservante e, portanto, deve ser usado somente para uma aplicação. Não utilizar a seringa preenchida para mais de uma dose.
Sempre aplique Mircera ® exatamente como seu médico orientou. Você deve consultar seu médico, se não tiver certeza.
O tratamento com Mircera ® deve ser iniciado sob supervisão de um profissional da saúde. Injeções posteriores podem ser aplicadas por um profissional da saúde ou, depois de ter sido treinado, você mesmo pode injetar Mircera ® .
Mircera ® pode ser injetado sob a pele, no abdome, no braço ou na coxa, ou em uma veia. Seu médico decidirá qual a melhor opção para você.
Seu médico deverá realizar exames de sangue regularmente, para acompanhar como sua anemia está respondendo ao tratamento, medindo seu nível de hemoglobina.
Se você não está sendo tratado com eritropoietina no momento, a dose inicial recomendada de Mircera ® é de 0,6 mcg para cada quilo de peso corporal. A dose deve ser administrada uma vez a cada duas semanas, em uma única injeção.
Seu médico pode aumentar ou reduzir sua dose ou suspender temporariamente seu tratamento para ajustar seu nível de hemoglobina, conforme apropriado para você, atendendo as recomendações científicas. Alterações de doses não serão realizadas com frequência maior que uma vez por mês.
Depois que sua anemia estiver corrigida, seu médico pode alterar sua administração para uma vez por mês.
Se você está sendo tratado com eritropoietina atualmente, seu médico pode substituir seu medicamento atual por Mircera ® . Seu médico decidirá tratar você com Mircera ® administrado em injeção única uma vez por mês ou a cada duas semanas. Seu médico vai calcular sua dose inicial de Mircera ® , com base na última dose de seu medicamento anterior. A primeira dose de Mircera ® será aplicada no dia planejado para injeção de seu medicamento prévio.
Seu médico pode aumentar ou reduzir sua dose ou suspender temporariamente seu tratamento para ajustar sua hemoglobina a um nível adequado para você, atendendo as recomendações científicas. Alterações de dose não devem ser feitas com frequência maior que uma vez por mês.
Se você aplicar mais Mircera ® do que deveria, entre em contato com seu médico, pois pode ser necessário realizar alguns exames de sangue e interromper seu tratamento.
Se você esquecer uma dose de Mircera ® , aplique a dose perdida assim que se lembrar e fale com seu médico sobre quando usar as doses seguintes.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Sempre aplique Mircera ® exatamente como seu médico orientou.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que estejam amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Mircera ® não foi estudado na gravidez ou em mulheres que estejam amamentando. Informe ao seu médico se estiver grávida, se achar que está grávida ou quiser engravidar. Seu médico vai considerar qual o melhor tratamento para você durante a gravidez.
Informe ao seu médico se estiver amamentando ou se pretende amamentar. Seu médico dará orientação sobre o aleitamento e o tratamento.
Não foram realizados estudos dos efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Contudo, Mircera ® não deve afetar sua capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.
Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Mircera ® pode provocar efeitos colaterais.
Um efeito colateral comum (que ocorre em menos de um a cada dez pacientes) é a elevação da pressão arterial.
Tromboses de acesso vascular (trombos de sangue em seu acesso de diálise).
Durante estudos clínicos, os pacientes apresentaram uma discreta redução do número de plaquetas. Alguns pacientes ficaram com número de plaquetas abaixo do valor considerado normal. Devido à possibilidade de ocorrência desse efeito colateral, seu médico fará uma verificação rotineira do número de plaquetas.
Em caso de alguma reação adversa, informe ao seu médico.
Atenção: este é um medicamento novo, e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Nesse caso, informe ao seu médico.
Betaepoetina-metoxipolietilenoglicol 50 mcg.
Betaepoetina-metoxipolietilenoglicol 75 mcg.
Betaepoetina-metoxipolietilenoglicol 100 mcg.
Betaepoetina-metoxipolietilenoglicol 200 mcg.
Excipientes: L-metionina, sulfato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, manitol , poloxâmer 188, ácido clorídrico, hidróxido de sódio, água para injeção.
Princípio ativo: betaepoetina-metoxipolietilenoglicol*.
*A substância ativa, betaepoetina-metoxipolietilenoglicol, é um conjugado covalente de uma proteína produzida por tecnologia de DNA recombinante em células ovarianas de hamster chinês e um metoxipolietilenoglicol (PEG) linear. Isso resulta em uma molécula de peso molecular aproximado de 60 kDa. A concentração da dose em mcg indica a quantidade do componente proteico da molécula de betaepoetina-metoxipolietilenoglicol, sem considerar a glicosilação.
Caixa com 1 seringa preenchida de 0,3 mL, com 50, 75, 100 ou 200 mcg de betaepoetina-metoxipolietilenoglicol.
Uso adulto.
A variação da quantidade do medicamento Mircera ® no sangue pode ser ampla. A superdosagem pode resultar em um efeito exagerado, por exemplo, aumento excessivo de hemoglobina. Em caso de níveis excessivos de hemoglobina, Mircera ® deve ser temporariamente interrompido e pode ser necessária a retirada de uma quantidade de sangue pela veia (flebotomia), com o objetivo de diminuir a concentração de hemoglobina no sangue. Informe imediatamente seu médico caso ocorra superdosagem.
Não foram realizados estudos específicos de interação entre Mircera ® e outros medicamentos. Os resultados de estudos clínicos não indicam nenhuma interação de Mircera ® com outros medicamentos. Alimentos e bebidas não afetam Mircera ® .
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Em dois estudos randomizados controlados (BA16738 e NH20052), incluindo pacientes com DRC não submetidos à diálise, Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol atingiu correção de anemia em 97,5% e 94,1% dos pacientes, respectivamente.
Durante as primeiras oito semanas de tratamento, a proporção de pacientes que apresentaram um nível de hemoglobina maior que 13 g/dL foi de 11,4% no grupo Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol e 34%(1) no grupo de alfadarbepoetina no estudo BA16738, enquanto que a proporção correspondente de pacientes que apresentaram nível de hemoglobina maior que 12 g/dL foi de 25,8% no grupo de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol e 47,7% no grupo de alfadarbepoetina no estudo NH20052.(8) Em um estudo controlado randomizado em pacientes com DRC submetidos à diálise, 93,3% dos pacientes conseguiram atingir a correção da anemia com Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol.
Quatro estudos controlados randomizados foram realizados em pacientes submetidos à diálise em tratamento com alfadarbepoetina ou epoetina. Os pacientes foram randomizados para permanecer com seu tratamento em andamento ou trocar para Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol para atingir níveis estáveis de hemoglobina. No período de avaliação (semana 29 a 36), o nível médio e mediano de hemoglobina em pacientes tratados com Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol foi virtualmente idêntico ao nível basal de hemoglobina.
Em um estudo controlado, aberto, multicêntrico, 490 pacientes (245 por braço de estudo) foram randomizados para comparar a eficácia e segurança de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol com alfadarbepoetina no tratamento de manutenção da anemia em pacientes com DRC submetidos à diálise.
A proporção de respondedores foi significantemente maior em pacientes tratados com Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol uma vez por mês do que com alfadarbepoetina uma vez por mês (p 10,5 g/dL e uma média de redução em relação ao nível basal individual não excedendo 1,0 g/dL durante o período de avaliação.
Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol é um ativador contínuo de receptor de eritropoietina de síntese química. Betaepoetinametoxipolietilenoglicol difere da eritropoietina pela integração de uma ponte amido entre o grupo amino terminal-N ou o grupo ε-amino da lisina, predominantemente Lys52 e Lys45 e ácido metoxipolietilenoglicol butanóico. Isto resulta em peso molecular de aproximadamente 60.000 dáltons para betaepoetinametoxipolietilenoglicol, sendo que a molécula PEG tem peso molecular aproximado de 30.000 dáltons.
Em contraste com a eritropoietina, Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol apresenta uma atividade diferente sobre o receptor, caracterizada por associação mais lenta e dissociação mais rápida do receptor, uma atividade específica reduzida in vitro e uma atividade aumentada in vivo , bem como uma meia-vida aumentada. Essas propriedades farmacológicas diferenciais são relevantes para possibilitar a administração mensal de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol.
Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol estimula a eritropoiese pela interação com o receptor de eritropoietina nas células precursoras na medula óssea. Como o fator de crescimento primário para o desenvolvimento eritroide, o hormônio natural eritropoietina é produzido no rim e liberado na corrente sanguínea em resposta à hipóxia. Em resposta à hipóxia, o hormônio natural eritropoietina interage com as células precursoras eritroides, aumentando a produção de hemácias.
Após a administração de uma dose única de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol em pacientes com DRC, o início do aumento do nível da hemoglobina (definido como um aumento de 0,4 g/dL a partir do basal) foi observado de 7 a 15 dias após a primeira dose de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol.
Nos pacientes, as propriedades farmacocinéticas e farmacológicas permitem a administração mensal de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol, devido à meia-vida de eliminação prolongada. A meia-vida de eliminação depois da administração IV de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol é de 15 a 20 vezes mais prolongada do que a da eritropoietina humana recombinante.
A farmacocinética de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol foi estudada em voluntários sadios e pacientes anêmicos com doença renal crônica (DRC), incluindo pacientes submetidos ou não à diálise.
Em pacientes com DRC, a depuração e o volume de distribuição da betaepoetina-metoxipolietilenoglicol não foram dose-dependentes.
Em pacientes com DRC, a farmacocinética do Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol foi estudada depois da primeira dose e depois de administrações na semana 9 e na semana 19 ou 21. A administração de doses múltiplas não teve nenhum efeito sobre a depuração, o volume de distribuição ou a biodisponibilidade da betaepoetina-metoxipolietilenoglicol. Depois da administração a cada 4 semanas em pacientes com DRC, não houve acúmulo significativo de betaepoetina-metoxipolietilenoglicol, como demonstrado por uma razão de acúmulo de 1,03. Depois da administração a cada duas semanas, a razão de acúmulo foi de 1,12.
Uma comparação entre concentrações séricas de betaepoetina-metoxipolietilenoglicol, dosadas antes e depois da hemodiálise em 41 pacientes com DRC, mostrou que a hemodiálise não teve nenhum efeito sobre a farmacocinética da betaepoetina-metoxipolietilenoglicol.
Uma análise em 126 pacientes com DRC mostrou que não há diferença farmacocinética entre pacientes em diálise e pacientes não submetidos à diálise.
Os resultados de um estudo em 42 voluntários sadios indicaram que o local de injeção subcutânea (abdome, braço ou coxa) não tem nenhum efeito clinicamente relevante sobre farmacocinética, farmacodinâmica ou tolerabilidade local de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol. Com base nesses resultados, os três locais são considerados adequados para injeção subcutânea de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol.
Depois da administração SC a pacientes com DRC, as concentrações séricas máximas de betaepoetinametoxipolietilenoglicol foram observadas após 72 horas (valor mediano) em pacientes em diálise e após 95 horas em pacientes não submetidos à diálise.
A biodisponibilidade absoluta de betaepoetina-metoxipolietilenoglicol depois da administração SC foi de 62% e 54%, em pacientes submetidos ou não à diálise, respectivamente.
Um estudo em 400 pacientes com DRC mostrou que o volume de distribuição de betaepoetinametoxipolietilenoglicol é de, aproximadamente, 5 litros.
Depois da administração IV em pacientes com DRC, t½ para betaepoetina-metoxipolietilenoglicol foi de 134 horas (ou 5,6 dias) e a depuração total sistêmica foi de 0,494 mL/h por kg. Depois da administração SC, a meia-vida terminal de eliminação (t½) foi de 139 horas nos pacientes em diálise e 142 horas em pacientes não submetidos à diálise.
A farmacocinética de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol é semelhante em pacientes com insuficiência hepática grave e indivíduos sadios.
Análises populacionais avaliaram os potenciais efeitos das características demográficas sobre a farmacocinética de Betaepoetina + Metoxipolietilenoglicol. Resultados dessas análises mostraram que não são necessários ajustes da dose inicial para idade, sexo ou raça.
Uma análise farmacocinética populacional também mostrou nenhuma diferença farmacocinética entre pacientes em diálise e não submetidos à diálise.
Conserve sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8 ºC). Não congele.
Mantenha a seringa preenchida dentro do cartucho para proteger da luz.
Você pode retirar as seringas preenchidas de Mircera ® do refrigerador e guardar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) durante um mês e em apenas uma ocasião. Depois de retirado do refrigerador, você deve usá-lo dentro do período de um mês.
Mircera ® contém uma solução translúcida, incolor a levemente amarelada e isenta de partículas visíveis.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.
MS – 1.0100.0654
Farm. resp.:
Guilherme N. Ferreira
CRF-RJ nº 4288
Fabricado para:
F. Hoffmann-La Roche Ltd, Basileia, Suíça
Por Roche Diagnostics GmbH, Mannheim, Alemanha
Embalado por:
Vetter Pharma-Fertigung GmbH & Co KG,
Ravensburg, Alemanha
Ou
Por Roche Diagnostics GmbH,
Mannheim, Alemanha
Registrado, importado e distribuído no Brasil por:
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2.020
CEP 22775-109 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.009.945/0023-39
Serviço Gratuito de Informações:
0800 7720 289 R
Uso restrito a hospitais.
Venda sob prescrição médica.
Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho.