Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
O cloridrato de metformina + glibenclamida 250 mg/1,25 mg é indicado como tratamento de primeira linha (inicial) em adultos com diabetes tipo 2, juntamente com dieta e exercícios, para melhorar o controle de açúcar no sangue não satisfatoriamente atingido somente com dieta e exercícios.
O cloridrato de metformina + glibenclamida atua diminuindo os níveis de açúcar (glicose) sanguíneo, em pacientes com diabetes tipo 2 (diabetes não insulino-dependente). É composto por dois agentes antidiabéticos, um pertencente à classe de medicamentos chamados biguanidas (cloridrato de metformina), e o outro à classe das sulfonilureias (glibenclamida).
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que tecidos do corpo absorvam a glicose (açúcar) do sangue e a usem para produzir energia ou armazená-la para uso posterior. Os pacientes com diabetes tipo 2 (ou seja, diabetes não insulino-dependente) não produzem insulina suficiente em seu pâncreas ou o seu corpo não responde adequadamente à insulina que produz. Isso provoca um aumento do nível da glicose no sangue. O cloridrato de metformina + glibenclamida ajuda a reduzir a taxa de açúcar no sangue para níveis normais.
Engula cada comprimido inteiro com um copo de água. Tome os comprimidos com uma refeição. A posologia deve ser ajustada de acordo com os seus hábitos alimentares. No entanto, toda tomada deverá ser seguida por uma refeição com níveis de carboidratos suficientes para prevenir uma baixa demasiada dos níveis de açúcar no sangue ( hipoglicemia ).
Evite bebidas alcoólicas quando for tomar cloridrato de metformina + glibenclamida.
A dose inicial é de 1 comprimido de cloridrato de metformina + glibenclamida 500 mg/2,5 mg ou cloridrato de metformina + glibenclamida 500 mg/5 mg uma vez ao dia. Para evitar hipoglicemia, a dose inicial não deve exceder as doses diárias que vinham sendo tomadas de metformina e glibenclamida (ou de outra sulfonilureia).
A dose inicial não deve exceder as doses diárias que vinham sendo tomadas de metformina e glibenclamida (ou de outra sulfonilureia).
Um aumento gradual na dose pode ajudar na tolerância gastrointestinal e a evitar a ocorrência de hipoglicemia.
O aumento da dose não deve exceder ao equivalente a 500 mg de cloridrato de metformina e 5 mg de glibenclamida por dia a cada 2 semanas ou mais, até o alcance da dose mínima eficaz para um controle adequado da glicemia.
O aumento da dose não deve exceder ao equivalente a 500 mg de cloridrato de metformina e 5 mg de glibenclamida por dia a cada 2 semanas ou mais, até o alcance da dose mínima eficaz para um controle adequado da glicemia. É necessário acompanhamento cuidadoso para sinais e sintomas de hipoglicemia.
O seu médico irá informar como tomar cloridrato de metformina + glibenclamida se você tiver que administrá-lo em combinação com medicamento utilizado para baixar o colesterol (sequestrante de ácidos biliares). O cloridrato de metformina + glibenclamida deve ser tomado pelo menos 4 horas antes do medicamento utilizado para baixar o colesterol (sequestrante de ácidos biliares).
A dose máxima é de 2.000mg/20mg por dia.
A dose deve ser ajustada dependendo das condições de funcionamento dos rins.
O cloridrato de metformina + glibenclamida pode ser empregado em pacientes com insuficiência renal moderada estágio 3 (depuração de creatinina entre 30 e 59 ml/min ou Taxa de Filtração Glomerular estimada [TFGe] entre 30 e 59 ml/min/1,73 m²) somente na ausência de outras condições que possam aumentar o risco de acidose láctica e com os seguintes ajustes na posologia: a dose inicial recomendada é de 500 mg ou 850 mg de cloridrato de metformina ao dia. A dose máxima diária recomendada é de 1.000 mg.
Não é recomendável iniciar tratamento com cloridrato de metformina + glibenclabina em pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 44 mL/min ou TGFe entre 30 e 44 mL/min/1,73 m 2 , porém cloridrato de metformina + glibenclamida pode ser mantido em pacientes já sob tratamento, dede que a dose máxima diária de metformina não seja superior a 1.000 mg.
Caso a depuração de creatinina ou a TFGe caiam para valores abaixo de 45 mL/mon ou 45 mL/min/1,73 m 2 respectivamente, devem ser avaliados os benefícios e os riscos da continuidade do tratamento com metformina.
Caso a depuração de creatinina ou a TFGe caiam para valores abaixo de 30 ml/min ou 30ml/min/1,73 m² respectivamente, o uso de cloridrato de metformina + glibenclamida deve ser interrompido imediatamente .
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Não tome uma dose dobrada para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Tome a dose seguinte na hora habitual.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Cloridrato de metformina + glibenclamida pode provocar uma complicação muito rara, mas grave, chamada acidose lática (com elevada mortalidade caso não proceda a um traumatismo imediato), particularmente se os rins não estiverem funcionando normalmente. O risco de acidose láctica é aumentado também com diabetes não controlada, cetose, jejum prolongado ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, infecção grava, insuficiência hepática (do fígado) e qualquer condição associada à hipóxia (quando uma área do corpo recebe menos oxigênio, tais como insuficiência cardíaca descompensada, infarto agudo do miocárdio) ou o uso concomitante de medicamentos que possam causar acidose láctica, como os NRTIs – Nucleosídeos Inibidores da Transcriptase Reversa (usados no tratamento da infecção pelo vírus HIV ).
A acidose láctica pode ocorrer devido à acumulação de metformina. Foram relatados casos de acidose láctica em pacientes tratados com metformina , principalmente diabéticos com insuficiência renal aguada ou agravamento agudo da função renal. Os pacientes ou cuidadores devem ser informados sobre o risco de acidose láctica.
Em situações que a função renal (dos rins) possa tornar-se prejudicada de forma aguda, como por exemplo, em casos de desidratação (redução da ingestão de líquidos, febre , diarreia ou vômitos graves ou prolongados) a metformina deve ser imediata e temporariamente interrompida. A reintrodução da metformina deve ser decidida pelo médico levando-se em conta a relação risco/benefício para cada paciente, bem como a condição da função renal. A diminuição da função renal em pacientes idosos é frequente e assintomática.
Alguns medicamentos também podem comprometera função renal de forma aguda, aumentando o risco de acidose láctica, por exemplo: anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo inibidores da ECA, antagonistas dos receptores de angiotensina II e diuréticos , especialmente os diuréticos de alça. A utilização desses medicamentos em combinação com metformina deve ser feito com cutela e acompanhado de monitoramento rigoroso da função renal.
Os sintomas da acidose láctica são vômitos, dores de barriga (dor abdominal), cãibras musculares, sensação geral de mal-estar com grande cansaço (astenia), dificuldade em respirar (dispneia acidótica) e diminuição da temperatura do corpo ( hipotermia ). Casso esses sintomas ocorram, você pode necessitar de tratamento imediato, uma vez que a acidose láctica pode levar ao como. Pare de tomar metformina imediatamente e informe o seu médico.
A taxa de filtração gromerular (TGF) deve ser monitorada antes de iniciar o tratamento e também regularmente durante o tratamento. Metformina é contraindicada para pacientes com taxa de filtração glomerular <30 mL/min e deve ser temporariamente descontinuada na presença de condições que alteram a função renal.
Mantenha sua dieta e faça exercícios regularmente enquanto tomar este medicamento. Consulte o seu médico regularmente para verificar os seus níveis de açúcar no sangue e a sua função renal.
Não dirija veículos ou opere máquinas se tiver a visão turva (isto pode acontecer no início do tratamento devido a um nível mais baixo de açúcar no sangue) ou se sentir que os sintomas de níveis baixos de açúcar no sangue começam a aparecer.
Os comprimidos de cloridrato de metformina + glibenclamida contêm lactose. Caso possua intolerância a certos açúcares, entre em contato com seu médico antes de tomar esse medicamento.
Se você for portador de uma doença hereditária (deficiência de G6PD) na qual os seus glóbulos vermelhos não produzem quantidade suficiente da enzima G6PD, o uso de cloridrato de metformina + glibenclamida poderá provocar uma destruição rápida dos glóbulos vermelhos ( anemia hemolítica). Se tiver essa doença informe o seu médico, uma vez que cloridrato de metformina + glibenclamida poderá não ser indicado para você.
Metformina deve ser descontinuada antes ou no momento do procedimento com administração de contraste à base de iodo, e só deve ser reiniciada após pelo menos 48 horas do exame, desde que a função renal tenha sido reavaliada e verificada como estável.
Em pacientes com insuficiência cardíaca crônica estável, metformina deve ser utilizada com monitoramento regular das funções cardíaca e renal. Para pacientes com insuficiência cardíaca instável ou aguda, metformina é contraindicada.
Metfotmina deve ser descontinuada 48 antes de cirurgias sob anestesia geral, raquidiana ou peridural. A terapia só pode ser reiniciada após 48 horas da cirurgia ou reinício da alimentação e desde que a função renal tenha sido reavaliada e considerada estável.
Não foi estabelecida a segurança e eficácia em pacientes pediátricos. O cloridrato de metformina + glibenclamida destina-se somente para uso em adultos.
Idades de 65 anos e acima tem sido identificadas como um fator de risco para hipoglicemia em pacientes tratados com sulfonilureias. Hipoglicemia pode ser de difícil reconhecimento em idosos. Em pacientes com 65 ou mais, as doses iniciais e de manutenção da glibenclamida devem ser cuidadosamente ajustadas para reduzir o risco de hipoglicemia. O tratamento deve ser iniciado com a dose mais baixa disponível e aumentada gradualmente, se necessário.
Recomenda-se que esses pacientes não recebam a dose máxima de cloridrato de metformina + glibenclamida a fim de evitar o risco de hipoglicemia. É necessária avaliação regular da função renal.
Recomenda-se que esses pacientes não recebam a dose máxima de cloridrato de metformina + glibenclamida a fim de evitar o risco de hipoglicemia. É necessária avaliação regular da função renal.
Informe seu médico se estiver grávida, com suspeita de gravidez ou se planeja engravidar.
Durante a gravidez, o diabetes deve ser tratado com insulina. Se descobrir que está grávida durante tratamento com cloridrato de metformina + glibenclamida consulte o seu médico para que este possa alterar o seu tratamento. O cloridrato de metformina + glibenclamida é contraindicado durante a amamentação. Não tome cloridrato de metformina + glibenclamida se estiver amamentando ou se tiver intenção de amamentar.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Como todos os medicamentos, cloridrato de metformina + glibenclamida pode causar algumas reações desagradáveis; no entanto, estas não ocorrem em todas as pessoas. Caso você tenha uma reação alérgica, deve parar de tomar o medicamento.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova concentração no país (1.000 mg/5 mg) e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Cloridrato de metformina + glibenclamida 250 mg/1,25 mg, 500 mg/2,5 mg, 500 mg/5 mg ou 1.000 mg/5 mg: embalagens contendo 10, 30, 60, 90, 100*, 200** ou 500** comprimidos revestidos.
*Embalagem Fracionável.
**Embalagem Hospitalar.
Uso oral.
Uso adulto.
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999.
Cloridrato de metformina | 250 mg |
Glibenclamida | 1,25 mg |
Excipientes: celulose microcristalina, povidona , croscarrmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose + macrogol + dióxido de titânio, talco , óxido de ferro amarelo.
Cloridrato de metformina | 500 mg |
Glibenclamida | 2,5 mg |
Excipientes: celulose microcristalina, povidona, croscarrmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose + macrogol + dióxido de titânio, talco, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho.
Cloridrato de metformina | 500 mg |
Glibenclamida | 5 mg |
Excipientes: celulose microcristalina, povidona, croscarrmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose + macrogol + dióxido de titânio, talco, óxido de ferro amarelo.
Cloridrato de metformina | 1.000 mg |
Glibenclamida | 5 mg |
Excipientes: celulose microcristalina, povidona, croscarrmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose + macrogol + dióxido de titânio, talco.
Se você tomar mais comprimidos de cloridrato de metformina + glibenclamida do que deveria poderá desenvolver acidose lática ou níveis baixos de açúcar no sangue.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 7226001, se você precisar de mais orientações.
Evite bebidas alcoólicas e medicamentos que contenham álcool em sua fórmula. Pode ocorrer intolerância ao álcool. O álcool pode aumentar determinados efeitos secundários, tais como a acidose lática e baixos níveis de açúcar no sangue.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A eficácia, segurança e tolerabilidade da associação fixa de Glibenclamida + Cloridrato de Metformina foi comparada ao tratamento com glibenclamida ou metformina em monoterapia durante 16 semanas, demonstrando redução dos níveis de HbA1c 1,7% superior no grupo em uso da associação fixa versus o grupo em uso de glibenclamida em monoterapia e 1,9% superior no grupo em uso da associação fixa versus o grupo em uso de metformina em monoterapia. (1)
Um estudo multicêntrico, duplo-cego analisou pacientes com diabetes tipo 2 com controle glicêmico inadequado (HbA1c>7% e <12%) com apenas dieta e exercício e comparou os benefícios de uma terapia inicial com associação fixa de Glibenclamida + Cloridrato de Metformina versus monoterapia de Glibenclamida + Cloridrato de Metformina durante 16 semanas. A associação fixa de Glibenclamida + Cloridrato de Metformina ocasionou uma redução da HbA1c na linha de base (-2,27%) versus metformina (-1,53%) e glibenclamida (-1,90%). A associação fixa reduziu significativamente a glicemia de jejum e pós-prandial de 2 horas comparado com a monoterapia. (2)
Um estudo retrospectivo que comparou as alterações na HbA1c de pacientes diabéticos tipo 2 novos à associação fixa de Glibenclamida + Cloridrato de Metformina versus glibenclamida coadministrada com metformina (associação livre), demonstrou que o grupo tratado com associação fixa de Glibenclamida + Cloridrato de Metformina obteve uma redução média na HbA1c 0,5% superior ao grupo em uso da Glibenclamida + Cloridrato de Metformina em associação livre. A associação fixa de Glibenclamida + Cloridrato de Metformina melhora significativamente o controle glicêmico em comparação à associação livre da Glibenclamida + Cloridrato de Metformina em pacientes diabéticos tipo 2 novos à terapia combinada. (3)
Um estudo avaliou a eficácia e segurança de duas dosagens da associação fixa de Glibenclamida + Cloridrato de Metformina , comparada às suas respectivas monoterapias em pacientes com diabetes tipo 2 inadequadamente controlados com o tratamento com metformina em monoterapia. O estudo demonstrou maiores reduções da HbA1c e da glicemia de jejum em pacientes que fizeram uso da associação fixa em comparação à monoterapia. (4)
Referências Bibliográficas:
(1) Blonde L et al - Glyburide/metformin combination product is safe and efficacious in patients with type 2 diabetes failing sulphonylurea therapy. Diabetes, Obesity and Metabolism, 4, 2002, 368-375
(2) Garber et al - Efficacy of glyburide/metformin tablets compared with initial monotherapy in type 2 diabetes - J Clin Endocrinol Metab 2003; 88: 3598-3604
(3) Blonde L et al - Greater reductions in A1C in type 2 diabetic patients new to therapy with glyburide/metformin tablets as compared to glyburide/metformin tablets as compared to glyburide co-administered wit metformin - Diabetes, Obesity and Metabolism 2003; 5: 424- 431.
(4) Marre M et al - Improved glycaemic control with metformin-glibenclamide combined tablet therapy (Glucovance ® ) in type 2 diabetic patients inadequately controlled on metformin – Diabetic Medicine, 2002; 19: 673-680.
Glibenclamida + Cloridrato de Metformina contém em sua formulação Glibenclamida + Cloridrato de Metformina, dois agentes com mecanismos de ação diferentes e complementares, usados no controle glicêmico em pacientes com diabetes do tipo 2.
A metformina é uma biguanida com efeito anti-hiperglicémico que permite reduzir a glicose plasmática basal e pós-prandial. Não estimula a secreção de insulina e, por isso, não produz hipoglicemia.
A metformina estimula a síntese de glicogênio intracelular atuando ao nível da glicogêniosintetase. A metformina aumenta a capacidade de transporte de todos os tipos de transportadores de glicose de membrana (GLUT).
No ser humano, independentemente da sua ação sobre a glicemia, a metformina exerce efeitos favoráveis sobre o metabolismo lipídico. Tal efeito foi demonstrado com doses terapêuticas em ensaios clínicos controlados, a médio e a longo prazo: a metformina reduz o colesterol total, o colesterol LDL e os níveis de triglicerídeos . Até o momento, estes efeitos favoráveis no metabolismo lipídico ainda não foram demonstrados em ensaios clínicos conduzidos com a associação da Glibenclamida + Cloridrato de Metformina.
A glibenclamida é uma sulfonilureia de segunda geração com uma meia-vida mediana: causa uma queda acentuada da glicemia por estimulação da liberação de insulina pelo pâncreas, sendo este efeito dependente da presença de células beta funcionais nas ilhotas de Langerhans. A estimulação da secreção de insulina pela glibenclamida, em resposta à ingestão de uma refeição, tem grande importância.
A administração de glibenclamida em diabéticos induz um aumento da resposta pós-prandial estimulada pela insulina. Este aumento das respostas pós-prandiais à secreção de insulina e de peptídeo-C persistem após pelo menos 6 meses de tratamento.
A metformina e a glibenclamida têm mecanismos e locais de atuação diferentes, porém suas ações são complementares. A glibenclamida estimula o pâncreas a secretar insulina, enquanto que a metformina reduz a resistência das células à insulina atuando a nível periférico (músculo esquelético) e na sensibilidade hepática à insulina.
De acordo com o United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS), estudo multicêntrico randomizado que acompanhou por cerca de 10 anos mais de 7000 pacientes submetidos a diversos tratamentos para controle do diabetes Tipo 2, a metformina reduziu, de maneira significativa, as complicações e mortalidade associadas com a doença.
Estudos clínicos duplo-cegos e randomizados com Glibenclamida + Cloridrato de Metformina 500 mg/2,5 mg e 500 mg/5 mg, envolvendo pacientes portadores de diabetes tipo 2 [(a) não satisfatoriamente controlados somente com dieta e exercícios, (b) não satisfatoriamente controlados com dieta, exercícios e dose máxima de uma sulfonilureia, e (c) não satisfatoriamente controlados com dieta, exercícios e dose próxima da máxima de metformina], evidenciaram o efeito aditivo sinérgico da glibenclamida e da metformina quando administradas conjuntamente, numa formulação em dose-fixa como Glibenclamida + Cloridrato de Metformina: este tratamento proporcionou maiores reduções na HbA1c (hemoglobina glicosilada) FPG (glicemia de jejum) e PPG (glicemia pós-prandial), quando comparado com a administração isolada de Glibenclamida + Cloridrato de Metformina .
A biodisponibilidade da associação da metformina com a glibenclamida é semelhante à observada quando um comprimido de metformina e um comprimido de glibenclamida são tomados simultaneamente. A biodisponibilidade da metformina na associação não é alterada pela ingestão de alimentos. A biodisponibilidade da glibenclamida na associação não é alterada pela ingestão de alimentos, mas a sua velocidade de absorção aumenta.
Após uma dose oral de cloridrato de metformina, T max é alcançado em 2,5 horas. A biodisponibilidade absoluta de um comprimido de 500 mg ou 850 mg de metformina é de aproximadamente 50-60% em indivíduos saudáveis. Após uma dose oral, a fração não absorvida recuperada nas fezes foi de 20-30%.
Após administração oral, a absorção do cloridrato de metformina é saturável e incompleta. Presume-se que a farmacocinética da absorção do cloridrato de metformina é não-linear. Nas doses e esquemas de dosagem habituais do cloridrato de metformina, as concentrações plasmáticas no estado estacionário são atingidas no prazo de 24 a 48 horas e são geralmente inferiores a 1 μg/ml. Em estudos clínicos controlados, os níveis plasmáticos máximos do cloridrato de metformina (C max ) não excederam 4 μg/ml, mesmo com as doses máximas.
A taxa de ligação às proteínas plasmáticas é desprezível. O cloridrato de metformina distribuise pelos eritrócitos. O pico sanguíneo é mais baixo do que o pico plasmático e ocorrem aproximadamente ao mesmo tempo. Os glóbulos vermelhos representam, provavelmente, um compartimento secundário de distribuição. O volume de distribuição médio, Vd, situou-se entre 63 a 276 l.
A metformina é excretada na urina, sob a forma inalterada. Não foram identificados quaisquer metabolitos em seres humanos.
A depuração renal do cloridrato de metformina é > 400 ml/min, o que indica que o cloridrato de metformina é eliminado por filtração glomerular e secreção tubular. Após uma dose oral, a meia-vida de eliminação terminal aparente é de aproximadamente 6,5 horas. No caso de insuficiência renal, a depuração renal diminui proporcionalmente à depuração da creatinina e, assim, a meia-vida de eliminação é prolongada, o que dá origem a níveis mais elevados de cloridrato de metformina no plasma.
A glibenclamida é rapidamente absorvida (> 95%) após administração oral. A concentração plasmática máxima é alcançada em aproximadamente 4 horas.
A glibenclamida liga-se extensivamente à albumina plasmática (99%) sendo a causa de certas interações medicamentosas.
A glibenclamida é completamente metabolizada no fígado em dois metabolitos. A insuficiência hepatocelular diminui o metabolismo da glibenclamida e reduz significativamente sua excreção.
A glibenclamida é excretada na forma de metabolitos por via biliar (60%) e na urina (40%), com a eliminação sendo completada após 45 a 72 horas. A sua meia-vida de eliminação terminal é de 4 a 11 horas. A excreção biliar dos metabolitos aumenta em casos de insuficiência renal, de acordo com a gravidade de insuficiência renal até uma depuração da creatinina de 30 ml/min. Assim, a eliminação da glibenclamida não é alterada em presença de insuficiência renal desde que a depuração da creatinina permaneça acima de 30 ml/min.
Não há informação disponível sobre a farmacocinética de glibenclamida em pacientes com insuficiência renal. Em pacientes com função renal diminuída (com base na depuração da creatinina), a meia-vida plasmática e sanguínea do cloridrato de metformina é prolongada e a depuração renal é diminuída em proporção com a diminuição depuração da creatinina.
Estudos farmacocinéticos não foram conduzidos em pacientes com insuficiência hepática, tanto para glibenclamida quanto para o cloridrato de metformina.
Não há informações sobre a farmacocinética de glibenclamida em pacientes idosos. Dados limitados de estudos farmacocinéticos controlados com cloridrato de metformina em idosos saudáveis sugerem que a depuração plasmática total é diminuída, a meia-vida é prolongada e o C max é aumentado, em comparação com indivíduos jovens saudáveis. Esses dados sugerem que a mudança na farmacocinética do cloridrato de metformina com o envelhecimento é principalmente atribuída a uma alteração na função renal.
Não houve diferenças na farmacocinética da glibenclamida e da metformina entre pacientes pediátricos e adultos saudáveis de igual peso e gênero.
Estudo de interação em dose única metformina-nifedipino em voluntários sadios normais demonstrou que a coadministração destes dois fármacos aumentou o C max e a AUC da metformina no plasma em 20% e 9% respectivamente, e aumentou a quantidade de metformina excretada na urina. T max e a meia-vida de metformina não foram afetadas. O nifedipino parece aumentar a absorção de metformina. A metformina acarretou efeitos mínimos sobre a farmacocinética do nifedipino.
Estudo de interação em dose única de metformina-furosemida em indivíduos sadios demonstrou que os parâmetros farmacocinéticos de ambos os fármacos foram afetados pela coadministração. A furosemida aumentou o C max da metformina no plasma e no sangue em 22% e a AUC no sangue em 15%, sem nenhuma alteração significativa na depuração renal da metformina. Quando administrada com metformina, a furosemida apresentou C max e AUC respectivamente 31% e 12% menores do que quando administrada isoladamente, sendo que a meia-vida terminal foi reduzida em 32%, sem nenhuma alteração significativa na depuração renal da furosemida. Não existem informações disponíveis a respeito da interação entre metformina e furosemida quando administradas de forma crônica.
Em um estudo de interação farmacocinética, a metformina aumentou a taxa de eliminação da varfarina .
Além da interação com substratos/inibidores/indutores de OCT, outros fármacos catiônicos (como amilorida, digoxina , morfina, procainamida, quinidina, quinina, ranitidina, triantereno, trimetoprima ou vancomicina) que são eliminados por secreção tubular renal possuem teoricamente potencial para interagir com a metformina por meio da competição pelos sistemas comuns de transporte tubular renal.
Em voluntários sadios, as farmacocinéticas da metformina e do propranolol não foram afetadas quando em coadministração em um estudo de interação com dose única.
Em voluntários sadios, as farmacocinéticas da metformina e do ibuprofeno não foram afetadas quando em coadministração em um estudo de interação com dose única.
O uso de glibenclamida com ciclosporina foi associado com um aumento significativo de 57% na concentração plasmática em estado estacionário da ciclosporina.
Manter à temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz e manter em lugar seco.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Comprimido revestido na cor amarela, oblongo, biconvexo e liso.
Comprimido revestido na cor salmão, oblongo, biconvexo e liso.
Comprimido revestido na cor amarela, oblongo, biconvexo e liso.
Comprimido revestido na cor branca, oblongo, biconvexo e liso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS: nº 1.2675.0298
Farm Resp.:
Dr. Francisco Martins da Silva
CRF - SP nº 23.060
Registrado por:
Nova Química Farmacêutica LTDA
Avenida Ceci, 820
Bairro: Tamboré Barueri – SP/
CEP: 06460-120
CNPJ: 72.593.791/0001-11
Indústria brasileira
Fabricado por:
EMS S/A
Hortolândia/SP
SAC:
0800-0262274
Venda sob prescrição médica.