Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio
Realização de Testes e Diagnósticos
Atropina produz dilatação da pupila e paralisação da acomodação visual, sendo indicada em oftalmologia, para exames de fundo de olho, exames de refração e para prevenir aderências em determinadas inflamações oculares.
Atropina produz dilatação da pupila e a paralisação da acomodação visual. O medicamento começa a agir logo após a aplicação nos olhos e demora cerca de 30 a 40 minutos para atingir seu efeito máximo.
Este medicamento é contraindicado para uso por pessoas que apresentam pressão ocular elevada e glaucoma .
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Você deve retornar à utilização do medicamento assim que se lembrar seguindo normalmente os intervalos de horários entre as aplicações até o final do dia. No dia seguinte, retornar aos horários regulares.
Em caso de dúvidas, procure a orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Para não contaminar o colírio evite o contato do conta-gotas com qualquer superfície. Não permita que a ponta do frasco entre em contato direto com os olhos. O manuseio errado pode contaminar o colírio e causar infecções nos olhos. Procure imediatamente o seu médico para receber orientação adequada, se tiver algum traumatismo ou infecção.
Atropina é um medicamento de uso exclusivamente tópico ocular.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Na ocorrência de gravidez ou se estiver amamentando, consulte o médico antes de fazer uso de medicamentos.
Antes da instilação de Atropina, a pressão intraocular deve ser medida em pacientes idosos.
Não existem restrições de uso para pacientes idosos. A posologia é a mesma que a recomendada para as outras faixas etárias.
Devido à possibilidade de borramento da visão, a Atropina pode causar distúrbios na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas, recomendando-se cautela aos pacientes nessas situações.
Tire as lentes antes de aplicar Atropina em um ou ambos os olhos e aguarde pelo menos 15 minutos para recolocá-las.
Assim como qualquer medicamento, podem ocorrer reações indesejáveis com a aplicação de Atropina.
Os medicamentos da classe da Atropina (solução oftálmica a 0,5% e 1%) podem causar aumento abrupto da pressão intraocular em determinadas condições. A absorção sistêmica da atropina pode resultar em efeitos sobre o sistema nervoso central (falta de coordenação muscular, alucinação, incoerência verbal, hiperatividade, convulsão e febre ), principalmente em pacientes mais sensíveis. Podem ocorrer também taquicardia, vasodilatação, retenção urinária e diminuição da saliva. Atropina ocasionalmente causa irritação local dos olhos e, em pessoas sensíveis, pode produzir dilatação da pálpebra e conjuntivite . Com o uso contínuo da droga, a conjuntivite pode se tornar crônica.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Frasco plástico conta-gotas contendo 5 mL de solução oftálmica estéril de sulfato de atropina (5 mg/mL ou 10 mg/mL).
Via de administração oftálmica.
Uso adulto.
5 mg de sulfato de atropina (0,178 mg/gota).
Veículo: ácido bórico , citrato de sódio diidratado, edetato dissódico, polissorbato 80, cloreto de benzalcônio e água purificada q.s.p.
10 mg de sulfato de atropina (0,370 mg/gota).
Veículo: ácido bórico, citrato de sódio diidratado, edetato dissódico, polissorbato 80, cloreto de benzalcônio e água purificada q.s.p.
Falta de coordenação muscular, alucinação, incoerência verbal, hiperatividade, convulsão e febre. Em caso de superdose, o paciente deverá ser encaminhado a um centro médico apropriado onde serão tomadas as condutas habituais para intoxicação atropínica.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Não são conhecidas interações com outros medicamentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A atropina é eficaz como pré anestesia por inibir as secreções e ressecar as vias respiratórias e as mucosas reduzindo também a secreção gástrica.
A secreção durante as fases cefálicas e de jejum é reduzida acentuadamente por esse fármaco 1,2 .
Possui eficácia na alteração da frequência cardíaca sendo considerada como o tratamento inicial em pacientes com infarto agudo do miocárdio, restabelecendo a frequência cardíaca em um nível suficiente para manter um status hemodinâmico apropriado 3 .
A atropina em doses suficientes antagoniza efetivamente as ações nos locais de ligação dos receptores muscarínicos, sendo eficaz como antídoto na intoxicação por inseticidas organofosforados 3,4 .
Referências Bibliográficas
1. Souza, J. A.; Souza, J.; Fahl, A. A. Redução do fluxo salivar em cirurgia buco maxilo-facial / Reduction of salivation in bucomaxilofacial surgery, RGO (Porto Alegre); 1989; 37(2):87-90.
2. Gallimore D. Understanding the drugs used during cardiac arrest response. Nurs Times; 2006;102(23):24-6.
3. Balali-mood, M.; Shariat, M. Treatment of organophosphate poisoning. Experience of nerve agents and acute pesticide poisoning on the effects of oximes. J Physiol Paris. 1998; 92(5-6):375-8.
4. Joan, H. B.; Palmer, T. Agonistas e antagonistas dos receptores muscarínicos. c.7, p.119-131. apud Hardman, J. G.; Limbird L. E.; Gilman, A. G.; Goodman & Gilman, As bases farmacológicas da terapêutica. 10° ed. RJ, 2003.
A atropina, um alcaloide da beladona que ocorre naturalmente, é uma mistura racêmica de partes iguais de d- e 1-hioscinamina, cuja atividade se deve quase inteiramente ao isômero levogiro do fármaco.
A atropina é um agente antimuscarínico, uma vez que antagoniza as ações semelhantes à muscarina da acetilcolina e outros ésteres de colina.
A atropina inibe as ações muscarínicas da acetilcolina nas estruturas inervadas pelos nervos colinérgicos pós-ganglionares e nos músculos lisos que respondem à acetilcolina endógena, mas não são tão inervados. Como com outros agentes antimuscarínicos, a principal ação da atropina é um antagonismo competitivo ou superável, que pode ser superada aumentando a concentração de acetilcolina nos locais receptores do orgão efetor (por exemplo, usando agentes anticolinesterásicos que inibem a destruição enzimática da acetilcolina). Os receptores antagonizados pela atropina são as estruturas periféricas que são estimuladas ou inibidas pela muscarina (isto é, glândulas exócrinas e músculo liso e cardíaco). As respostas à estimulação nervosa colinérgica pós-ganglionar também podem ser inibidas pela atropina, mas isso ocorre com menos facilidade do que com respostas a ésteres de colina injetados (exógenos).
A inibição parassimpática induzida pela atropina pode ser precedida por uma fase transitória da estimulação, especialmente no coração, onde pequenas doses primeiro retardam a frequência antes que a taquicardia característica se desenvolva devido à paralisia do controle vagal. A atropina exerce um efeito mais potente e prolongado no coração, intestino e músculo brônquico do que a escopolamina, mas sua ação na íris, corpo ciliar e certas glândulas secretoras é mais fraca do que a da escopolamina. Diferentemente da última, a atropina em doses clínicas não deprime o sistema nervoso central, mas pode estimular a medula e os centros cerebrais superiores.
Embora uma excitação vagal leve ocorra, a frequência respiratória aumentada e (às vezes) a profundidade aumentada da respiração produzida pela atropina são mais provavelmente o resultado da dilatação bronquiolar.
Consequentemente, a atropina é um estimulante respiratório não confiável e doses grandes ou repetidas podem deprimir a respiração.
Doses adequadas de atropina abolem vários tipos de desaceleração cardíaca reflexa vagal ou assistolia. O fármaco também previne ou abole bradicardia ou assistolia produzidas pela injeção de ésteres de colina, agentes anticolinesterásicos ou outras drogas parassimpaticomiméticas, e parada cardíaca produzida pela estimulação do vago. A atropina também pode diminuir o grau de bloqueio parcial do coração quando a atividade vagal é um fator etiológico. Em alguns pacientes com bloqueio cardíaco completo, a frequência idioventricular pode ser acelerada pela atropina; em outros, a frequência é estabilizada. Ocasionalmente, uma dose grande pode causar bloqueio atrioventricular (A-V) e ritmo nodal.
A atropina em doses clínicas neutraliza a dilatação periférica e a diminuição abrupta da pressão arterial produzida por ésteres de colina. No entanto, quando administrada isoladamente, a atropina não exerce um efeito marcante ou uniforme nos vasos sanguíneos ou na pressão sanguínea.
Doses sistêmicas elevam levemente as pressões sistólica e diastólica mais baixa e podem produzir hipotensão postural significativa. Essas doses também aumentam ligeiramente o débito cardíaco e diminuem a pressão venosa central. Ocasionalmente, doses terapêuticas dilatam os vasos sanguíneos cutâneos, especialmente na área de “blush” (rubor de atropina), e podem causar “febre” por atropina devido à supressão da atividade da glândula sudorípara em lactentes e crianças pequenas.
Os efeitos da atropina intravenosa sobre a frequência cardíaca (frequência cardíaca máxima) e fluxo salivar (fluxo mínimo) após a administração IV (infusão rápida e constante ao longo de 3 min.) são atrasados em 7 a 8 minutos após a administração da droga e ambos os efeitos são não lineares em relação à quantidade de fármaco no compartimento periférico. Alterações nos níveis plasmáticos de atropina após administração intramuscular (doses de 0,5 a 4 mg) e na frequência cardíaca estão intimamente sobrepostas, mas o curso temporal das alterações nos níveis de atropina e comprometimento comportamental indica que a farmacocinética não é o principal mecanismo limitante de taxa do efeito da atropina no sistema nervoso central.
Após administração intramuscular, a atropina é absorvida com pico de concentração ocorrendo 30 min após a injeção.
O exercício após a administração intramuscular de atropina aumenta significativamente a absorção de atropina devido ao aumento da perfusão no músculo, com um aumento na ASC de aproximadamente 20% e uma Cmáx de aproximadamente 80%.
A atropina é distribuída por todo o corpo. A ligação às proteínas plasmáticas da atropina é de cerca de 44% e saturável no intervalo de concentração de 2 a 20 mcg/ml.
A farmacocinética da atropina é não linear após administração intravenosa de 0,5 a 4 mg. A atropina desaparece do sangue após a injeção com uma meia-vida plasmática de cerca de 2-4 horas. Grande parte do fármaco é destruída pela hidrólise enzimática, particularmente no fígado , com 13% a 50% sendo excretada inalterada na urina.
Os principais metabólitos da atropina são noratropina, atropina-n-óxido, tropina e ácido trópico. O metabolismo da atropina é inibido por pesticidas organofosforados.
A meia-vida de eliminação da atropina é mais do que duplicada em crianças menores de dois anos e em idosos (>65 anos) em comparação com outros grupos etários.
Atropina deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e ao abrigo da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após aberto, válido por 60 dias.
Atropina é uma solução estéril límpida e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS - 1.0147.0091
Farm. Resp.:
Dra. Elizabeth Mesquita
CRF-SP nº 14.337
Fabricado por:
Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda.
Guarulhos- São Paulo
Indústria Brasileira
Registrado por:
Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda.
Av. Eng. Luís Carlos Berrini, 105
Torre 3 – 18º andar – Cidade Monções
São Paulo - CEP 04571-900
CNPJ: 43.426.626/0001-77
SAC:
0800-14-4077
Venda sob prescrição médica.