Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
O modo pelo qual Lemtrada ajuda na esclerose múltipla não é conhecido, mas pode envolver um efeito sobre o sistema imunológico, através da diminuição de linfócitos (um tipo de célula branca do sangue). O nível mais baixo de linfócitos foi observado um mês depois do tratamento. Lemtrada age no seu sistema imunológico para que ele não ataque tanto o seu sistema nervoso.
Você receberá Lemtrada através de uma injeção na veia, por uma linha de infusão. A administração de uma dose completa em cada dia demora cerca de quatro horas. Você receberá Lemtrada em dois ciclos de tratamento. Em geral, você receberá Lemtrada durante cinco dias para o primeiro ciclo de tratamento e, então, durante três dias aproximadamente um ano depois (segundo ciclo de tratamento).
Caso seu médico julgue necessário, você poderá receber ciclos de tratamento adicionais. O terceiro ou quarto ciclo de tratamento será(ão) administrado(s) durante 3 dias, exatamente um ano depois do ciclo de tratamento anterior.
O seu médico irá retirar 1,2 mL de Lemtrada do frasco-ampola e injetar em 100 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9% ou glicose a 5% em água. O seu médico irá inverter gentilmente a bolsa para misturar a solução. Lemtrada não contém conservantes antimicrobianos e, portanto, o seu médico deve tomar cuidado para garantir a esterilidade da solução preparada. Cada frasco-ampola é para uso único. O produto diluído deve ser usado imediatamente após a diluição.
Lemtrada deve ser administrada em um ambiente no qual estejam disponíveis equipamentos e pessoal para gerenciar de forma apropriada anafilaxia , reações graves à infusão, isquemia miocárdica, infarto do miocárdio e reações adversas cerebrovasculares.
O seu médico irá solicitar exames de sangue antes de iniciar Lemtrada, continuando por quatro anos depois da última infusão de Lemtrada. É importante que você faça este exame de acordo com o esquema recomendado, para que o profissional de saúde possa observar os sinais e sintomas de efeitos colaterais autoimunes, de forma que o tratamento possa ser feito rapidamente, se necessário.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você não puder comparecer ao hospital ou a clínica médica para receber a dose de Lemtrada nas datas programadas, converse com seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Antes do tratamento, o seu médico deve informar de forma educativa sobre os riscos e os benefícios, bem como a necessidade de se comprometer por até 48 meses de acompanhamento depois da última infusão de Lemtrada no segundo ciclo de tratamento.
Se um ciclo de tratamento adicional for administrado, continuar o acompanhamento de segurança por até 48 meses depois da última infusão. Você deve observar os sintomas que podem ocorrer (vide seção abaixo) e imediatamente procure ajuda médica se tiver qualquer preocupação.
É importante que você siga a solicitação do seu profissional de saúde para realizar exames regulares de sangue e urina de forma que, se ocorrerem efeitos colaterais associados ao Lemtrada, eles possam ser reconhecidos cedo e tratados prontamente. É muito importante que você continue a realizar estes exames durante quatro anos após sua última infusão de Lemtrada, mesmo se você estiver se sentindo bem (sem sintomas ou efeitos colaterais), e se seus sintomas da esclerose múltipla estiverem sob controle. Uma vez que estes efeitos colaterais podem ocorrer muitos anos após seu tratamento com Lemtrada e podem (em casos raros) oferecer risco de vida, é muito importante que você continue a seguir a solicitação do profissional de saúde para realizar exames regulares de sangue e urina e observar o aparecimento de sintomas.
O sistema imunológico do seu corpo produz substâncias denominadas de anticorpos , que ajudam a combater as infecções. Os efeitos colaterais autoimunes são doenças que ocorrem quando o seu corpo produz anticorpos contra ele mesmo. O tratamento com Lemtrada pode resultar na formação de autoanticorpos e aumento do risco de condições mediadas por autoimunidade, que podem ser graves e com risco de vida. Lemtrada pode fazer o seu corpo desenvolver anticorpos que têm como alvo certos órgãos, tais como a tireoide . Estes anticorpos podem levar ao desenvolvimento de efeitos colaterais como distúrbios da tireoide, púrpura trombocitopênica idiopática (PTI ou nível baixo de plaquetas), ou, em casos raros, doenças nos rins, hepatite autoimune, hemofilia adquirida A e púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) (alteração rara do sangue e com risco de morte onde o paciente apresenta formação e diminuição do número de plaquetas, anemia , alterações vasculares, neurológicas e/ou renais). No período pós-comercialização, foram observados pacientes que desenvolveram distúrbios autoimunes múltiplos após o tratamento com Lemtrada.
Os pacientes que desenvolvem autoimunidade devem ser avaliados quanto a outras condições mediadas por autoimunidade. Pacientes e médicos devem ser informados do potencial aparecimento tardio de distúrbios autoimunes após o período de monitoramento de 48 meses.
Ninguém pode prever quem irá desenvolver um efeito colateral autoimune. A realização de exames regulares de laboratório e estar ciente dos sinais e sintomas podem ajudar na detecção e no diagnóstico precoce, que podem proporcionar a melhor chance de melhora.
Incomumente, pacientes desenvolveram um distúrbio hemorrágico causado por anticorpos que atuam contra o fator VIII (uma proteína necessária para a coagulação normal do sangue), denominado Hemofilia adquirida A, após receber Lemtrada.
Esta condição deve ser diagnosticada e tratada imediatamente. Os sintomas da hemofilia adquirida A são hematomas espontâneos, hemorragias nasais, articulações doloridas ou inchadas, outros tipos de sangramento ou sangramento de um corte que pode levar mais tempo do que o normal para parar.
Lemtrada pode causar uma doença conhecida como PTI, que resulta da diminuição do número de plaquetas no sangue. As plaquetas são necessárias para a coagulação normal do sangue. A PTI pode provocar sangramento sério que, se não tratado, pode levar a complicações graves da saúde e, possivelmente, à morte. Se detectada cedo, geralmente a PTI é tratável. O seu médico irá solicitar um exame de sangue antes de iniciar Lemtrada e uma vez por mês depois do ciclo inicial de tratamento, e continuar por mais quatro anos depois da última infusão de Lemtrada. Este exame de sangue ajudará o seu médico a observar as alterações na sua contagem de plaquetas a fim de identificar este efeito colateral precocemente.
Entre em contato imediatamente com o seu médico se você apresentar algum destes sinais ou sintomas. Se não for possível encontrá-lo, procure atendimento médico imediatamente.
A tireoide é uma glândula encontrada na parte inferior do pescoço. Esta glândula produz hormônios que são importantes para o seu organismo todo. Lemtrada pode provocar o aparecimento de distúrbios da tireoide, incluindo uma glândula tireoide hiperativa ou hipoativa. Em geral, os distúrbios da tireoide são tratáveis, embora eles possam necessitar de tratamento para o resto da vida. O seu médico irá solicitar um exame de sangue antes de iniciar Lemtrada e a cada três meses depois do ciclo inicial do seu tratamento, continuando durante quatro anos depois da última infusão de Lemtrada. Após esse período de tempo, o teste deve ser realizado com base em achados clínicos sugestivos de disfunção da tireoide ou em caso de gravidez. Este exame de sangue irá auxiliar o profissional de saúde a detectar precocemente a doença da tireoide.
Converse com seu médico se você estiver planejando ficar grávida ou se você engravidar depois de receber Lemtrada, pois a doença da tireoide não tratada pode prejudicar você ou o seu bebê em desenvolvimento.
Lemtrada pode causar uma doença conhecida como doença antimembrana basal glomerular. A doença antimembrana basal glomerular é um efeito colateral autoimune, que pode resultar em lesão grave dos rins. Ela pode também danificar os pulmões, embora isto não tenha sido observado em estudos clínicos com Lemtrada. A doença antimembrana glomerular basal pode causar insuficiência renal, exigindo diálise e/ou transplante se não for tratada rapidamente e pode causar risco de vida se não for tratada. O seu médico irá solicitar um exame de sangue antes de iniciar Lemtrada e uma vez por mês depois do ciclo inicial do seu tratamento, continuando durante quatro anos depois da sua última infusão de Lemtrada. Adicionalmente, um exame de urina será solicitado mensalmente depois do ciclo inicial do seu tratamento com Lemtrada, continuando por quatro anos depois da sua última infusão de Lemtrada. Ambos os testes irão auxiliar o seu médico a observar os sinais de doença dos rins para identificar este efeito colateral precocemente. O paciente deve ser lembrado de permanecer vigilante quanto a sintomas que possa apresentar e de procurar ajuda médica imediata se tiver alguma preocupação. Entre em contato com o seu profissional de saúde imediatamente, caso você apresentar algum dos seguintes sinais ou sintomas sangue na urina (urina de cor vermelha ou cor de chá), transpiração nas pernas ou pés ou tosse com sangue.
Se não for possível encontrar seu médico, procure atendimento médico imediatamente.
Lemtrada é um medicamento que diminui o número de algumas células brancas do sangue por um período depois do tratamento. Em geral, estas células brancas retornam aos níveis normais com o tempo. As pessoas com número reduzido de células brancas do sangue podem apresentar um risco aumentado de desenvolver infecções sérias.
Infecções sérias podem ocorrer se você tomar Lemtrada.
Infecções por citomegalovírus foram relatadas em pacientes tratados com Lemtrada e uso concomitante de corticosteroides. A maioria dos casos ocorreu dentro de 2 meses após a administração do alentuzumabe. Em pacientes sintomáticos, a avaliação clínica deve ser realizada para infecção por citomegalovírus durante e por pelo menos dois meses após cada ciclo de tratamento com Lemtrada.
Você pode precisar ir ao hospital para tratamento se você desenvolver uma infecção séria. É importante informar ao pessoal do pronto-socorro, que você recebeu Lemtrada.
Se você apresentar sinais ou sintomas de uma infecção ativa, é importante informar ao seu médico.
Lemtrada pode aumentar as chances de você desenvolver inflamação da vesícula biliar. Esta pode ser uma condição médica séria, que pode ser fatal.
Alguns pacientes desenvolveram inflamação do fígado depois que receberam o Lemtrada. A inflamação do fígado pode ser diagnosticada a partir dos exames sanguíneos que você estará realizando regularmente após o tratamento com Lemtrada. Se desenvolver náuseas, vômitos , dor abdominal, fadiga , perda de apetite, pele ou olhos amarelos e/ou urina escura, ou hemorragia ou hematomas mais facilmente que o normal, comunique ao seu médico.
Casos de hepatite autoimune (incluindo casos fatais e casos que requerem transplante de fígado) causando lesão hepática clinicamente significativa, incluindo insuficiência hepática aguda que requer transplante, foi relatada em pacientes tratados com Lemtrada no período pós-comercialização. Se um paciente desenvolver sinais clínicos, incluindo elevações inexplicadas das enzimas hepáticas ou sintomas sugestivos de disfunção hepática (por exemplo, náuseas, vômitos, dor abdominal, fadiga, anorexia (perda de apetite) ou icterícia (pele ou olhos amarelos) inexplicáveis e/ou urina escura), medir prontamente as transaminases séricas e a bilirrubina total e é recomendado interromper ou descontinuar o tratamento com Lemtrada. Testes de função hepática devem ser realizados antes do tratamento inicial e em intervalos mensais até pelo menos 48 meses após a última infusão. Os pacientes devem ser informados sobre o risco de hepatite autoimune e sintomas relacionados.
A maioria dos pacientes tratados com Lemtrada apresentará efeitos colaterais no momento da infusão ou dentro de 24 horas após a infusão.
Também foram notificados casos de reações de infusão raras, mas graves, incluindo hemorragias nos pulmões, aperto no peito/dor ou desconforto, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou rompimento nos vasos sanguíneos que suprem o cérebro e trombocitopenia (nível reduzido de plaquetas), que devem ser comunicadas ao seu médico. Para tentar minimizar estas reações, seu médico irá administrar outros medicamentos (como corticosteroides e, possivelmente, anti-histamínicos e/ou medicamentos para combater a febre), antes de iniciar a aplicação de Lemtrada. As reações podem ocorrer seguidas de qualquer dose durante o curso do tratamento. Na maioria dos casos, as reações ocorreram dentro de 1-3 dias após a infusão. Se você apresentar algum destes sintomas, informe seu médico imediatamente.
Em pacientes com documentação disponível, observou-se que houve aumento da pressão sanguínea desde a linha de base, antes da hemorragia. Não havia fatores de risco óbvios na maioria dos pacientes.
Observou-se que em alguns pacientes, a pressão sanguínea e/ou a frequência cardíaca foram temporariamente anormais durante a infusão. Não havia fatores de risco óbvios na maioria dos pacientes.
Foram relatados casos de dissecções arteriais cervicocefálicas, incluindo dissecções múltiplas, nos primeiros dias após a infusão de Lemtrada ou posteriormente, dentro do primeiro mês após a infusão.
Os casos relatados de eventos associados temporalmente não foram relacionados à doença antimembrana basal glomerular (síndrome de Goodpasture).
A trombocitopenia ocorreu nos primeiros dias após a infusão (diferentemente da PTI). Foi frequentemente autolimitante e relativamente leve, embora a gravidade e o desfecho fossem desconhecidos em muitos casos.
É recomendado que seu médico monitore você durante e por pelo menos duas horas após a infusão com Lemtrada, a fim de verificar se você desenvolve algum desses sintomas. O seu médico irá monitorar os sinais vitais, inclusive pressão sanguínea, antes e durante a infusão. Tempo de observação estendido deve ser considerado, conforme apropriado.
A incidência de reações associadas à infusão foi maior no primeiro ciclo do que no ciclo subsequente.
Informe ao profissional de saúde sobre todos os medicamentos que você está tomando, incluindo medicamentos de venda sob prescrição ou sem prescrição, vitaminas e suplementos fitoterápicos .
Saiba quais medicamentos você toma. Mantenha uma lista deles para mostrar ao seu profissional de saúde e farmacêutico quando você retirar um novo medicamento.
Algumas pessoas tiveram acidentes vasculares cerebrais graves ou potencialmente fatais ou rompimento nas artérias que fornecem sangue ao cérebro dentro de 3 dias após o recebimento do Lemtrada.
O tratamento com Lemtrada pode aumentar o risco de ativação excessiva de células brancas do sangue (células que combatem infecções) associadas a inflamação (linfohistiocitose hemofagocítica), podendo ser fatal se não diagnosticada e tratada em estágios iniciais. Se você apresentar sintomas como febre, glândulas inchadas, hematomas, erupções cutâneas, contate seu médico imediatamente.
Durante o uso pós-comercialização a púrpura trombocitopênica trombótica, doença que pode ser fatal, foi relatada em pacientes tratados com Lemtrada. A PTT é uma condição séria que requer avaliação e tratamento urgentes. PTT pode ser caracterizada por trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas sanguíneas), anemia hemolítica microangiopática (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue em decorrência da destruição prematura dos mesmos), consequências no sistema nervoso, febre e insuficiência renal (redução da função dos rins). A PTT está associada a altas taxas de morbidade (quantidade de pessoas que adquiriram a doença em um determinado período) e mortalidade, caso não reconhecida e tratada precocemente.
Foi relatada leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) com o uso de Lemtrada. LMP é caracterizada por uma progressão de sintomas neurológicos adversos e geralmente leva à morte ou incapacidade grave após semanas ou meses.
LMP foi relatada após a comercialização do medicamento em pacientes com outros fatores de risco, especificamente o tratamento prévio com medicamentos para esclerose múltipla associados à LMP.
É importante o paciente procurar seu médico se desenvolver qualquer sintoma sugestivo de LMP.
Pacientes tratados com Lemtrada tiveram infecções devido a um vírus chamado vírus Epstein-Barr (EBV), incluindo casos com inflamação hepática grave e algumas vezes fatal.
Informe imediatamente o seu médico se tiver sintomas de infecção como febre, glândulas inchadas ou fadiga.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Se você estiver grávida ou amamentando, suspeitar que está grávida ou estiver planejando engravidar, converse com o seu médico antes de tomar este medicamento. Não se sabe se Lemtrada pode prejudicar o bebê antes do nascimento.
Você deve usar métodos de controle de natalidade eficazes durante o tratamento com Lemtrada e durante quatro meses depois de cada ciclo de tratamento com Lemtrada (exceto se o seu médico te informar que isto não é necessário, pois você não pode ter filhos). Isto serve para garantir que não há Lemtrada remanescente no seu organismo, antes de você conceber uma criança.
Se você engravidar depois de receber o tratamento com Lemtrada e apresentar problemas de tireoide durante a gravidez, é necessário um cuidado extra. Os problemas de tireoide podem ser prejudiciais para o bebê.
Não se sabe se Lemtrada passa para o seu leite, mas isto acontece com muitos medicamentos. Você não deve amamentar durante cada ciclo de tratamento com Lemtrada e por quatro meses depois de cada ciclo de tratamento.
A segurança e a eficácia de Lemtrada em crianças com esclerose múltipla e menores de 18 anos de idade, não foram estabelecidas.
Os estudos clínicos de Lemtrada não incluíram pacientes com mais de 61 anos de idade. Não foi determinado se apresentam uma resposta diferente à dos pacientes mais novos.
Lemtrada não foi estudado em pacientes com comprometimento dos rins ou do fígado.
Não há relatos de abuso ou dependência de Lemtrada pelos pacientes.
Como essas reações são relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, nem sempre é possível estimar de forma confiável a sua frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao alentuzumabe.
As seguintes reações adversas foram identificadas durante o uso pós-aprovação de alentuzumabe para o tratamento de formas recorrentes de esclerose múltipla.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Em frasco-ampola de 1,2 mL.
Uso intravenoso.
Uso adulto.
10 mg de alentuzumabe.
Excipientes: edetato dissódico di-hidratado, cloreto de potássio , fosfato de potássio monobásico, cloreto de sódio, fosfato de sódio dibásico, polissorbato 80 e água para injetáveis .
Não há antídoto conhecido para a superdose de alentuzumabe. O tratamento consiste em descontinuação do medicamento e administração de tratamento de suporte.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Não foram conduzidos estudos formais de interação de Lemtrada com outros medicamentos, usando a dose recomendada em pacientes com esclerose múltipla.
Portanto, Lemtrada não deve ser misturado com outros medicamentos na mesma veia.
Lemtrada é administrado por via intravenoso. Portanto, interações com alimentos e bebidas são improváveis.
Não se sabe se o alentuzumabe interfere em algum exame de laboratório clínico de rotina.
Não há informações para sugerir que Lemtrada (alentuzumabe) possa causar doping . Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Alentuzumabe é administrado por via parenteral. Portanto, interações com alimentos e bebidas são improváveis.
A segurança e a eficácia de Alentuzumabe foram avaliadas em três estudos randomizados, avaliador-cego, com comparador ativo, em pacientes com EM.
Os Estudos 1 e 2 (CAMMS32400507 e CAMMS323) recrutaram pacientes com EM que haviam experimentado pelo menos dois episódios durante os dois anos anteriores. Exames neurológicos foram realizados a cada doze semanas e em tempos de suspeita de recidiva. Avaliações por ressonância magnética foram realizadas anualmente. Os pacientes foram acompanhados por dois anos. Em ambos estudos, os pacientes foram randomizados para receber Alentuzumabe 12 mg/dia por infusão intravenosa (IV) administrada uma vez ao dia durante cinco dias no Mês 0 e por três dias no Mês 12 (grupo 12 mg) ou 44 mcg de IFNB-1a por injeção subcutânea (SC) administrada três vezes por semana.
O estudo 1 também incluiu um braço de dose exploratória para Alentuzumabe 24 mg/dia, administrada uma vez ao dia durante cinco dias no Mês 0 e por três dias no Mês 12 (grupo 24 mg/dia). As medidas do desfecho primário para os Estudos 1 e 2 eram a taxa de recidiva anualizada (TRA) durante dois anos e o tempo para o início do “acúmulo sustentado de incapacidade” (ASI), definido como um aumento de pelo menos um ponto na escala expandida do estado de incapacidade (EDSS), a partir de uma pontuação de base ≥ 1,0 (aumento de 1,5 pontos para pacientes com a pontuação basal de EDSS igual a 0) que foi mantido por seis meses.
O Estudo 1 (CAMMS32400507) incluiu pacientes com esclerose múltipla recorrente remitente (EMRR) com EDSS de 0-5, com n = 426 no grupo Alentuzumabe 12 mg e n = 202 no grupo IFNB-1a. A média de idade era 35 anos, a duração média da doença era de 4,5 anos e a pontuação média da EDSS era 2,7 no momento basal. Antes do recrutamento, os pacientes experimentaram pelo menos uma recidiva durante o tratamento com betainterferona ou acetato de glatirâmer, depois de terem sido tratados com estas drogas por pelo menos seis meses. No momento basal, a duração média de exposição às terapias anteriores para EM (≥ 1 droga usada) era de 35 meses no grupo Alentuzumabe 12 mg; 29% haviam recebido ≥ 2 terapias anteriores para EM.
A TRA foi reduzida significantemente em 49% nos pacientes no grupo Alentuzumabe 12 mg em comparação com o IFNB-1a SC durante dois anos. Além disso, o tratamento com Alentuzumabe reduziu significantemente em 42% o risco de ASI em seis meses versus IFNB-1a SC durante dois anos. Os desfechos secundários principais incluíram a variação no escore de base da EDSS e dos parâmetros da ressonância magnética.
A pontuação média da EDSS foi significantemente reduzida em dois anos em pacientes tratados com Alentuzumabe, indicando uma melhora na pontuação da incapacidade, enquanto que a pontuação média da EDSS para os pacientes tratados com IFNB-1a aumentou significantemente em relação ao basal. Comparado com os pacientes tratados com IFNB-1a, os pacientes tratados com Alentuzumabe tinham 2,6 vezes mais probabilidade de atingir uma redução sustentada na incapacidade. Os efeitos do tratamento nos resultados clínicos foram sustentados por efeitos significantes nas medidas da inflamação e progressão da doença por ressonância magnética, incluindo o volume do cérebro. Os resultados são mostrados na Tabela 1 e na Figura 1.
Tabela 1: Principais Resultados Clínicos e da Ressonância Magnética do Estudo 1:
Resultado | ||
Alentuzumabe (N=426) | IFNB-1a SC (N=202) | |
Resultados clínicos | ||
Taxa de recidiva (desfecho co-primário) | ||
TRA (95% IC) | 0,26 (0,21; 0,33) | 0,52 (0,41; 0,66) |
Razão de taxas (95% IC) | 0,51 (0,39; 0,65) | |
Valor-p | <0,0001 | |
Incapacidade (ASI ≥6 meses; desfecho co-primário) | ||
Estimativa de pacientes com ASI em 6 meses (95% IC) | 12,71 (9,89; 16,27) | 21,13 (15,95; 27,68) |
Razão de risco (95% IC) | 0,58 (0,38; 0,87) | |
Valor-p | 0,0084 | |
Proporção de pacientes sem recidiva no Ano 2 (%) | ||
Estimativa (95% IC) | 65,38 (60,65; 69,70) | 46,70 (39,53; 53,54) |
Valor-p | <0,0001 | |
Variação na EDSS de base no Ano 2 | ||
Estimativa (95% IC) | -0,17 (-0,29; -0,05) | 0,24 (0,07, 0,41) |
Valor-p | <0,0001 | |
Redução sustentada na incapacidade (RSI) | ||
Estimativa de pacientes com RSI aos 6 meses (95% IC) | 28,82 (24,18; 34,13) | 12,93 (8,34; 19,77) |
Razão de risco (95% IC) | 2,57 (1,57; 4,20) | |
Valor-p | 0,0002 | |
Resultados da Ressonância Magnética | ||
Variação no volume da lesão em T2-RM do basal para o Ano 2 (%) | -1,27 | -1,23 |
Valor-p | 0,1371 | |
Pacientes com lesões novas ou aumentadas em T2 durante o Ano 2 (%) | 46,2 | 67,9 |
Valor-p | <0,0001 | |
Pacientes com lesões contrastadas com gadolinio durante o Ano 2 (%) | 18,5 | 34,2 |
Valor-p | <0,0001 | |
Pacientes com lesões novas pouco intensas em T1 durante o Ano 2 (%) | 19,9 | 38,0 |
Valor-p | <0,0001 | |
Alteração na Fração Parenquimatosa Cerebral basal para o Ano 2 (%) | -0,615 | |
Valor-p | 0,0121 | -0,810 |
Variação média é apresentada para a EDSS. Variação mediana é apresentada para o volume da lesão em T2-RM e para a Fração Parenquimatosa Cerebral.
Figura 1: Tempo para o Acúmulo Sustentado de Incapacidade aos 6 Meses no Estudo 1:
O Estudo 2 (CAMMS323) incluiu pacientes com EMRR, EDSS de 0-3,0, com n=376 no grupo Alentuzumabe 12 mg e n=187 no grupo IFNB-1a. A média de idade era de 33 anos, a duração média da doença era de dois anos e a pontuação média da EDSS era de 2,0 no basal. Os pacientes não haviam recebido terapia anterior para EM na entrada do estudo.
A TRA foi significantemente reduzida em 55% nos pacientes tratados com Alentuzumabe comparado com o IFNB-1a SC, em dois anos. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos de tratamento no “acúmulo sustentado de incapacidade” em 6 meses; 8% dos pacientes tratados com Alentuzumabe tinham aumento sustentado na pontuação da EDSS comparados com 11% dos pacientes com IFNB-1a.
Os efeitos do tratamento nos resultados clínicos foram suportados por efeitos significantes nas medidas da inflamação e progressão da doença por ressonância magnética, incluindo volume do cérebro. Os resultados são mostrados na Tabela 2.
Tabela 2: Principais Resultados Clínicos e da Ressonância Magnética do Estudo 2:
Resultados | ||
Alentuzumabe (N=376) | IFNB-1a SC (N=187) | |
Resultados clínicos | ||
Taxa de recidiva (desfecho co-primário) | ||
TRA (95% CI) | 0,18 (0,13; 0,23) | 0,39 (0,29; 0,53) |
Razão de taxas (95% IC) | 0,45 (0,32; 0,63) | |
Valor-p | <0,0001 | |
Incapacidade (ASI ≥6 meses; desfecho co-primário) | ||
Estimativa de pacientes com ASI em 6 meses (95% IC) | 8,00 (5,66; 11,24) | 11,12 (7,32; 16,71) |
Razão de risco (95% IC) | 0,70 (0,40; 1,23) | |
Valor-p | 0,2173 | |
Proporção de pacientes sem recidiva no Ano 2 (%) | ||
Estimativa (95% IC) | 77,59 (72,87; 81,60) | 58,69 (51,12; 65,50) |
Valor-p | <0,0001 | |
Variação na EDSS do basal para o Ano 2 | ||
Estimativa (95% IC) | -0,14 (-0,25; -0,02) | -0,14 (-0,29; 0,01) |
Valor-p | 0,4188 | |
Resultados da Ressonância Magnética | ||
Variação no volume da lesão em T2-RM do basal para o Ano 2 (%) | -9,3 (-19,6; -0,2) | -6.5 (-20,7; 2,5) |
Valor-p | 0,3080 | |
Pacientes com lesões novas ou aumentadas em T2 durante o Ano 2 (%) | 48,5 | 57,6 |
Valor-p | 0,0352 | |
Pacientes com lesões contrastadas com gadolinio durante o Ano 2 (%) | 15,4 | 27,0 |
Valor-p | 0,0008 | |
Pacientes com lesões novas pouco intensas em T1 durante o Ano 2 (%) | 24,0 | 31,4 |
Valor-p | 0,0545 | |
Variação na Fração Parenquimatosa Cerebral do basal para o Ano 2 (%) | -0,867 | -1,488 |
Valor-p | <0,0001 |
Variação média é apresentada para a EDSS. Variação mediana é apresentada para o volume da lesão em T2-RM e para a Fração Parenquimatosa Cerebral.
O Estudo 3 (CAMMS223) avaliou a segurança e a eficácia de Alentuzumabe em pacientes com EMRR durante o curso de cinco anos. Os pacientes tinham um EDSS de 0-3,0, pelo menos dois episódios clínicos de EM nos dois anos anteriores e ≥1 lesão contrastada por gadolínio na entrada no estudo. Os pacientes foram tratados com Alentuzumabe 12 mg/dia (n=108) ou 24 mg/dia (n=108), administrado uma vez por dia durante cinco dias no Mês 0 e durante três dias no Mês 12 ou 44 mcg de IFNB-1a SC, administrado três vezes por semana durante três anos. Quarenta e seis pacientes receberam um terceiro ciclo planejado de tratamento com 12 mg/dia ou 24 mg/dia de Alentuzumabe durante três dias no Mês 24.
Em três anos, Alentuzumabe 12 mg reduziu o risco de ASI em seis meses em 76% (razão de risco 0,24 [95% IC: 0,110; 0,545], p>0,0006) e reduziu a TRA em 67% (razão de risco 0,33 [95% IC: 0,196, 0,552], p<0,0001) comparado com o IFNB-1a SC. Em cinco anos, Alentuzumabe 12mg reduziu o risco de ASI em 69% (razão de risco 0,31 [95% IC: 0,161, 0,598], p=0,0005) e reduziu a TRA em 66% (razão de taxas 0,34 [95% IC: 0,202; 0569], p<0,0001) comparado com o IFNB-1a SC.
Alentuzumabe liga-se ao CD52, um antígeno da superfície celular presente em níveis altos em linfócitos T e B e em níveis menores em “células matadoras” ( killer cells ) naturais, monócitos e macrófagos. Há pouco ou nenhum CD52 detectado em neutrófilos, células plasmáticas ou células-tronco da medula óssea. Alentuzumabe atua através da citólise celular dependente de anticorpo e lise mediada por complemento, depois da ligação à superfície celular de linfócitos T e B.
O mecanismo pelo qual Alentuzumabe exerce seu efeito terapêutico na esclerose múltipla é desconhecido, mas pode envolver a imunomodulação através da depleção e repopulação de linfócitos. As pesquisas sugerem que os efeitos imunomoduladores potenciais na EM podem incluir alterações no número, proporções e propriedades de alguns subgrupos de linfócitos pós-tratamento.
Alentuzumabe causa depleção de linfócitos T e B circulantes depois de cada ciclo de tratamento, com os menores níveis observados um mês após um ciclo de tratamento. A repopulação de linfócitos ocorre com o tempo, com recuperação completa das células B, geralmente dentro de seis meses.
As contagens de linfócitos T aumentam mais lentamente em direção ao normal, mas geralmente não retornam ao valor de base, até doze meses pós-tratamento. Aproximadamente 40% dos pacientes tinham contagens totais de linfócitos atingindo o limite inferior da normalidade em seis meses depois de cada ciclo de tratamento, e aproximadamente 80% dos pacientes apresentavam contagem total de linfócitos atingindo o limite inferior da normalidade até doze meses depois de cada ciclo de tratamento. Neutrófilos, monócitos, eosinófilos , basófilos e células matadoras naturais são afetados apenas transitoriamente por Alentuzumabe.
A farmacocinética de Alentuzumabe foi avaliada em um total de duzentos e dezesseis pacientes com EMRR, que receberam infusões IV de 12 mg/dia ou 24 mg/dia por cinco dias consecutivos, seguido por três dias consecutivos, doze meses após o ciclo inicial de tratamento. As concentrações séricas aumentaram com cada dose consecutiva dentro de um ciclo de tratamento, com as maiores concentrações ocorrendo depois da última infusão do ciclo. A administração de 12 mg/dia resultou em uma C máx de 3014 ng/mL no Dia 5 do ciclo inicial de tratamento e 2276 ng/mL no Dia 3 do segundo ciclo de tratamento. A meia-vida alfa foi próxima de dois dias e comparável entre os ciclos, levando a concentrações séricas baixas ou não detectáveis dentro de aproximadamente trinta dias depois de cada ciclo de tratamento.
A farmacocinética da população de Alentuzumabe foi melhor descrita por um modelo linear de dois compartimentos. A depuração sistêmica diminuiu com a contagem de linfócitos devido à perda do antígeno CD52 na periferia; entretanto, a diminuição do Ciclo 1 para o Ciclo 2 foi menos de 20%. O volume de distribuição central foi proporcional ao peso corporal e estava próximo do volume do líquido extracelular (14,1 L), sugerindo que Alentuzumabe está amplamente confinado ao sangue e ao espaço intersticial. Não foi observado efeito da idade, raça ou gênero na farmacocinética de Alentuzumabe.
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