Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Cablivi ® é indicado para tratar um episódio de púrpura trombocitopênica trombótica adquirida (PTTa) em adultos em conjunto com a troca plasmática e imunossupressão. Esta é uma doença rara da coagulação sanguínea, na qual se formam coágulos em pequenos vasos sanguíneos. Esses coágulos podem bloquear os vasos sanguíneos e danificar o cérebro, coração, rins ou outros órgãos. Cablivi ® previne a formação desses coágulos sanguíneos, impedindo que as plaquetas se aglutinem no sangue. Ao fazer isso, o Cablivi ® reduz as chances de outro episódio de PTTa logo após o primeiro.
O caplacizumabe é um nano anticorpo bivalente humanizado (fragmento de anticorpo) que inibe a interação entre o fator de von Willebrand e as plaquetas, impedindo a agregação plaquetária, característica da púrpura trombocitopênica trombótica adquirida (PTTa).
Este medicamento não deve ser usado em pacientes alérgicos ao caplacizumabe ou a qualquer outro componente da formulação.
Deve ser administrado apenas em adultos (> 18 anos).
O Cablivi ® deve ser utilizado por injeção intravenosa ou aplicação subcutânea.
O tratamento com Cablivi ® deve ser um complemento da troca plasmática e da terapia imunossupressora.
Por se tratar de um medicamento com manipulação e administração exclusivas por profissionais qualificados, as diretrizes para manuseio, preparação, administração e descarte estão contidas no folheto informativo destinado aos profissionais de saúde. Em caso de dúvida, consulte seu médico.
10 mg de caplacizumabe serão administrados no primeiro dia de tratamento como uma injeção intravenosa pelo menos 15 minutos antes de uma terapia de troca plasmática, seguida por uma injeção subcutânea de 10 mg após a conclusão da troca plasmática naquele dia.
10 mg de caplacizumabe serão administrados diariamente como injeções subcutâneas após a conclusão de cada troca plasmática pela duração do tratamento diário de troca plasmática.
Injeção subcutânea diária de 10 mg de caplacizumabe por 30 dias após a interrupção do tratamento diário de troca plasmática. Se ao final desse período houver evidência de doença imunológica não resolvida, recomenda-se otimizar o regime de imunossupressão e continuar a administração subcutânea diária de 10 mg de caplacizumabe até que os sinais da doença imunológica subjacente sejam resolvidos.
A administração diária e a continuidade do tratamento são críticas. Contudo, se a administração de uma dose de Cablivi ® não for realizada durante o período de permuta plasmática, deve ser administrada o mais rapidamente possível. Se uma dose de Cablivi ® não for realizada após o período de troca plasmática, ela poderá ser administrada dentro de 12 horas após o horário programado de administração. Após 12 horas, a dose esquecida deve ser pulada e a próxima dose diária administrada de acordo com o esquema posológico usual.
No programa de desenvolvimento clínico, o caplacizumabe foi administrado diariamente por até 77 dias. Não existem dados disponíveis sobre repetição de tratamento com caplacizumabe. Recomenda-se suspender o tratamento se o paciente apresentar mais de duas recorrências de PTTa enquanto estiver usando Cablivi.
O tratamento com Cablivi ® deve ser descontinuado 7 dias antes da cirurgia eletiva, procedimentos odontológicos invasivos ou outras intervenções invasivas.
Cablivi ® deve ser preparado e reconstituído antes da administração. Instruções detalhadas sobre preparação e administração são fornecidas nas Instruções de Uso.
A primeira dose deve ser administrada por injeção intravenosa de pressão por um profissional de saúde. As doses subsequentes devem ser administradas por injeções subcutâneas no abdômen por um profissional de saúde.
Não deve ser injetado na área ao redor do umbigo e não deve ser usado o mesmo quadrante abdominal para injeções consecutivas.
Nenhum ajuste de dose é recomendado para pacientes idosos (≥ 65 anos).
Não é necessário ajuste da dose de Cablivi ® em pacientes com insuficiência renal.
Não é recomendado ajuste da dose de Cablivi ® em paciente com diminuição da função hepática.
Não reutilize nenhum dos suprimentos.
Após a injeção, descarte o frasco-ampola com qualquer líquido restante de Cablivi ® . Descarte o frasco usado com o adaptador conectado e a seringa com a agulha em um coletor para descarte de objetos perfurocortantes. Consulte “Etapa 13: descarte a seringa e o frasco-ampola usados” no final destas Instruções de uso para obter maiores informações sobre o descarte.
Mantenha Cablivi ® e todos os medicamentos fora do alcance e da vista das crianças.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O seu médico terá as instruções ao administrar este medicamento a você.
Em caso de dúvida, procure orientação do farmacêutico ou do seu médico ou cirurgião-dentista.
Este medicamento não deve ser usado em pacientes alérgicos ao caplacizumabe ou a qualquer outro componente da formulação.
Caplacizumabe aumenta o risco de sangramento. Converse com seu médico em caso de sangramento excessivo durante o tratamento. O seu médico pode lhe pedir para parar o tratamento. O médico informará quando você poderá iniciar seu tratamento novamente.
Uso concomitante de anticoagulantes orais ou heparina em altas doses. Converse com seu médico se estiver usando anticoagulantes, como antagonistas da vitamina K, rivaroxabana , apixabana (que tratam coágulos sanguíneos), medicamentos antiplaquetários, como aspirina ou heparina de baixo peso molecular (que previne coágulos sanguíneos). O seu médico decidirá como você deve ser tratado.
Embora nenhum risco aumentado de sangramento tenha sido observado em ensaios clínicos, o tratamento concomitante com agentes antiplaquetários e/ou heparina de baixo peso molecular requer uma avaliação de risco/benefício risco e monitoramento clínico rigoroso.
Fale com o seu médico se tiver um distúrbio hemorrágico como a hemofilia . O seu médico decidirá como você deve ser tratado.
Converse com seu médico se você for fazer uma cirurgia, tratamento dentário ou outros procedimentos que requeiram incisões. O seu médico decidirá se pode ser adiado ou se você deve interromper o uso de Cablivi ® antes de sua cirurgia ou tratamento odontológico.
Converse com seu médico caso tenha função hepática gravemente reduzida. O seu médico decidirá como você deve ser tratado.
O uso de Cablivi ® não é recomendado durante a gravidez. Se você estiver grávida ou planeja engravidar, converse com seu médico sobre o uso de caplacizumabe.
O uso de Cablivi ® não é recomendado durante a amamentação. Se estiver amamentando ou planejando amamentar, converse com seu médico sobre o uso de caplacizumabe.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente o seu médico.
Os efeitos do caplacizumabe na fertilidade em humanos são desconhecidos.
O Cablivi ® não deve influenciar a capacidade de dirigir ou usar máquinas.
Cablivi ® não é recomendado para menores de 18 anos.
A segurança e eficácia de Cablivi ® em crianças de 0 a 18 anos não foram estabelecidas.
Não há dados disponíveis em relação ao uso a longo prazo de Cablivi ® .
Atenção diabéticos: este medicamento contém açúcar.
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Embalagem com 1 frasco-ampola com 10 mg de caplacizumabe e 1 seringa preenchida com 1 mL de água para injetáveis.
Uso intravenoso (IV) e uso subcutâneo.
Uso adulto.
10 mg de caplacizumabe.
Excipientes: sacarose, ácido cítrico, citrato de sódio di-hidratado, polissorbato 80.
Cada seringa preenchida de diluente contém 1 mL de água para injetáveis.
Em caso de sobredosagem, existe o potencial de aumentar o risco de hemorragia. Recomenda-se um monitoramento cuidadoso dos sinais e sintomas de sangramento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Não foram realizados estudos de interação medicamentosa com caplacizumabe.
Informe o seu médico se você estiver usando, tiver usado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Informe também o seu médico se estiver usando um medicamento anticoagulante (afinador do sangue), como antagonistas da vitamina K, rivaroxabana ou apixabana, que tratam coágulos sanguíneos ou agentes antiplaquetários, como aspirina ou heparina de baixo peso molecular que previne coágulos sanguíneos.
Informe o seu médico ou cirurgião-dentista se estiver tomando outros medicamentos.
Não tome drogas sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
A eficácia e segurança de caplacizumabe em adultos com um episódio de púrpura trombocitopênica trombótica adquirida (PTTa) foram estabelecidas no estudo clínico de Fase III, HERCULES – contemplando um total de 145 pacientes.
HERCULES, um estudo fase III duplo-cego, controlado por placebo, no qual 145 pacientes ([com idade média de 45 anos (18 a 79 anos), sendo 69% do sexo feminino e 73% brancos]) com um episódio de PTTa foram randomizados na proporção de 1:1 para receber Caplacizumabe (n=72) ou placebo (n=73) em combinação com troca plasmática e imunossupressão. As características da doença na linha de base eram típicas de púrpura trombocitopênica trombótica adquirida (PTTa). Os pacientes foram estratificados de acordo com a gravidade do envolvimento neurológico (pontuação da escala de coma de Glasgow ≤12 ou 13 a 15). Pacientes com sepse , infecção por E. coli 0157, síndrome hemolítica urêmica atípica, coagulação intravascular disseminada ou púrpura trombocitopênica trombótica congênita não foram elegíveis para a inscrição. Foi administrada aos pacientes uma única injeção intravenosa de caplacizumabe 10 mg ou placebo antes realização da primeira troca plasmática no estudo. Após esta etapa, foi administrada uma injeção subcutânea diária de caplacizumabe ou placebo após a finalização de cada troca plasmática pela duração do período diário de troca plasmática e por 30 dias depois. Se ao final desse período de tratamento houvesse evidência de atividade imunológica persistente subjacente à doença, como níveis de atividade ADAMTS13 suprimidos permanecerem presentes (ou seja, indicativo de um risco iminente de recorrência), o tratamento poderia ser estendido semanalmente por um período máximo de 4 semanas, juntamente com otimização de imunossupressão.
Pacientes que apresentaram recorrência durante o tratamento medicamentoso do estudo foram transferidos para um estudo não-cego de caplacizumabe. Esses pacientes receberam novamente o tratamento pela duração da troca plasmática diária e por 30 dias depois. Se, no final deste período de tratamento, houve evidências de doença imunológica subjacente em andamento, o tratamento aberto com caplacizumabe poderá ser estendido semanalmente por um período máximo de 4 semanas, juntamente com a otimização da imunossupressão.
Os pacientes tiveram acompanhamento durante 1 mês após a descontinuação do tratamento. Em casos de recorrência durante o período de acompanhamento (após todo o tratamento medicamentoso do estudo ter sido interrompido), não houve reinício do caplacizumabe e a recorrência deveria ser tratada de acordo com o padrão de atendimento.
A duração médica do tratamento com caplacizumabe no período duplo cego do estudo foi de 35 dias. No HERCULES, os pacientes foram tratados até no máximo 65 dias.
A eficácia do Caplacizumabe em pacientes com PTTa foi estabelecida com base no tempo até a resposta da contagem de plaquetas (contagem de plaquetas ≥150.000 / μL seguida pela interrupção da troca plasmática diária em 5 dias). O tratamento com caplacizumabe resultou em uma redução estatisticamente significativa no tempo de resposta à contagem de plaquetas (p <0,01). Os pacientes tratados com caplacizumabe apresentaram 1,55 vezes mais chances de obter resposta da contagem de plaquetas em um determinado momento, em comparação aos pacientes tratados com placebo.
O tratamento com caplacizumabe resultou em uma redução de 74% na porcentagem de pacientes com morte relacionada ao PTTa, recorrência de PTTa ou pelo menos um evento tromboembólico importante durante o tratamento medicamentoso do estudo (p <0,0001 - consulte a Tabela 1).
Tabela 1 – Pacientes no estudo fase III com morte relacionada a PTTa, recorrência de PTTa ou pelo menos um evento tromboembólico importante emergente do tratamento durante o período de tratamento com medicamentos do estudo (População ITT).
Número de pacientes com: | Caplacizumabe N=72 | Placebo N=73 |
n (%)* | n (%) | |
Morte relacionada a PTTa | 0 | 3 (4,1) |
Recorrência de PTTa (exacerbação) | 3 (4,2) | 28 (38,4) |
Pelo menos um evento tromboembólico importante emergente do tratamento | 6 (8,5) | 6 (8,2) |
Total | 9 (12,7) | 36 (49,3) |
N = número de pacientes na população de interesse (por grupo de tratamento); n = número de pacientes com eventos; TTP = púrpura trombocitopênica trombótica; ITT = intenção de tratar; * com base em 71 pacientes que receberam pelo menos uma dose do medicamento do estudo.
A proporção de pacientes com recorrência de PTTa no período geral do estudo (ou seja, o período de tratamento medicamentoso mais os 28 dias de acompanhamento após a descontinuação do tratamento medicamentoso) foi 67% menor no grupo caplacizumabe (12,7%) em comparação ao grupo placebo (38,4%) (p <0,001). Nos 6 pacientes do grupo caplacizumabe que apresentaram recorrência de PTTa durante o período de acompanhamento (ou seja, uma recaída), os níveis de atividade do ADAMTS13 foram <10% no final do tratamento medicamentoso do estudo, indicando que a doença imunológica subjacente ainda estava ativa no momento em que o caplacizumabe foi interrompido.
Nenhum paciente tratado com caplacizumabe apresentou doença refratária (definida como ausência de duplicação de plaquetas após 4 dias de tratamento padrão e LDH elevado), em comparação com três pacientes (4,2%) tratados com placebo. Observou-se uma tendência à normalização mais rápida dos marcadores de danos aos órgãos, lactato desidrogenase, troponina I cardíaca e creatinina sérica em pacientes tratados com caplacizumabe.
O tratamento com caplacizumabe reduziu o número médio de dias de troca plasmática, o volume de plasma usado, o tempo médio de permanência na Unidade de Terapia Intensiva e o tempo médio de hospitalização durante o período de tratamento medicamentoso do estudo (ver Tabela 2).
Tabela 2- Número de dias de troca plasmática, volume de plasma utilizado, tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva e tempo de hospitalização durante o período de tratamento medicamentoso do estudo (População ITT).
- | Caplacizumabe N=72 | Placebo N=73 |
Mean* (DP)* | Mean (DP) | |
Número de dias de troca plasmática | 5.8 (0.51) | 9.4 (0.81) |
Volume total de plasma utilizado (L) | 21.3 (1.62) | 35.9 (4.17) |
Número de dias de permanência na Unidade de Terapia Intensiva | 3.4 (0.4) (n=28) | 9.7 (2.1) (n=27) |
Número de dias de hospitalização | 9.9 (0.7) | 14.4 (1.2) |
N = número de pacientes na população de interesse (por grupo de tratamento); DP: desvio padrão; ITT = intenção de tratar; * baseado em 71 pacientes que recebram pelos menos uma dose do medicamento alvo do estudo; n = número de pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva.
O caplacizumabe é um nano anticorpo bivalente humanizado (fragmento de anticorpo) que consiste em dois blocos de construção humanizados idênticos (PMP12A2hum1), geneticamente ligados por um ligante de três alanina, visando o domínio A1 do fator de von Willebrand e inibindo a interação entre o fator de von Willebrand e as plaquetas. Como tal, o caplacizumabe evita a agregação plaquetária mediada por Fator de von Willebrand de alto peso molecular, característica da aTTP. Também afeta a disposição do fator de von Willebrand, levando a reduções transitórias dos níveis totais de antígeno do fator de von Willebrand e à redução concomitante dos níveis de fator VIII: C durante o tratamento.
O efeito farmacológico do caplacizumabe na inibição do alvo foi avaliado usando dois biomarcadores para a atividade do fator de von Willebrand; agregação plaquetária induzida por ristocetina (RIPA) e cofator de ristocetina (RICO). A inibição total da agregação plaquetária mediada pelo fator von Willebrand pelo caplacizumabe é indicada pelos níveis de atividade do RIPA e RICO que caem abaixo de 10% e 20%, respectivamente. A dose subcutânea de 10 mg em pacientes com PTTa provocou inibição total da agregação plaquetária mediada pelo fator von Willebrand, como evidenciado pelos níveis de atividade do RICO <20% aproximadamente 4 horas após a dose e durante o período de tratamento. A atividade do RICO retornou aos valores basais dentro de 7 dias após a descontinuação do medicamento.
O efeito farmacológico do caplacizumabe na disposição alvo foi medido usando o antígeno do fator von Willebrand e a atividade de coagulação do fator VIII (fator VIII: C) como biomarcadores. Após a administração repetida de caplacizumabe, observou-se uma diminuição de 30-50% nos níveis de antígeno do fator de von Willebrand em estudos clínicos, atingindo um máximo em 1-2 dias após o tratamento. Como o fator de von Willebrand atua como portador do fator VIII, os níveis reduzidos de antígeno do fator de von Willebrand resultaram em uma redução semelhante nos níveis de fator VIII: C. O antígeno do fator de von Willebrand reduzido e os níveis de FVIII: C foram transitórios e retornaram à linha de base após a interrupção do tratamento.
A farmacocinética do caplacizumabe foi avaliada em sujeitos saudáveis após uma única infusão intravenosa e após uma única e repetidas injeções subcutâneas. A farmacocinética em pacientes com PTTa foi avaliada após uma única e repetidas injeções intravenosas.
CABLICI exibe uma farmacocinética não proporcional à dose, caracterizada pela disposição mediada pelo alvo.
Após administração subcutânea, caplacizumabe é rapidamente e quase completamente absorvido (F estimado > 0.901) na circulação sistêmica.
Em voluntários saudáveis com administração subcutânea de caplacizumabe uma vez ao dia, a concentração máxima foi observada em 6 – 7 horas após a administração e o estado estacionário.
Após a absorção, caplacizumabe liga-se ao alvo e é distribuído aos órgãos bem perfundidos. Em pacientes com PTTa o volume central de distribuição estimado é de 6,33 L.
Presume-se que o caplacizumabe ligado ao alvo seja catabolizado no fígado , enquanto que o caplacizumabe não ligado é eliminado por via renal. A farmacocinética do caplacizumabe depende da expressão do fator de von Willebrand alvo. Níveis mais altos de antígeno do fator von Willebrand, como em pacientes com PTTa, aumentam a fração do complexo droga-alvo retido na circulação. A meia-vida do caplacizumabe é, portanto, dependente da concentração e do nível alvo.
Não foram observadas diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do caplacizumabe em pacientes com anticorpos antidrogas pré-existentes ou emergentes do tratamento.
A farmacocinética do caplacizumabe foi determinada utilizando uma análise farmacocinética da população em dados farmacocinéticos reunidos. As diferenças nas diferentes subpopulações foram investigadas. Nas populações estudadas, sexo e idade (18 a 79 anos), raça, grupo sanguíneo, tratamento concomitante (anticoagulantes, imunossupressores , antibióticos ) e a classe de anticorpos antidrogas não afetaram a farmacocinética do caplacizumabe. Enquanto o peso corporal afetou os parâmetros de disposição, não se espera que o nível de exposição previsto resulte em efeitos farmacodinâmicos significativamente diferentes na faixa estudada de 50 a 150 kg.
Não foram realizados estudos formais dos efeitos da insuficiência renal ou hepática na farmacocinética de Caplacizumabe.
Pacientes com insuficiência renal leve (CrCl: 60 a 90 mL / min), moderada (CrCl: 30 a 60 mL / min) ou grave (CrCl: 15 a 30 mL / min) foram incluídos na população PTTa estudada. No modelo PK / PD da população, o comprometimento renal grave foi associado a um aumento mínimo na exposição prevista (AUCss). Nos estudos clínicos de pacientes com PTTa, aqueles com insuficiência renal grave não apresentaram risco adicional de eventos adversos.
Foram realizados estudos de toxicologia em porquinhos-da-índia e macacos cynomolgus com doses produzindo exposições respectivas de 50 e 24 vezes a exposição esperada (AUC) a partir da dose diária humana de 10 mg e a farmacologia de segurança foi conduzida como parte dos estudos de dose repetida.
Não foram realizados estudos para avaliar o potencial mutagênico do caplacizumabe, pois esses testes não são relevantes para os biológicos. Com base em uma avaliação de risco de carcinogenicidade, estudos dedicados não foram considerados necessários.
Estudos em animais dedicados avaliando os efeitos do caplacizumabe na fertilidade masculina e feminina não foram realizados. Em estudos de toxicidade de dose repetida em macacos cynomolgus, não foi observado impacto do caplacizumabe nos parâmetros de fertilidade em animais machos (tamanho testicular, função espermática, análise histopatológica de testículo e epidídimo) e fêmea (análise histopatológica de órgãos reprodutivos, citologia vaginal periódica).
Este medicamento deve ser armazenado sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). Conservar na embalagem original para proteger da luz. Não congelar.
Cablivi ® pode ser armazenado a uma temperatura não superior a 30° C por um único período de até 2 meses, mas não além do prazo de validade. Não retorne o Cablivi ® ao armazenamento refrigerado após armazenamento em temperatura ambiente.
A estabilidade química e física em uso foi demonstrada por 4 horas a 2ºC - 8ºC.
Do ponto de vista microbiológico, a menos que o método de reconstituição impeça o risco de contaminação microbiana, o produto deve ser utilizado imediatamente.
Número do lote e datas de fabricação e validade: consulte a embalagem.
Não use o medicamento com prazo de validade vencido. Mantenha-o em sua embalagem original.
Cablivi ® é um pó liofilizado branco. O solvente é um líquido transparente e incolor
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso esteja dentro do prazo de validade e você observe alterações no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se pode usá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS – 1.8326.0480
Farm. Resp.:
Ricardo Jonsson
CRF-SP nº 40.796
Registrado e Importado por:
Sanofi Medley Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
CNPJ 10.588.595/0010-92
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Patheon Italia S.p.A.
Monza - Itália
Embalado por:
Enestia Belgium NV
Hamont-Achel - Bélgica
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.