Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
A DRGE ocorre quando o ácido do estômago entra no esôfago, tubo que conecta a boca ao estômago. Isto pode causar uma sensação de queimação no peito ou na garganta, gosto azedo ou arrotos.
Em alguns casos, o ácido pode danificar o revestimento do esôfago. Este dano é chamado esofagite erosiva ou EE.
Dexilant pode ajudar nos sintomas relacionados à acidez, mas você ainda pode ter problemas graves de estômago. Converse com seu médico.
Não se sabe se Dexilant é seguro e eficaz em crianças menores de 18 anos de idade.
Dexilant é um medicamento sob prescrição médica chamado de inibidor de bomba de próton (IBP). Dexilant reduz a quantidade de ácido no estômago.
Não tome Dexilant se você for alérgico ao dexlansoprazol ou a qualquer de seus componentes.
Dexilant está disponível para uso adulto nas concentrações de 30 mg e 60 mg.
Tabela 1: Posologia recomendada para Dexilant
Indicação | Dose recomendada | Frequência |
Cicatrização da esofagite erosiva | 60 mg | Uma vez ao dia por 8 semanas |
Manutenção da cicatrização da esofagite erosiva e alívio da azia | 30 mg ou 60 mg* | Uma vez ao dia |
Doença do refluxo gastroesofágico sintomática (DRGE) não-erosiva | 30 mg | Uma vez ao dia por até 4 semanas |
*Uma dose de manutenção de 60 mg pode ser administrada a pacientes com esofagite erosiva moderada ou grave.
Se você apresentar algum problema de fígado , o médico poderá prescrever uma dose diária de 30 mg Dexilant.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
A dose esquecida deve ser tomada tão logo seja lembrada. No entanto, se estiver muito perto da administração da próxima dose, não a tome; tome somente a dose seguinte e continue com o esquema posológico regular. Não tome uma dose dupla para compensar a dose esquecida e não exceda a dose recomendada para cada dia.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
Dexilant pode aumentar o risco de acometimento por diarreia severa. A diarreia pode ser causada por uma infecção, pela bactéria Clostridium difficile em seu trato gastrointestinal.
Pessoas que estejam tomando múltiplas doses diárias de medicamentos inibidores de bomba de prótons por período prolongado podem apresentar um risco aumentado de fraturas de quadril, pulso ou coluna vertebral.
A resposta sintomática ao Dexilant não exclui a presença de malignidade gástrica.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Outras reações adversas que foram relatadas em estudos controlados numa incidência menor que 2% estão listadas abaixo por sistema corporal:
Distúrbios do sangue e do sistema linfático | Anemia , aumento de linfonodos (linfoadenopatia) |
Distúrbios cardíacos | Dor no peito ( angina ), arritmia, baixa frequência cardíaca (bradicardia), dor torácica, inchaço ( edema ), infarto do miocárdio, palpitações, alta frequência cardíaca (taquicardia) |
Distúrbios do ouvido e labirinto | Dor no ouvido ( otalgia ), zumbido , tontura (vertigem) |
Distúrbios endócrinos | Papo (bócio) |
Distúrbios oculares | Irritação dos olhos, inchaço dos olhos |
Distúrbios gastrintestinais | Desconforto abdominal, hipersensibilidade ao toque abdominal, fezes anormais, desconforto anal, esôfago de Barrett, pedra de cálcio no estômago ou intestino (bezoar), barulhos no estômago e intestino (borborigmos) anormais, mau hálito (halitose), colite microscópica, pólipo colônico, prisão de ventre (constipação), boca seca, inflamação do duedeno (duodenite), dificuldade na digestão ( dispepsia ), dificuldade de engolir ( disfagia ), inflamação do intestino (enterite), arroto (eructação), inflamação do esôfago (esofagite), pólipo gástrico, inflamação do estômago ( gastrite ), gastrenterite, distúrbios gastrintestinais, hipermotilidade gastrointestinal, DRGE, úlceras e perfurações GI, vômito com sangue (hematêmese), fezes com sangue (hematoquezia), hemorroidas , comprometimento do esvaziamento gástrico, síndrome do intestino irritável, fezes mucoides, vesículas na mucosa oral, defecação dolorosa, inflamação do reto (proctite), parestesia oral, hemorragia retal, esforço para vomitar |
Distúrbios gerais e condições do local de administração | Reação adversa à droga, diminuição da força física (astenia), dor torácica, calafrios, sensação anormal, inflamação, inflamação de mucosa, nódulo, dor, febre (pirexia) |
Distúrbios hepatobiliares | Cólica biliar, pedra na vesícula ( colelitíase ), aumento do fígado ( hepatomegalia ) |
Distúrbios do sistema imunológico | Alergia (hipersensibilidade) |
Infecções e infestações | Candidíase , gripe (influenza), nasofaringite, herpes oral, inflamação da faringe ( faringite ), sinusite , infecção viral, infecção vulvovaginal |
Lesão, envenenamento e complicações de procedimentos | Quedas, fraturas, perda de alinhamento momentâneo das articulações (entorses articulares), superdose, dor causada por procedimento, queimadura solar |
Exames laboratoriais | Aumento da fosfatase alcalina, aumento da alanina aminotransferase (ALT), aumento da aspartato aminotransferase (AST) aumento/redução dos níveis de bilirrubina, aumento dos níveis séricos de creatinina, aumento da gastrinemia, aumento de potássio, aumento da glicemia, teste da função hepática anormal, redução da contagem de plaquetas, aumento dos níveis de proteína total, aumento de peso |
Distúrbios metabólicos e nutricionais | Alterações do apetite, nível de cálcio elevado no sangue (hipercalcemia), baixo nível de potássio no sangue ( hipocalemia ) |
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo | Dor nas articulações (artralgia), inflamação das articulações ( artrite ), cãibras musculares, dor musculoesquelética, dor muscular (mialgia) |
Distúrbios do sistema nervoso | Alteração do paladar, convulsão , tontura, dor de cabeça (cefaleia), enxaqueca, comprometimento da memória, parestesia, hiperatividade psicomotora, tremor, neuralgia do trigêmeo |
Transtornos psiquiátricos | Sonhos anormais, ansiedade , depressão , dificuldade de dormir ( insônia ), alterações do desejo sexual (da libido) |
Distúrbios renais e urinários | Dificuldade para urinar (disúria), urgência urinária |
Distúrbios do sistema reprodutor e mamário | Cólica menstrual ( dismenorreia ), dor durante ato sexual (dispareunia), menstruação longa e intensa (menorragia), distúrbio menstrual |
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais | Aspiração, asma , bronquite , tosse , falta de ar (dispneia), soluços, respiração rápida (hiperventilação), congestão do trato respiratório, dor de garganta |
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo | Espinha (acne), inflamação da pele ( dermatite ), vermelhidão (eritema), coceira (prurido), erupção cutânea, lesão cutânea, lesões da pele vermelhas e inchadas ( urticária ) |
Distúrbios vasculares | Trombose venosa profunda, ondas de calor (fogachos), pressão arterial elevada (hipertensão) |
Seu médico pode descontinuar Dexilant se estes sintomas acontecerem.
Este problema pode ser sério. Baixo nível de magnésio pode ocorrer em algumas pessoas que tomam medicamento inibidor de bomba de prótons há pelo menos 3 meses. Se ocorrerem baixos níveis de magnésio, isto normalmente acontece após um ano de tratamento. Você pode ou não apresentar sintomas de baixos níveis de magnésio.
Baixos níveis de magnésio no sangue podem levar à baixos níveis de cálcio no sangue e à baixos níveis de potássio no sangue. Seu médico deve verificar o seu nível corporal de magnésio antes que você comece a tomar Dexilant, ou durante o tratamento caso tenha de tomar Dexilant por um longo período.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Embalagens com 2, 30 ou 60 cápsulas duras de liberação retardada.
Uso oral.
Uso adulto.
Dexlansoprazol | 30 ou 60 mg |
Excipientes q.s.p | 1 cápsula dura |
Excipientes: dióxido de silício, hipromelose , hiprolose, hidroxipropilcelulose de baixa substituição, carbonato de magnésio, copolímero de ácido metacrílico, macrogol, polissorbato 80, copolímero de ácido metacrílico e metacrilato de etila, sacarose, esferas de açúcar, talco , dióxido de titânio e citrato de trietila.
Carragenina, hipromelose, cloreto de potássio . De acordo com a cor da cápsula, a azul contém corante FD&C azul número 2 laca de alumínio; a cinza contém óxido férrico preto; e ambas contêm dióxido de titânio.
Se você tomar mais Dexilant que o necessário, contate o seu médico imediatamente ou vá para o hospital mais próximo.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.
Informe seu médico sobre todos os medicamentos que você toma, incluindo medicamentos prescritos e não prescritos, vitaminas e medicamentos à base de plantas. Dexilant pode afetar a forma como outros medicamentos funcionam, e outros medicamentos podem afetar a forma como Dexilant funciona.
Dexilant deve ser tomado sem alimentos.
O tratamento diário com qualquer medicação ácido-supressora, como Dexilant, por períodos prolongados (vários anos) pode levar a uma má absorção da vitamina B12. A deficiência dessa vitamina dever ser considerada em pacientes que requeiram tratamentos de longo prazo, pacientes com reservas corporais reduzidas ou fatores de risco para a absorção reduzida de vitamina B12 (tais como idosos) em terapias de longo prazo ou se outros sintomas clínicos relevantes forem observados.
Níveis de cromogranina A aumentados podem interferir com as investigações de tumores neuroendócrinos. Para evitar essa interferência, o tratamento com Dexilant deve ser interrompido 14 dias antes do doseamento de CgA.
Os medicamentos inibidores da bomba de prótons, como Dexilant, estão associados em casos raros com a ocorrência de lúpus eritematoso cutâneo subagudo. Se ocorrerem lesões, especialmente nas áreas da pele expostas ao sol, e se acompanhado de artralgia (dor nas articulações), o paciente deve procurar orientação médica prontamente e o profissional de saúde deve considerar interromper o uso do produto.
Os inibidores da CYP2C19, tais como a fluvoxamina , provavelmente aumentam a exposição sistêmica do dexlansoprazol . Os indutores da CYP2C19 podem diminuir a exposição sistêmica a dexlansoprazol.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Não existem restrições quanto à ingestão deste medicamento com alimentos.
A eficácia e a segurança do uso de dexlansoprazol na cicatrização da esofagite erosiva (EE) (graus A-D da classificação de Los Angeles) confirmada endoscopicamente foram avaliadas em dois estudos multicêntricos, duplo-cegos, randomizados, comparativos com lansoprazol, de 8 semanas de duração. Os pacientes foram randomizados para receberem Dexlansoprazol com 60 mg/dia ou 90 mg/dia ou lansoprazol 30 mg/dia. Foram excluídos destes estudos pacientes que fossem H. pylor- positivos ou que tivessem esôfago de Barret e/ou alterações displásicas definitivas no período basal. A idade média dos 4.092 pacientes admitidos aos estudos foi de 48 anos (variando de 18 a 90 anos), sendo 54% do gênero masculino e 87% caucasianos; 5% negros e 8% de outras etnias. Com base na classificação de Los Angeles, 71% dos pacientes apresentavam antes do tratamento EE graus A e B (leve) e 29% EE graus C e D (moderada a grave).
Pela análise de tabela de vida, 92,3% a 93,1% dos pacientes apresentaram cicatrização com Dexlansoprazol com 60 mg/dia, versus 86,1% a 91,5% com lansoprazol 30 mg/dia após oito semanas de tratamento. Em ambos os estudos demonstrou-se não-inferioridade. O teste log-rank não estabeleceu superioridade estatística. Os cálculos de taxas brutas (não processadas) consideraram como não curados os pacientes que não apresentavam esofagite erosiva cicatrizada documentada endoscopicamente e que descontinuaram prematuramente o tratamento.
Com base nos cálculos das taxas brutas (não-processadas), as taxas de cicatrização na semana 4 (desfecho secundário) ou na semana 8 (desfecho primário) foram mais elevadas com Dexlansoprazol do que com lansoprazol (Tabela 1). O tratamento com Dexlansoprazol com 60 mg foi não-inferior àquele com lansoprazol 30 mg na semana 8 em ambos os estudos. A superioridade estatística de Dexlansoprazol com 60 mg em relação ao lansoprazol 30 mg foi estabelecida no primeiro estudo, porém não replicada no segundo estudo.
IC = Intervalo de confiança.
a Com base nas estimativas de taxa bruta, os pacientes que não apresentaram EE cicatrizada comprovada por endoscopia e descontinuaram prematuramente foram considerados não curados.
b Pacientes com ao menos uma endoscopia após o nível basal.
c Desfecho primário de eficácia.
d Demonstrada não-inferioridade em relação ao lanzoprazol.
Dexlansoprazol 90 mg, foi estudado e não apresentou nenhum benefício clínico adicional em relação à Dexlansoprazol com 60 mg.
Realizou-se um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado e controlado com placebo em pacientes que concluíram com sucesso um estudo clínico em esofagite erosiva e que apresentaram cicatrização da esofagite confirmada endoscopicamente. A manutenção da cicatrização e o alívio da pirose por um período de 6 meses foi avaliada com Dexlansoprazol 30 mg ou 60 mg uma vez ao dia em comparação com placebo.
Incluiu-se um total de 445 pacientes com idades variando de 18 a 85 anos (média de 49 anos), com predominância do sexo feminino (52%) e 90% de caucasianos, 5% de negros e 5% de outras etnias. Sessenta e seis por cento dos pacientes tratados com Dexlansoprazol 30 mg tiveram a cicatrização mantida ao longo de seis meses, conforme confirmado por endoscopia (vide Tabela 2).
Tabela 2: Taxa de manutenção a da cicatrização da EE por até 6 meses | ||
Número de pacientes (N) b | Grupo de tratamento (dose diária) | Taxa de manutenção (%) |
125 | Dexlansoprazol 30 mg | 66,4 c |
119 | Placebo | 14,3 |
a Com base em estimativas dos dados brutos, os pacientes que não tiveram recaída endoscopicamente documentada e os pacientes com tratamento prematuramente interrompido foram considerados como tendo uma recaída.
b Pacientes com pelo menos uma endoscopia após o período basal
c Estatisticamente significativo versus placebo.
Dexlansoprazol 60 mg não apresentou benefício clínico adicional a Dexlansoprazol com 30 mg.
O efeito Dexlansoprazol 30 mg na manutenção do alívio da pirose também foi avaliado. Após a entrada no estudo de manutenção, a pirose com gravidade baixa da maioria dos pacientes foi classificada como inexistente. Dexlansoprazol 30 mg demonstrou uma porcentagem significativamente maior de períodos de 24 horas sem pirose em comparação com placebo durante o período de 6 meses de tratamento (vide Tabela 3). A maioria dos pacientes tratados com placebo descontinuou o tratamento devido a recaída de EE entre dois e seis meses.
a Desfecho secundário.
b Estatisticamente significante versus placebo.
Realizou-se um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo, randomizado, de 4 semanas de duração em pacientes com diagnóstico de DRGE não-erosiva sintomática feito primariamente pela presença de sintomas. Esses pacientes identificaram a pirose como sintoma primário, apresentaram histórico de pirose por 6 meses ou mais em no mínimo quatro de setedias imediatamente antes da randomização, sem erosões esofágicas à endoscopia. Entretanto, pacientes com sintomas não- relacionados ao ácido podem não ter sido excluídos mediante estes critérios de inclusão.
Os pacientes foram randomizados para um dos três grupos de tratamento: Dexlansoprazol 30 mg/dia, Dexlansoprazol com 60 mg/dia ou placebo. Foi admitido ao estudo um total de 947 pacientes com idade entre 18 e 86 anos (média de 48 anos), sendo 71% do sexo feminino; 82% caucasianos, 14% negros e 4% de outras etnias.
Dexlansoprazol 30 mg apresentou porcentagem significantemente mais elevada de dias com ausência de pirose por períodos de 24 horas em relação ao placebo nas quatro semanas de estudo segundo a avaliação do diário do paciente (vide Tabela 4). Dexlansoprazol com 60 mg também foi avaliado e não proporcionou benefício clínico adicional em relação ao Dexlansoprazol 30 mg.
Tabela 4: Porcentagens médias de períodos livres de pirose por 24 horas durante 4 semanas de tratamento do estudo de DRGE sintomática não erosiva. | ||
Grupo de tratamento | N | Períodos de 24 horas sem pirose (%) |
Dexlansoprazol 30 mg | 312 | 54,9* |
Placebo | 310 | 18,5 |
* Estatisticamente significativo vs. placebo, P<0,00001 |
Uma porcentagem maior de pacientes tratados com Dexlansoprazol 30 mg que aquela de tratados com placebo apresentou períodos de 24 horas sem pirose durante as 4 semanas de tratamento. Este resultado foi observado desde os três primeiros dias de tratamento e sustentado por todo o período do estudo (porcentagem de pacientes no dia 3: Dexlansoprazol 38% versus placebo15%; no dia 28: Dexlansoprazol 63% versus placebo 40%).
Dexlansoprazol é um inibidor de bomba de prótons que suprime a secreção de ácido gástrico pela inibição específica da (H+,K+)-ATPase na célula parietal gástrica. Ao atuar especificamente na bomba de prótons, Dexlansoprazol bloqueia a etapa final da produção de ácido.
Os efeitos de 24 horas de Dexlansoprazol com 60 mg sobre o pH intragástrico foram avaliados em indivíduos sadios (n = 20) em um estudo cruzado de doses múltiplas em comparação com lansoprazol 30 mg (n = 23) uma vez ao dia por 5 dias. Os resultados estão resumidos na Tabela 5.
Tabela 5: Efeito de 24 horas sobre o pH intragástrico no dia 5 após administração de DEXILANT ou lansoprazol.
O efeito Dexlansoprazol sobre as concentrações de gastrina sérica foi avaliado em estudos clínicos que envolveram cerca de 3.460 pacientes tratados por até oito semanas e 1.025 pacientes tratados por 6 a 12 meses. As médias das concentrações de gastrina em jejum aumentaram em relação aos valores basais durante o tratamento com Dexlansoprazol 30 mg e 60 mg.
Nos pacientes tratados por mais de seis meses, a média dos níveis de gastrina sérica aumentou durante os três primeiros meses de tratamento, aproximadamente, e se estabilizaram durante o período restante da terapia. A média dos níveis de gastrina sérica retornou aos níveis pré-tratamento dentro de um mês após a descontinuação terapêutica.
Não se relatou hiperplasia das células tipo-enterocromafins (ECL) nas biópsias gástricas de 857 pacientes tratados por até 12 meses com Dexlansoprazol 30 mg, 60 mg ou 90 mg.
Durante o período de vida de ratos expostos a até 150 mg/kg/dia de lansoprazol, observou-se marcada hipergastrinemia seguida por proliferação de células ECL e formação de tumores carcinóides, especialmente nas fêmeas.
Doses de 90 mg ou 300 mgDexlansoprazol não causaram retardo na repolarização cardíaca em comparação com placebo em um estudo conduzido para avaliar o potencial de dexlansoprazol para prolongar o intervalo QT/QTc em indivíduos adultos sadios. O controle positivo (moxifloxacina) produziu uma média máxima maior e tempos médios dos intervalos QT/QTc estatisticamente significativos quando comparados com placebo.
A formulação Dexlansoprazol utiliza tecnologia de liberação retardada dupla e cria um perfil de concentração plasmática/tempo de dexlansoprazol com dois picos distintos: o primeiro pico ocorre uma a duas horas após a administração e é seguido por um segundo pico no período de quatro a cinco horas (Figura 1). Dexlansoprazol é eliminado com meia-vida de aproximadamente 1 a 2 horas tanto em indivíduos sadios como em pacientes com DRGE sintomática. Não há acúmulo de dexlansoprazol após doses orais múltiplasDexlansoprazol 30 mg ou 60 mg uma vez ao dia, embora os valores médios de ASCt e C max sejam discretamente (menos que 10%) mais altos no dia 5 do que no dia 1.
Figura 1: Perfil de concentração plasmática média de dexlansoprazol-tempo após administração oral de 30 mg ou 60 mg de uma vez ao diaDexlansoprazol por 5 dias em indivíduos sadios
Os parâmetros farmacocinéticos do dexlansoprazol são altamente variáveis, com valores percentuais de coeficiente de variação (CV%) para C max , ASC e CL/F superiores a 30%, e estão resumidos na Tabela 6
Após a administração oralDexlansoprazol 30 mg ou 60 mg a indivíduos sadios e pacientes com DRGE sintomática, os valores médios de C max e ASC de dexlansoprazol foram elevados de modo aproximadamente proporcional à dose (vide Figura 1).
A ligação de dexlansoprazol às proteínas plasmáticas variou de 96,1% a 98,8% em indivíduos sadios e foi independente da concentração de 0,01 a 20 mcg/mL. O volume aparente de distribuição (Vz/F) após doses múltiplas em pacientes que apresentavam DRGE sintomática foi de 40,3 L.
Dexlansoprazol é extensamente metabolizado no fígado, por oxidação, redução e subsequente formação de conjugados de sulfato, glicuronida e glutationa em metabólitos inativos. Os metabólitos oxidantes são formados pelo sistema enzimático do citocromo P450 (CYP), incluindo hidroxilação principalmente pelo CYP2C19 e oxidação em sulfona pelo CYP3A4. A CYP2C19 é uma enzima hepática polimórfica que apresenta três fenótipos no metabolismo dos substratos de CYP2C19; metabolizadores extensos (*1/*1), metabolizadores intermediários (*1/mutante) e metabolizadores fracos (mutante/mutante).
Dexlansoprazol é o principal componente circulante no plasma, independentemente do status de metabolização do CYP2C19. Os principais metabólitos plasmáticos dos metabolizadores intermediários e extensos de CYP2C19 são 5-hidroxidexlansoprazol e seu conjugado glicuronídeo, ao passo que a sulfona de dexlansoprazol é o principal metabólito plasmático dos metabolizadores fracos do CYP2C19.
Após a administraçãoDexlansoprazol não há excreção urinária de dexlansoprazol não-metabolizado. Após a administração de [14C]dexlansoprazol a seis indivíduos sadios do sexo masculino, aproximadamente 50,7%±9,0% da radioatividade administrada foi excretada na urina e 47,6%±7,3% nas fezes. A depuração aparente (CL/F) nos indivíduos sadios foi respectivamente de 11,4 a 11,6 L/h após cinco dias de administração de 30 ou 60 mg uma vez ao dia.
A exposição sistêmica ao dexlansoprazol é geralmente mais elevada em metabolizadores intermediários e fracos. Em indivíduos japoneses do sexo masculino que receberam uma dose únicaDexlansoprazol de 30 mg ou 60 mg (N = 2 a 6 indivíduos /grupo), a média dos valores de C max e ASC foi até duas vezes maior com metabolizadores intermediários do que com metabolizadores extensos; com metabolizadores fracos, o valor médio de C max foi até 4 vezes maior e o valor médio da ASC foi até 12 vezes maior do que com metabolizadores extensos. Embora tal estudo não tenha sido realizado em caucasianos e afro-americanos, espera-se que a exposição dessas raças ao dexlansoprazol também seja afetada por fenótipos CYP2C19.
Dexlansoprazol pode ser administrado independentemente da presença de alimento ou dos horários das refeições. Em estudos sobre o efeito de alimento em indivíduos sadios tratados com Dexlansoprazol em diversas condições alimentares em comparação ao jejum, os aumentos de C max variaram de 12% a 55% e os aumentos da AUC variaram de 9% a 37%.
Entretanto, não se observaram diferenças significativas em relação ao pH intragástrico. Um estudo adicional demonstrou que a administração de 60 mgDexlansoprazol antes do café da manhã, do almoço, de um lanche ou do jantar não causa efeito sobre a exposição ao dexlansoprazol ou um efeito clinicamente relevante sobre o controle do pH intragástrico em 24 horas.
A farmacocinética de dexlansoprazol não foi estudada em pacientes com menos de 18 anos de idade.
Em um estudo com 12 indivíduos sadios do sexo masculino e 12 do sexo feminino tratados com uma dose oral única de Dexlansoprazol com 60 mg, a meia-vida de eliminação terminal de dexlansoprazol foi significativamente mais longa em indivíduos idosos do que em indivíduos mais jovens (2,23 e 1,5 horas, respectivamente). Além disso, dexlansoprazol apresentou exposição sistêmica mais elevada (ASC) nos indivíduos idosos (34,5% mais elevada) do que em indivíduos mais jovens. Estas diferenças não foram clinicamente relevantes, não sendo necessário ajuste de dose em pacientes idosos.
Em um estudo com 12 indivíduos sadios do sexo masculino e 12 do sexo feminino tratados com uma dose oral única de Dexlansoprazol com 60 mg, as mulheres apresentaram exposição sistêmica mais elevada (ASC) (42,8% mais elevada) que os homens. Entretanto, não é necessário ajustar a dose em pacientes com base no gênero.
Em um estudo com 12 pacientes que apresentavam comprometimento moderado da função hepática tratados com uma dose oral única de Dexlansoprazol com 60 mg, a exposição plasmática (ASC) de dexlansoprazol ligado e não-ligado foi aproximadamente duas vezes maior no grupo de comprometimento hepático do que em indivíduos com função hepática normal. Esta diferença na exposição não foi causada por uma diferença na ligação às proteínas entre os dois grupos de função hepática.
Não é necessário ajustar a doseDexlansoprazol em pacientes que apresentam comprometimento hepático leve (Child-Pugh classe A). Para pacientes que apresentam comprometimento hepático moderado (Child-Pugh classe B) deverá ser considerado Dexlansoprazol 30 mg. Não foram realizados estudos em pacientes que apresentam comprometimento hepático grave (Child-Pugh classe C).
Dexlansoprazol é extensamente metabolizado no fígado em metabólitos inativos e nenhum precursor é recuperado na urina após uma dose oral de dexlansoprazol. Portanto, a farmacocinética de dexlansoprazol não deverá ser alterada em pacientes que apresentarem comprometimento renal. Não foram realizados estudos em indivíduos com comprometimento renal.
Dexilant deve ser conservado na embalagem original e à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As cápsulas duras de Dexilant 30 mg são azuis e cinzas; as cápsulas duras de Dexilant 60 mg são azuis. Dentro das cápsulas há grânulos brancos a levemente acinzentados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S.: 1.0639.0261
Farm. Resp:
Alex Bernacchi
CRF-SP 33.461
Importado por:
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Rodovia SP 340 S/N, km 133,5, Ed. Adm.
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Rodovia SP 340 S/N, km 133,5, Ed. CQ.
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Indústria Brasileira
Venda sob prescrição médica.