Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
O Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini é indicado como contraceptivo eficaz, por um longo período e de modo reversível para mulheres sexualmente ativas que tenham pelo menos um filho ou não, para mulheres que tenham relação sexual com o mesmo parceiro, que não estejam expostas ao perigo de doenças sexualmente transmissíveis e não tenham histórico de doença inflamatória pélvica. A idade e a paridade devem ser levadas em consideração na indicação deste método. O DIU pode ser inserido a qualquer momento durante o ciclo menstrual , caso existam indícios seguros de que a mulher não esteja grávida. O uso do DIU não interfere na lactação, podendo ser recomendado durante este período. A eficácia deste DIU é de 99,2%. O Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini não deve ficar inserido por mais de 5 anos.
O Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini afeta os gametas de várias maneiras. Ele estimula uma importante reação inflamatória, ou resposta ao corpo estranho no útero tornando o muco cervical hostil à penetração dos espermatozóides. A concentração de vários tipos de células brancas do sangue, prostaglandinas e enzimas nos fluidos uterino e das trompas de Falópio aumenta significativamente, especialmente com o uso do DIU com Cobre. Estas mudanças podem interferir no deslocamento dos espermatozóides no trato genital e podem danificar os gametas, tornando impossível a fertilização. O Cobre continuamente desprendido do DIU interfere com a habilidade dos espermatozóides imobilizando-os.
O Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini interfere com o processo reprodutivo antes da fecundação afetando o metabolismo endometrial até que a superfície da mucosa uterina torne-se hostil aos gametas e impeça a fertilização e desenvolvimento posterior do ovo, porém o DIU não previne a ovulação em si. Os espermatozóides precisam de um meio biológico ótimo no trajeto até o óvulo na trompa de Falópio. O DIU de Cobre libera continuamente íons de Cobre, os quais afetam o metabolismo das células da camada superficial do endométrio. Quando os espermatozóides entram no muco biologicamente alterado eles são imobilizados, seja através da concentração reduzida de glicose , seja através da redução parcial da pressão de Oxigênio ou através da redução do pH. As “estações elétricas” (mitocôndrias) estão densamente presentes da parte mediana do espermatozóide.
Estudos realizados sugerem que ocorre inibição enzimática nas mitocôndrias, prejudicando assim a produção de energia em forma de ATP e sua posterior conversão em energia mecânica (batimentos da cauda do espermatozóide). O Cobre também obstrui a ascensão dos espermatozóides, os quais recentemente foram identificados como agentes transportadores de germes. O Cobre tem uma longa história de uso clínico como agente antiinfeccioso. Conseqüentemente o provável mecanismo principal de ação do DIU de Cobre consiste na alteração do desempenho ou da sobrevivência dos espermatozóides e do óvulo antes que eles se encontrem. Não são conhecidos os efeitos deletérios a longo prazo do Cobre sobre as células da mucosa uterina.
A inserção do Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini deverá ser feita pelo profissional da saúde em local apropriado.
Em caso de dúvidas, consulte seu médico.
Antes da inserção, é imperativo que o médico ginecologista conheça bem as instruções de uso do DIU. Deve-se dar à futura usuária a oportunidade de ler as instruções de uso e de discutir detalhadamente qualquer pergunta que possa ter a respeito do Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini. O médico indicará a necessidade de realizar mais revisões. As futuras usuárias deverão ser informadas que, apesar de pouco freqüente, é possível ocorrer expulsão do dispositivo, especialmente durante a menstruação. As futuras usuárias deverão ser aconselhadas que este produto não a protege contra infecção por HIV (AIDS) nem de Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Uma vez que a presença de organismos capazes de causar DIP não pode ser determinada pela aparência e devido ao fato de que a inserção do DIU pode estar associada à introdução de bactérias vaginais no útero, os médicos clínicos podem considerar a administração profilática de antibióticos. O tratamento inclui Doxiciclina 200 mg administrada por via oral uma hora antes da inserção ou Eritromicina 500 mg administrada por via oral uma hora depois da inserção e 500 mg seis horas depois da inserção. Não se recomenda o uso de antibióticos em mães que estejam amamentando. Antes de prescrever um dos antibióticos previamente mencionados, deve-se consultar as instruções citadas na respectiva bula para determinar se a paciente é candidata adequada ao uso do medicamento.
Se for possível, deve-se remover o DIU e tão logo a paciente seja advertida sobre os riscos deste procedimento e aceite os mesmos. Caso a remoção seja difícil, deve-se informar esta dificuldade à paciente e orientá-la sobre os riscos envolvidos na gravidez com o DIU inserido. Se o DIU for deixado in situ, deve-se dispensar uma maior atenção clínica à paciente durante a gestação.
Os efeitos do tratamento de ressonância magnética da pelve foram investigados num estudo com mulheres usando os DIUs Cu7 e Lippes Loop. Estes DIUs, assim como o Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini têm configuração diferente e contêm menos Cobre do que o DIU TCu 380A. Os resultados deste estudo indicam que os DIUs testados não foram deslocados sob influência do campo magnético nem esquentaram durante as seqüências usualmente empregadas para obter imagens da pelve.
Testes clínicos indicam que o número de mulheres que usaram ininterruptamente o Diu Ômega Cu 375 Mini durante um ano foi de 89 em 100 usuárias. Cerca de 11% das mulheres que interromperam o uso durante o primeiro ano, fizeram por motivos médicos, tais como hemorragia ou dor, e cerca de 5,3% interromperam porque o Diu foi expulso.
Relatos indicam uma maior incidência de aborto séptico, choque séptico e morte em pacientes que engravidam com o DIU inserido e permaneceram com ele durante a gestação. A maioria destes relatos estava associada ao segundo trimestre da gravidez. Em alguns casos, os sintomas iniciais foram enganosos e difíceis de se reconhecer. Se ocorrer uma gravidez com um DIU in situ , este deve ser removido se o fio estiver visível, efetuando-se facilmente a remoção. Convém saber e informar à paciente que a manipulação pode causar um aborto espontâneo.
Se a remoção for difícil ou se os fios não forem visíveis, os riscos de continuar a gravidez devem ser discutidos com o médico.
Se a paciente decidir continuar a gravidez com o DIU in situ, deve-se adverti-la que existe um risco maior de sepsia e de aborto espontâneo. Além disso, a paciente corre um risco maior de trabalho de parto prematuro. Como conseqüência do nascimento prematuro, a criança fica exposta a riscos maiores. A paciente deve ser observada com mais cuidado que a paciente obstétrica normal. Deve-se aconselhá-la a informar imediatamente qualquer sintoma anormal, tal como sintoma parecido com gripe , febre, cólica e dores abdominais, fluxo de sangue ou fluxo vaginal, uma vez que os sintomas de septicemia generalizada podem se apresentar de forma enganosa.
O Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini é contra-indicado na presença de DIP ou em mulheres com histórico de DIP. Em alguns estudos, o uso do DIU foi associado ao aumento da incidência de DIP. Portanto, a decisão de usar o DIU deve incluir a avaliação dos riscos de DIP e seus possíveis efeitos na fertilidade futura. A proporção mais alta de DIP ocorre após a inserção e até os quatro meses subseqüentes. Estudos indicam que a administração de antibióticos profiláticos é útil nestas condições.
O risco de DIP parece ser maior entre mulheres que têm múltiplos parceiros sexuais. As mulheres que tiveram DIP correm maior risco de periodicidade ou reinfecção.
A DIP pode requerer histerectomia , pode causar dano às trompas de Falópio, conduzindo à gravidez ectópica ou à infertilidade ou, em casos menos freqüentes, pode causar a morte. As pacientes devem aprender a reconhecer e informar imediatamente ao médico sobre qualquer dos sintomas de Doença Inflamatória Pélvica. Estes sintomas compreendem o desenvolvimento de distúrbios menstruais (fluxo de sangue abundante ou prolongado), fluxo vaginal anormal, sensibilidade ou dor pélvica ou abdominal, dispareunia, calafrios e febre.
A DIP pode ser assintomática, podendo também causar danos às trompas de Falópio e sequelas.
Logo que houver suspeita ou diagnóstico da DIP, deve-se realizar exames bacteriológicos. Caso o diagnóstico seja confirmado, deve-se iniciar rapidamente um tratamento antibiótico adequado contra os organismos infectantes.
Geralmente é apropriado remover o DIU logo que o tratamento seja iniciado. Antes da remoção deve-se permitir um tempo para que sejam alcançados os níveis terapêuticos de sangue. A actinomicose genital foi associada principalmente com o uso do DIU por um longo período de tempo. Se esse for o caso, deve-se remover o DIU e deve-se estabelecer rapidamente um tratamento antibiótico.
A penetração parcial ou o assentamento do Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini no endométrio ou miométrio pode fazer com que sua remoção se torne difícil. Isso pode ocorrer mais freqüentemente em úteros menores. Em casos raros, isso pode causar a ruptura do DIU, fazendo-se necessária a remoção cirúrgica.
Durante a inserção e raramente durante o uso do DIU, pode ocorrer uma perfuração total ou parcial da parede uterina ou da cérvix. Após um aborto ou parto, as inserções nas pacientes devem ser feitas quando o útero estiver completamente involuto. Existe um relato sobre o aumento do risco de perfuração em mulheres lactantes. A possibilidade de uma perfuração deve ser considerada durante a inserção e durante os exames subseqüentes. Caso ocorra perfuração, o DIU deve ser removido logo que for possível, podendo ser necessário um procedimento cirúrgico. Se o DIU for deixado na cavidade peritoneal, poderão ocorrer aderência abdominal, penetração intestinal, obstrução intestinal , reação inflamatória local com formação de abscesso e erosão das vísceras adjacentes. Existem relatos raros sobre migração após a inserção, aparentemente sem ocorrência de perfuração no momento da inserção.
O uso de eletrocoagulação (de onda curta ou microonda) numa paciente portadora de DIU contendo metal em sua composição pode causar feridas devido ao calor do tecido circundante. Portanto, não deve realizar este procedimento nas áreas abdominal e sacra de pacientes portadoras de DIU.
As quantidades adicionais de Cobre descarregadas no corpo pelo DIU podem precipitar os sintomas em mulheres portadoras da doença de Wilson. A incidência desta doença é aproximadamente 1 em 200.000. São desconhecidos os efeitos a longo prazo do Cobre intra-uterino sobre os filhos de mulheres que estiveram com o DIU no útero durante a gestação.
As reações adversas não estão expostas aqui em ordem de freqüência ou gravidade.
Endometrite, aborto espontâneo, aborto séptico, septicemia, perfuração do útero e da cérvix, incrustação, fragmentação do Cobre, infecção pélvica, abscesso tubário, dano tubário, vaginite, leucorréia, erosão cervical, gravidez, gravidez ectópica, dano fetal, remoção difícil, expulsão parcial ou completa do DIU, particularmente nas pacientes com útero com menos de 6,0 cm, irregularidade menstrual, prolongamento do fluxo menstrual, anemia, amenorréia ou menstruações tardias, dor e cólicas, dismenorréria, dores nas costas, dispareunia, episódios neurovasculares, incluindo bradicardia e síncope secundária a inserção.
Logo após uma perfuração uterina e deslocamento do DIU dentro do abdômen, observou-se peritonite , aderência abdominal, abscessos e erosão de órgãos adjacentes, penetração intestinal, obstrução intestinal e massas císticas na pelve (algumas destas reações adversas podem levar à perda da fertilidade, remoção parcial ou total dos órgãos reprodutores, desequilíbrio hormonal ou morte). Pode ocorrer reação alérgica na pele (urticária).
Em estudos clínicos, foram divulgadas amostragens variáveis envolvendo o uso de diversos contraceptivos intra-uterinos. Considerando-se que geralmente as taxas de continuação e término de uso se originam de estudos independentes realizados por diferentes investigadores, não é possível obter uma comparação precisa. É provável que sejam obtidos valores consideravelmente diferentes em outros estudos com o mesmo dispositivo devido às diferentes características da população pesquisada. Além disso, as taxas (item/ ano) tendem a diminuir à medida que os estudos se prolonguem, ficando a população de estudo mais enriquecida com relação aos sujeitos menos susceptíveis.
O resultado do uso do Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini calculada em números totais de continuação e término durante 3 anos de experiência foi de 1% para uso perfeito, 1,8% para uso típico e 89% de mulheres continuando apo 1 (um) ano de uso; Estudo patrocinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), feitos em 19 centros em 9 países – dados destes estudos listados na Tabela 1 da Revista Médica POPULATION REPORTS – IUDs AN Update, Volume XXII número 5, págs. 6 e 7 publicada por Population Information Program - Centro para programa de comunicação, The Johns Hopkins School of Public Health, 111 Market Place, suite 310, Baltimore, Maryland - Em 3 anos de uso contínuo do Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini, para cada 100 mulheres, 2,6 engravidaram.
Tabela 1 - Porcentagem de mulheres com falha contraceptiva (gravidez acidental) no primeiro ano de uso perfeito (constante e correto), uso típico e porcentagem de mulhe- res continuando com o mesmo método contraceptivo após 1 ano de uso. (Estados Unidos da América do Norte)
Método | Uso perfeito | Uso típico | % de mulheres continuando após 1 ano de uso |
Sem contraceptivo | 85 | 85 | - |
Contraceptivos orais | - | 3 | - |
Combinado | 0,1 | N/D | - |
Somente progesterona | 0,5 | N/D | 72 |
DIU - Dispositivos Intra-uterinos | |||
T de Cobre modelo TCu 380 A | 0,6 | 0,8 | 78 |
T de Cobre modelo TCu Safe 300 | 0,6* | N/D | 89* |
Diu Cu 375/ Cu 375 Mini | 1,0 | 1,8 | 89 |
Mirena - Endoceptivo** | N/D | 0,2 | 81 |
Preservativo masculino | 3 | 12 | 63 |
Preservativo feminino | 5 | 21 | 56 |
Diafragma com gel espermicida | 6 | 18 | 58 |
Só gel espermicida | 3 | 21 | 43 |
Coito interrompido | 4 | 19 | - |
Abstinência periódica (todos os métodos) | 1-9 | 20 | 67 |
Injetável Depo-Provera | 0,3 | 0,3 | 70 |
Implante (Norplant - 6 cápsulas) | 0,09 | 0,09 | 85 |
Esterilização feminina | 0,4 | 0,4 | 100 |
Esterilização masculina | 0,1 | 0,15 | 100 |
Adaptado de J. Trussel et al, Tabela 1, Studies in Family Planning 21:51, 199013 (*) K.H.KURZ e P.A. MEIER-OEHLKE,1991 N/D: Não Disponível. ** Monografia do Produto, fornecido pelo fabricante.
Tabela 2 - Frequência das reações adversas relatadas no primeiro ano de uso perfeito (constante e correto)
Mais comuns | Menos comuns |
Alteração no ciclo menstrual (comum nos primeiros três meses) | Perfuração uterina (muito raro 0,1 a 0,3%) |
Sangramento menstrual prolongado e volumoso (11,9%) | Urticária - reação alérgica na pele |
Cólicas de maior intensidade ou dor durante a menstruação (11,9%) | Rompimento das hastes |
Gravidez acidental (1,0%) | Dor na relação (Dispareunia) |
Deslocamento e expulsão do DIU (1-7%) | Abscesso Tubário |
Infecção (0,4%) | Doença de Wilson (acúmulo de cobre no organismo) 1/200.000 |
Tabela 3 - Números de continuação e término acumulativo total em 100 usuárias – DIU Cu375
Taxa ou item/ano em % | 1 | 2 | 3 |
Gravidez | 1,3 | 1,6 | 2,6 |
Expulsão | 5,3 | 4,2 | 5,9 |
Sangramento / Dor | 7,5 | 4,2 | 14,9 |
Outros motivos médicos | 1,5 | 1,4 | 2,3 |
Continuação | 89 | 81,6 | 66,6 |
Cada embalagem contém um Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini esterilizado, tubo insertor com medidor de profundidade, êmbolo, cartões da paciente e do médico, para controle da data da inserção e substituição do DIU, instruções de uso para a paciente e para o médico, com todas informações úteis sobre as possíveis contra-indicações, efeitos colaterais, reações adversas, advertências e ocorrência de gravidez.
Atenção: A usuária do Diu deve informar ao seu fisioterapeuta que usa Diu contendo cobre.
A presença de Cobre pode influir em procedimentos de eletroterapia ou em terapia por radiação na região pélvica. O uso de alguns medicamentos, como corticóides, antiinflamatórios não esteróides, incluindo analgésicos como aspirina, podem impedir o bom funcionamento do Diu de cobre diminuindo assim sua eficácia. As mulheres que tomam corticosteróides e que estão sendo submetidas a tratamento com imunossupressores podem ter diminuição da resistência contra infecções genitais. Se a usuária do Diu precisar de um tratamento intensivo e demorado com qualquer um desses medicamentos, outro método contraceptivo associado será apropriado nestas condições.
Há indícios de que as tetraciclinas possam diminuir a eficácia do Diu.
O Dispositivo Intrauterino de Cobre afeta os gametas de várias maneiras. Ele estimula uma importante reação inflamatória, ou resposta ao corpo estranho no útero tornando o muco cervical hostil à penetração dos espermatozóides. A concentração de vários tipos de células brancas do sangue, prostaglandinas e enzimas nos fluidos uterino e das trompas de Falópio aumenta significativamente, especialmente com o uso do DIU com Cobre. Estas mudanças podem interferir no deslocamento dos espermatozóides no trato genital e podem danificar os gametas, tornando impossível a fertilização. O Cobre continuamente desprendido do DIU interfere com a habilidade dos espermatozóides imobilizando-os.
O Dispositivo Intrauterino de Cobre interfere com o processo reprodutivo antes da fecundação afetando o metabolismo endometrial até que a superfície da mucosa uterina torne-se hostil aos gametas e impeça a fertilização e desenvolvimento posterior do ovo, porém o DIU não previne a ovulação em si. Os espermatozóides precisam de um meio biológico ótimo no trajeto até o óvulo na trompa de Falópio. O DIU de Cobre libera continuamente íons de Cobre, os quais afetam o metabolismo das células da camada superficial do endométrio. Quando os espermatozóides entram no muco biologicamente alterado eles são imobilizados, seja através da concentração reduzida de glicose , seja através da redução parcial da pressão de Oxigênio ou através da redução do pH. As “estações elétricas” (mitocôndrias) estão densamente presentes da parte mediana do espermatozóide. Estudos realizados sugerem que ocorre inibição enzimática nas mitocôndrias, prejudicando assim a produção de energia em forma de ATP e sua posterior conversão em energia mecânica (batimentos da cauda do espermatozóide). O Cobre também obstrui a ascensão dos espermatozóides, os quais recentemente foram identificados como agentes transportadores de germes. O Cobre tem uma longa história de uso clínico como agente antiinfeccioso. Conseqüentemente o provável mecanismo principal de ação do DIU de Cobre consiste na alteração do desempenho ou da sobrevivência dos espermatozóides e do óvulo antes que eles se encontrem. Não são conhecidos os efeitos deletérios a longo prazo do Cobre sobre as células da mucosa uterina.
O Dispositivo Intrauterino de Cobre é muito eficaz, em torno de 99,0 % no primeiro ano de uso, porém não é 100%. Ver tabelas 1,2 e 3. O índice de gravidez é mais elevado em mulheres com menos de 20 anos. Em 3 anos de uso contínuo o DIU Omega Cu375, para cada 100 mulheres, 2,6 engravidaram.
Testes clínicos indicam que o número de mulheres que usaram ininterruptamente o Dispositivo Intrauterino de Cobre durante um ano foi de 89 em 100 usuárias. Cerca de 11% das mulheres que interromperam o uso durante o primeiro ano, fizeram por motivos médicos, tais como hemorragia ou dor, e cerca de 5,3% interromperam porque o DIU foi expulso.
Em estudos clínicos, foram divulgadas amostragens variáveis envolvendo o uso de diversos contraceptivos intra-uterinos. Considerando-se que geralmente as taxas de continuação e término de uso se originam de estudos independentes realizados por diferentes investigadores, não é possível obter uma comparação precisa. É provável que sejam obtidos valores consideravelmente diferentes em outros estudos com o mesmo dispositivo devido às diferentes características da população pesquisada. Além disso, as taxas (item/ ano) tendem a diminuir à medida que os estudos se prolonguem, ficando a população de estudo mais enriquecida com relação aos sujeitos menos susceptíveis. O resultado do uso do Dispositivo Intrauterino de Cobre calculada em números totais de continuação e término durante 3 anos de experiência foi de 1% para uso perfeito, 1,8% para uso típico e 89% de mulheres continuando apo 1 (um) ano de uso; Estudo patrocinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), feitos em 19 centros em 9 países – dados destes estudos listados na Tabela 1 da Revista Médica POPULATION REPORTS – IUDs AN Update, Volume XXII número 5, págs. 6 e 7 publicada por Population Information Program - Centro para programa de comunicação, The Johns Hopkins School of Public Health, 111 Market Place, suite 310, Baltimore, Maryland - Em 3 anos de uso contínuo do Dispositivo Intrauterino de Cobre, para cada 100 mulheres, 2,6 engravidaram.
Tabela 1 - Porcentagem de mulheres com falha contraceptiva (gravidez acidental) no primeiro ano de uso perfeito (constante e correto), uso típico e porcentagem de mulhe- res continuando com o mesmo método contraceptivo após 1 ano de uso. (Estados Uni- dos da América do Norte):
Método | Uso perfeito | Uso típico | % de mulheres continuando após 1 ano de uso | |
Sem contraceptivo | 85 | 85 | - | |
Contraceptivos orais | - | N/D | - | |
Combinado | 0,1 | N/D | - | |
Somente progesterona | 0,5 | - | 72 | |
DIU - Dispositivos Intra-uterinos | T de Cobre modelo TCu 380 A | 0,6 | 0,8 | 78 |
T de Cobre modelo TCu Safe 300 | 0,6* | N/D | 89* | |
DIU Cu 375/ Cu 375 MINI | 1,0 | 1,8 | 89 | |
Mirena - Endoceptivo** | N/D | 0,2 | 81 | |
Preservativo masculino | 3 | 12 | 81 | |
Preservativo feminino | 5 | 21 | 63 | |
Diafragma com gel espermicida | 6 | 18 | 56 | |
Só gel espermicida | 3 | 21 | 58 | |
Coito interrompido | 4 | 19 | 43 | |
Abstinência periódica (todos os métodos) | 1-9 | 20 | 67 | |
Injetável Depo-Provera | 0,3 | 0,3 | 70 | |
Implante (Norplant - 6 cápsulas) | 0,09 | 0,09 | 85 | |
Esterilização feminina | 0,4 | 0,4 | 100 | |
Esterilização masculina | 0,1 | 0,15 | 100 |
Adaptado de J. Trussel et al, Tabela 1, Studies in Family Planning 21:51, 199013 (*) K.H.KURZ e P.A. MEIER-OEHLKE,1991 N/D: Não Disponível. ** Monografia do Produto, fornecido pelo fabricante.
Tabela 2 - Frequência das reações adversas relatadas no primeiro ano de uso perfeito (constante e correto):
Mais comuns | Menos comuns |
Alteração no ciclo menstrual (comum nos primeiros três meses) | Perfuração uterina (muito raro 0,1 a 0,3%) |
Sangramento menstrual prolongado e volumoso (11,9%) | Urticária - reação alérgica na pele |
Cólicas de maior intensidade ou dor durante a menstruação (11,9%) | Rompimento das hastes |
Gravidez acidental (1,0%) | Dor na relação (Dispareunia) |
Deslocamento e expulsão do DIU (1-7%) | Abscesso Tubário |
Infecção (0,4%) | Doença de Wilson (acúmulo de cobre no organismo) 1/200.000 |
Tabela 3 - Números de continuação e término acumulativo total em 100 usuárias – DIU Cu375:
Taxa ou item/ano em % | 1 | 2 | 3 |
Gravidez | 1,3 | 1,6 | 2,6 |
Expulsão | 5,3 | 4,2 | 5,9 |
Sangramento / Dor | 7,5 | 4,2 | 14,9 |
Outros motivos médicos | 1,5 | 1,4 | 2,3 |
Continuação | 89 | 81,6 | 66,6 |
Referências Bibliográficas
WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION – (Organização Mundial da Saúde - OMS) - Mecanismos de ação, segurança e eficácia dos Dispositivos Intra-uterino. Geneva, WHO, 1987. Techinical Report Series 753. 53p.
Sivin I, Schimidt F: Eficácia dos DIUs: Uma Revisão. Contracepção 1987; 36:55-84.
Programa para introdução e adaptação de tecnologia. DIU de cobre TCu 380A; Manual para clínicos. [booklet] New York, Population Council, Jan.1985. 20p.
Hatcher R e colaboradores: Tecnologia Contraceptiva: 1994: 1994; pp 113-114.
Sivin I, Stern J: Longa ação, mais eficaz DIUs TCu: uma revisão da experiência americana, 1970-75. Estudo Planejamento Familiar 1979; 10:263-281.
Ory HW, Estudo da saúde da mulher: gravidez ectópica e dispositivo intra-uterino: Novas Perspectivas. Obstetra / Ginecologia 1981; 57:137-144.
Harlap S, Kost K Forrest JD: Prevenção da gravidez, protegendo a saúde: uma nova visão na escolha do controle da natalidade nos Estados Unidos. Instituto Alan Guttmacher 1991; pp1-129.
Mark AS, Hricak H: Dispositivo intra-uterino: MR imaging. Radiology 1987; 36:55-84.
Chi I C, Kelly: A lactação é um fator de risco de esterilização relatado por perfuração do dispositivo intra-uterino? Uma Hipótese. Int. J Gynaecol Obstet 1984 22:315-317.
Atenção: Se a embalagem estiver violada não utilize o dispositivo intra-uterino.
Não abra nem danifique o blister que contém o Diu. Em uma embalagem intacta, o Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini pode ser armazenado por 4 anos em local seco e à temperatura ambiente (15-30ºC).
O Diu pode ser inserido até a data de validade impressa na embalagem.
Nº de lote, data de fabricação e data de validade vide cartucho.
O Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini é um dispositivo flexível feito de polietileno radiopaco (visível aos Raios-X e Ultra-Som), com braços laterais flexíveis e sua haste vertical é coberta com o fio de cobre. Na extremidade da haste vertical existe um fio de náilon. O Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini tem uma superfície de cobre de 375 milímetros quadrados. A ponta vertical do DIU aumenta para formar uma extremidade de 3mm. O Diu Cepeó Ômega Cu 375 Mini é dotado de um fio com um só filamento de polietileno preso através da extremidade, formando dois fios na ponta para facilitar sua remoção. O DIU é embalado junto com um tubo introdutor e um êmbolo. O tubo introdutor é equipado com uma borda móvel para medir a profundidade do útero.
Todo produto de saúde deve ser mantido fora do alcance de crianças.
Produto descartável. Não pode ser reesterilizado.
Reg MS: 10263900008
Farmacêutico Responsável:
Vinícius Gomes Nóbrega / CRF-BA 7851
Fabricado por:
Pregna International LTDA.
Survey Nº 168, Dabhel, Daman (U.T), India.
Embalado e distribuído por:
Cepeó Contraceptivos LTDA.
SAC:
(71) 3341-2331
Venda sob prescrição médica.
Referências bibliográficas:
WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION – (Organização Mundial da Saúde - OMS) - Mecanismos de ação, segurança e eficácia dos Dispositivos Intra-uterino. Geneva, WHO, 1987. Techinical Report Series 753. 53p;
Sivin I, Schimidt F: Eficácia dos DIUs: Uma Revisão. Contracepção 1987; 36:55-84;
Programa para introdução e adaptação de tecnologia. DIU de cobre TCu 380A; Manual para clínicos. [booklet] New York, Population Council, Jan.1985. 20p.
Hatcher R e colaboradores: Tecnologia Contraceptiva: 1994: 1994; pp 113-114.
Sivin I, Stern J: Longa ação, mais eficaz DIUs TCu: uma revisão da experiência americana, 1970-75. Estudo Planejamento Familiar 1979; 10:263-281;
Ory HW, Estudo da saúde da mulher: gravidez ectópica e dispositivo intra-uterino: Novas Perspectivas. Obstetra / Ginecologia 1981; 57:137-144;
Harlap S, Kost K Forrest JD: Prevenção da gravidez, protegendo a saúde: uma nova visão na escolha do controle da natalidade nos Estados Unidos. Instituto Alan Guttmacher 1991; pp1-129.
Mark AS, Hricak H: Dispositivo intra-uterino: MR imaging. Radiology 1987; 36:55-84.
Chi I C, Kelly: A lactação é um fator de risco de esterilização relatado por perfuração do dispositivo intra-uterino? Uma Hipótese. Int. J Gynaecol Obstet 1984 22:315-317.